quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Retratos (20) - Fim de Festa

* Victor Nogueira
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Estou na sala da AE. Isto é um autêntica lixeira. O chão juncado de papéis, as mesas e os móveis juncados de sebentas, de listas, de stencils amontoados. (Aqui ao meu lado um cesto de papéis ... vazio!) É impossível trabalhar nesta pocilga. Na secretária onde escrevo, uma resma aberta, o ficheiro de sócios, cinzeiros, químicos, cola, agrafador, furador, lista de vendas. Parece que foi tudo saqueado. Na realidade a Associação de Estudantes não existe. Bem sei que os que trabalham em qualquer coisa, que a fazem andar, são uma minoria. Mas aqui somos de menos! No princípio deste ano eu e o Viegas discutimos se deveríamos candidatarmo-nos de novo. Ou deixar isto extinguir se. Venceu a primeira hipótese. Mas a messe é grande demais. Se acudimos a um lado, eis que aquela começa a desmoronar se.
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E perante isto, estas paredes sempre a ruírem, o que muito me custa, penso que o melhor é deixar isto cair de vez. Se a malta prefere agir individualmente, em grupúsculos, sempre falando muito bem e agindo menos e mal, então feche se isto. Poucos como somos, uma acção eficaz exigiria uma programação eficaz, uma dedicação grande, um não desperdiçar energias e gestos. (...) (NSM - 1971.04.11) - Évora

3 comentários:

De Amor e de Terra disse...

recordações tristes...

mas tudo passa!

Maria Mamede

SOBE E DESCE disse...

Marcam-nos mais a recordações tristes. As alegres esquecemos com mais facilidade.

A MINHA AMIGA ESTRELA CADENTE disse...

Agora deu-me para rir...