quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Fui como ervas e não me arrancaram (11) - Amo a liberdade, a solidariedade e a igualdade, mesmo que sejam um punhal cravado no meu peito


* Victor Nogueira

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Eu passei apenas para dizer olá, porque nada mais tenho para dar a quem quer que seja, a não ser palavras e as palavras são apenas palavras - cegas, surdas e mudas.
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Quem sou não interessa. Sou apenas um rosto anónimo no meio da anónima multidão que corre, passa e está para além de mim. O Sol e a Lua continuarão a sua andança, até ao baque final. Quantas pessoas encontram alguém caído no chão e afastam-se, embora se comovam com os cães e os gatos e outras miudezas animais. Como passam insensíveis e incomodados com os sem abrigo dormindo «protegidos» por cartões, não porque eles existam, no meio do luxo, da vaidade e da ostentação dum punhado de «senhoritos», mas porque deveriam ser exterminados para não incomodarem com o seu mau cheiro e farrapos quem por eles passa. Que se incomodam com dez, duzentos ou três mil mortos, em Portugal, na Espanha ou nos EUA, mas não têm consciência do sofrimento, da fome, do horror daqueles que em mome da «liberdade» e da »democracia» são diáriamente mortos e aniquilidas aos milhares ou milhões, duma vez ou gradualmente.
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Perante este mundo virtual nada tenho para dar senão o meu silêncio. E a minha ajuda, combate e solidariedade no mundo real, que cheira mal e causa mau estar e vómitos.

1 comentário:

Belisa disse...

OLá

Passei para ler e dizer que "amei" estas palavras!

Beijos estrelados