quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Dilma Rousseff destituída

* Victor Nogueira
Aparentemente sem sangue mas com igual violência o golpe está consumado, em mistura de farsa e tragédia .- Dilma Rousseff destituída
"Senado vota impeachment: 61 senadores a favor e 20 contra. Haverá uma segunda votação sobre a inabilitação para cargos políticos durante oito anos. Dilma foi destituída mas livra-se da proibição de ter cargos políticos durante oito anos."


O Senado brasileiro vota a destituição ou não da Presidente brasileira esta quarta-feira. Basta que 54 senadores (maioria de dois terços) respondam "sim" para Dilma Rousseff perder o mandato.
PUBLICO.PT

BRASIL - o golpe em marcha

O GOLPE EM MARCHA OU A MARCHA DO GOLPE, LÁ E CÁ, NA AMÉRICA LATINA OU NA EUROPA, A "UNIÃO" É A MESMA.

Para além dos benefícios que o PT, Lula e Dilma trouxeram para os descamisados e para aqueles que comem o pão que o Diabo e, sobretudo, Deus amassaram, a verdade é que a sua política não foi de ruptura com a oligarquia capitalista e dos senhores da Terra dominante.Lula, Dilma e o PT apesar das suas "conciliações" de classe tornaram-se descartáveis, tal como a social democracia na Europa.. Alguém hoje ouve falar de Walewski ou de Gorbachev ?

Apoiar o PT e Dilma não pode fazer esquecer que o caminho deles e da pequena e média burguesias ou "classes médias" é o caminho para o "impeachment", sangrento como no Chile de 1974 ou no Brasil de 1964, ou "softt", como o resultante da troika Soares/Guterres/Barroso/Sócrates/Passes de Coelho  Portas, iniciada em e post 25 de Novembro, sem esquecer Syrizas e similares, balões de oxigeno após a derrocada das traições da "social-democracia" e do "súcialismo em liberdade".

Apoiar o PT e Dilma contra o Golpe não significa que a "conciliação" de classes seja o caminho para os "descamisados", os "Ventres" ao Sol" ou "Sem Terra".

Há que tempos que esta saga começou, mas não é pelos órgãos da comunicação portuguesa de "reverência" ou tablóides que, salvo ocasionalmente e com filtros, saberemos.



OTEMPODASCEREJAS2.BLOGSPOT.COM|DE VÍTOR DIAS

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LER O DISCURSO EM 

o discurso de Dilma em 2016.08.30

Mais duas mulheres mortas pelos maridos

* Victor Nogueira

Neste recanto profundamente cristão e secularmente Católico, de milenar "tolerância" e "liberdades" inquisitoriais e de Guerra Santa, situado num extremo do Ocidente onde a terra acaba e o mar começa, cabe perguntar: estas mulheres usavam burkini ou burka ?

Homicídios deram-se em dois dias seguidos. O primeiro foi no domingo, em Chaves, e o segundo em Aljustrel, na segunda-feira. Maridos suicidaram-se
PUBLICO.PT

domingo, 28 de agosto de 2016

"isenções" com rabo de fora ... como gataria escondida

* Victor Nogueira

Escreve-se sobre esse indómito farol da "exemplar"  liberdade de informação não eufeudada à classe dominante: "Numa outra notícia, o Expresso afirma que o PCP é a favor da isenção de IMI para os partidos políticos e que o Bloco é contra." Sendo certo que não deveria em principio haver isenções do IMI mesmo para partidos políticos, seria mais justo saber o que pensa e defende de facto o PCP sobre o assunto pela "boca"  do próprio PCP. E por uma questão de equidade e seriedade  divulgar qual o valor patrimonial dos imóveis das várias Igrejas, incluindo a Católica Apostólica Romana, e das cogumélicas IPSS. Ou melhor, acrescentar ao  anterior o valor patrimonial de quem está isento de IMI por tipo de entidades.

comentário a um post no blog "entre as brumas da memória"  https://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2016/08/a-democracia-nao-paga-imposto.html







