quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Fui como ervas e não me arrancaram (10) - Para lá do retrato ...


* Victor Nogueira
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Olho para ti: estás com um ar sério,[doce], semi-determinado, com um optimo enquadramento [e movimento]. Não deixas que te vejam os olhos da alma pois estás de óculos escuros. Demonstras bom gosto ou um bom consultor de imagem (m/f). Esta última é a brincar.
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E a fotografia, com um certo mistério, leva-nos a perguntar: quem é a que está retratada com tão bom gosto? Mas só mostras o rosto e uma imagem é apenas uma imagem, neste caso um jogo de pixéis e de cores. O que vemos é uma aparência de ti. Cada um de nós é diferente para cada um dos outros. E cada um de nós é mais que o exterior.
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Para conhecer a alma e o coração de ti temos também o que escreves. Mas o poeta é um fingidor... como diz Pessoa, ou o malabarista das palavras, como escrevi eu. Portanto só te conhece verdadeiramente quem contigo conviver em variadíssimas situações, mais ou menos quotidianamente.
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Mas, lá estou eu filosofando. A terminar, fica a beleza e o bom gosto da imagem que na foto transparecem.

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