Joana Lopes disse...
Victor Nogueira. o PCP responde por escrito ao Expresso que o cita, entre aspas, no meio de um texto longo, reservado a assinantes, que não vou aqui transcrever. Mas diz, sim, que a sua actividade justifica a isenção de IMI. É provável que venha também na versão de hoje, em papel, do jornal. Se não o lê por ser um farol enfeudado à classe dominante, está no seu direito. Pode ser que o site do PCP se refira a isso - a esse, certamente, que não terá pejo em aceder.
Quanto ao que diz sobre as igrejas, tudo bem: se encontrar esses dados, comunique-mos, sff. Eu nem sou investigadora, nem os possuo.
Victor Nogueira disse...
A Joana faz juízos sobre mim sem fundamento e até sabe das minhas "vergonhas". Sim, leio o Expresso, sim, pago para lê-lo "on-line", sim, tb leio outros jornais enfeudados à classe dominante, sim, vejo tb blogs de direita e não apenas os de esquerda. O meu comentário poderá ter duas leituras - uma dirigida à Joana, outra ao "Expresso". A Joana preferiu a 1ª e "sub-valorizar-me". Há dias aziagos :-)
Não encontro notícias actuais sobre o assunto nem no Público nem no Expresso. Mas em 09/09/2013 refere o 1º: "O PÚBLICO contactou os partidos para aferir da sua posição sobre a acção judicial [de por fim à isenção dos partidos políticos]. O PCP, numa curta reacção, dá a entender que não descarta a possibilidade de acabar com a isenção, mas com condições. "O IMI tem, em si próprio, uma dimensão de injustiça fortemente penalizadora das famílias e das PME, tanto mais quanto é conhecido que os imóveis afectos aos fundos imobiliários dos grupos económicos e financeiros estão isentos. Que não se pretenda, com a alteração do regime, perpetuar as injustiças referidas."

A posição do BE não foi muito diferente. "O código do IMI tem uma série infindável de excepções com as quais não concordamos", afirmou Pedro Sales, lembrando as isenções aos fundos imobiliários e aos colégios privados.

Se quiser indique-me os links de notíciais mais actuais.
28 DE AGOSTO DE 2016 ÀS 16:30  

Joana Lopes disse...
Expresso, 27/8/2016, p.12 do 1º Caderno. Também na versão online.
28 DE AGOSTO DE 2016 ÀS 16:48

terça-feira, 23 de agosto de 2016

farsas e farsantes



violações dos direitos humanos”


O ministério da Justiça (MJ) deu ordens à Polícia Judiciária (PJ) para suspender a participação no projeto europeu destinado a treinar os inspetores em técnicas de interrogatório a suspeitos de criminalidade organizada transnacional. Esta decisão veio na sequência de vários protestos de partidos e organizações de esquerda, principalmente do PCP, porque a coordenação técnica era de Israel, cujas forças de segurança "violam os direitos humanos". O MJ refuta a "motivação política" na decisão.

[...]
Os protestos da esquerda começaram em junho passado com uma tomada de posição conjunta de várias organizações, como o Comité de Solidariedade com a Palestina, a CGTP, a SOS Racismo, a União de Mulheres Alternativa e Resposta, o Coletivo Mumia Abu Jamal e o Conselho Português para a Paz e Cooperação. Depois o PCP e os Verdes questionaram o Governo, tendo a PJ informado a coordenação do projeto da desistência em julho.
Os comunistas invocaram "violações de direitos humanos" por parte das autoridades israelitas para pedirem ao governo que retirasse a PJ do projeto, lembrando que "são sobejamente conhecidas as práticas de interrogatório "intercultural" das forças de segurança do Estado de Israel e o tratamento dado aos detidos palestinianos, com recurso à tortura".

  1. Não percebo o post, mas será mesmo para perceber a “farsa” de Valupi ? Sim, que de Israel não nascem farsas mas tragédias.






Não, Valupi, não percebi a razão do post, sobretudo tendo em conta as relações que outros partidos desta democracia tiveram com a UNITA de Savimbi e que não condenaram. E os “direitos humanos” foram leit-motiv de muitas “primaveras”, incluindo a Marcellista que em 1969 apelou ao apoio dos “portugueses honrados”, entre os quais estava a ASP

  1. Victor Nogueira, para manifestares o teu protesto contra o que publiquei vens falar do que outros partidos fizeram ou deixaram de fazer a respeito não sei do quê. Isso, caso não te dês conta, só vem reforçar a minha mensagem a respeito do PCP.
    Mas, conta lá, achas que os comunistas portugueses são independentes, isentos, honestos, sequer meramente objectivos, a respeito das violações dos direitos humanos que ocorrem neste planeta?
  2. Os comunistas portugueses são homens e mulheres com as virtudes e os defeitos do tempo e do lugar em que estão e é com homens e mulheres que não estão no Olimpo que se fazem ou não as transformações sociais. Mas eu não me pronunciei sobre a “leitura” que fazes, do que escrevi, e que é da tua inteira e exclusiva responsabilidade: “os comunistas portugueses são independentes, isentos, honestos, sequer meramente objectivos, a respeito das violações dos direitos humanos que ocorrem neste planeta?”
    O meu 1º comentário manifestava apenas a estranheza pelo título do teu post e o meu comentário é apenas tréplica à tua réplica. Vendo bem, farsantes haverá em todos os partidos, em maior ou menor grau,. Quanto à isenção, independência, honestidade e objectividade, quer relativamente aos direitos humanos quer a outras matérias, ela obviamente não existe porque depende do sujeito e do interesse do grupo ou classe social com que se identifica ou na qual está inserido. Vivemos na Terra e não no Paraíso onde apenas os imaculados e santidades têm entrada e guarida. Mas faço-te a justiça de o saberes para entrar em mais lateralidades face ao essencial deste teu post. Sem acrimónia.
  1. Victor Nogueira, estás a fugir da questão. A questão é a seguinte: o PCP protestou no Parlamento contra um programa de treino policial por este ser ministrado por agentes israelitas, dizendo que Israel viola os direitos humanos. Isto é factual, objectivo, e levou – segundo a imprensa e o mero bom senso – o Governo a impedir a participação dos agentes policiais portugueses.
    O título da minha publicação alude ao facto, também objectivo, de não ter o PCP o mesmo critério de valor quando existia a União Soviética e o Pacto de Varsóvia, ou quando se trata da China, da Coreia do Norte ou de Angola, por exemplo. As opiniões do PCP veiculadas em actos oficiais, textos no jornal “Avante” e pela boca de dirigentes e deputados comunistas ao longo dos anos revelam hipocrisia e cegueira ideológica.
    Tu preferes falar dos outros, que também não são santos de acordo com a tua argumentação, para justificares o teu desagrado por eu ter falado do PCP nesta ocasião concreta. Diria que sofres da mesma maleita que critico.
  2. Não, Valupi, o que está em causa é o título do post: “PCP, UM PARTIDO DE FARSANTES NO QUE TOCA ÀS “VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS””. É exagerado e pouco objectivo, embora neste teu último comentário o tivesses fundamentado. O que não invalida que a tua seja uma conclusão à qual se pode assacar tudo aquilo de que acusas os comunistas portugueses. Com mil diabos e para aligeirar ainda se tivesses escrito “PCP, um partido onde há quem seja farsante …. “. Mas voltando à notícia do DN – no site do PCP esta questão não surge, talvez no próximo Avante – face à argumentação de Negrão teria utilizado, cabe perguntar se as técnicas de interrogatório são neutras e se uma polícia de investigação criminal (e outras) está em roda livre para escolher os Países em que vai “conhecer” (com aulas práticas ?) os métodos e as técnicas de interrogatório sem sujeição à Constituição e ao Programa do Governo e respectivas matrizes ideológicas. Este é o cerne das questões formuladas pelo deputado do PSD. Esta “filosofia” é que em meu entender merece debate.
    Como visitante habitual deste blog e ocasional comentador, não tenho que me agradar ou desagradar com o que aqui é escrito e publicado pelos editores. Nem intervim para protestar. O Blog não é da minha responsabilidade mas a “abertura” que o caracteriza permite que os seus leitores questionem ou contra-argumentem. Ou não, Vallupi ?
    1. Victor Nogueira, o facto de teres decidido exprimir a tua opinião foi o que permitiu esta conversa, Não tens agora de ficar melindrado por eu estar a fazer o mesmo que tu, a exprimir a minha opinião. Discutir implica começar por partir de uma diferença de opinião.
      Na minha opinião, o PCP é um partido de farsantes nesta questão dos direitos humanos porque sempre os consideraram secundários face à ideologia e à geoestratégia. As suas decisões, como neste ataque a Israel a propósito de uma acção de formação de polícias, são prova disso.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

manipulações em torno da ADSE

* Victor Nogueira

O título da notícia é "“ADSE serve para financiar o sector privado da saúde e pouco mais”". Mas a mesma fala essencial e quase exclusivamente do IPO e das doenças oncológicas. A questão da ADSE aparece metida a martelo, ao bom estilo tablóide ?
Em tempo - E nas referências à ADSE ao contrário do que o título parece indiciar, o entrevistado defende a manutenção da ADSE como "seguro" complementar dos "beneficiários" - alargado a toda a população eventualmente interessada, cobrindo áreas não abrangidas pelo SNS, de modo a evitar redundâncias e duplicações, com melhor controle das "convenções". Mas, repito, a quase totalidade da entrevista não se refere à ADSE, que surge acessória e despropositadamente



Alargar a ADSE a todos os portugueses, transformando-a num seguro…
PUBLICO.PT
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A CENTRAL DA DESINFORMAÇÃO OU "RABO ESCONDIDO COM GATO DE FORA" - O presidente do IPO deu ao PÚBLICO uma entrevista sobre o IPO e a oncologia. NO FINAL DA REFERIDA ENTREVISTA E A MARTELO SURGE A QUESTÃO DA adse. É uma questão lateral mas é essa que o EXPRESSO PARANGONA, COM A AGRAVANTE DO TÍTULO DA NOTÍCIA NÃO CORRESPONDER AO QUE SOBRE O ASSUNTO DISSE O ENTREVISTADO
Francisco Ramos, antigo secretário de Estado da Saúde, diz em entrevista ao…
EXPRESSO.SAPO.PT