segunda-feira, 31 de março de 2014

1974.03.31 -a última ovação a marcelo caetano

« As multidões manifestam-se contra muitas coisas, mas gostam de vencedores – é bom não esquecer. » , escreve a articulista

* Victor Nogueira

1- Em 31 de Março de 1974, com a contestação à guerra colonial, com a emigração, com as greves, com as dificuldades em recrutar oficiais para o QP, com um 1º de Maio que se previa tumultuoso, com com uma vaga de prisões na forja pela PIDE, Marcelo era um vencedor ? Sim, quase foi em 25 de Abril, quando a inépcia ou a cumplicidade de um MFA(já) dividido permitiu que Marcelo ditasse  que só se rendia a Spínola, que manobrou à vontade, embora  "travado" e com o fiel da balança a mudar devido às multidões na rua, desobedecendo aos líderes militares na Pontinha,  e que contribuíram para que durante largos meses não se  ficasse por uma simples mudança das moscas. Quanto à firmeza das multidões eu poria uma outra questão ? Entre a multidão que ovacionou Marcelo no 31, haveria "arregimentados" pelos caciques, em Portugal inteiro,  e transportados nas célebres "camionetas do regime?

2. - Espontânea ou não, a verdade é que Marcelo, em contagem decrescente, seguramente que aproveitaria a final no Jamor e transmitida pela RTP para "fabricar" o apoio popular que há muito perdera. Incluindo a da guarda pretoriana spinolista.


Marcelo era o homem das encenações e dos gestos teatrais, a partir de certa altura   manietado pelo  "faz que anda mas não anda”. Para além das "conversas em família" foi assim com a da Brigada do Reumático na Assembleia Nacional, ou com a votação na AN da moção sobre a "política ultramarina", de que eu falava nessa altura:

«Pois é, após uma semana muito agitada por parte das altas personalidades do regime o Marcelo fez um discurso exemplar nas suas contradições; para além disso, um tentar rebater as teses de Spínola, publicadas no seu livro “Portugal e o Futuro” – que ainda não chegou a Évora, aqui a 137 km de Lisboa. Um discurso estafado, que não engana quem dos mecanismos políticos e económicos conheça alguma coisita.

Recusado o impossível recurso a um referendo popular, restou ao Marcelo submeter-se, em gesto teatral, às decisões da Moção que os deputados Ultramarinos porão à votação amanhã. Alguns destes já foram intérpretes na Assembleia [Nacional] de correntes existentes no Ultramar tendentes à autonomia, estilo federativo (teses de Spínola) Mas, da Comissão do Ultramar, que redigiu o texto da moção atrás referida, fazem parte deputados anti-Spínola. Estou curioso de saber qual será o texto: Federação ou tudo como dantes?»  (MCG – 1974.04.05]»

E numa colagem de recortes  da minha correspondência  na altura refiro o "arregimentar» que ainda em 1973 se verificava:

«30 foram as camionetas (fora os automóveis particulares) que de Évora se deslocaram a Lisboa para apoiar o Marcelo [Caetano]. Beja, Santarém, Leiria, Portalegre, enfim, milhares de tipos confluíram para a manifestação do entardecer [em Lisboa]. Pena não autorizarem as contra -manifestações. (...) O Diogo diz que da Amareleja não terão ido pessoas à manifestação (salvo talvez os da Casa do Povo). Não porque sejam do reviralho, mas porque não se metem nestas coisas (viver não custa.). (MCG - 1973.07.19)

Ontem à noite (1973.10.24), no regresso de Arraiolos, muitos Mercedes a caminho de Évora, onde às 21:30 alentejanos cinzentos de ar sisudo aguardavam ordeiramente o início da sessão de propaganda da ANP [Acção Nacional Popular]. Debaixo dos arcos [arcadas], uma fila de homens, com ar humilde e jeito de rebanho descido da camioneta, dirigia-se para o cinema onde se realizaria a tal sessão. A Oposição não comparecerá as eleições no domingo. O Marcelo [Caetano] bater-se-á contra nada. (MCG - 1973.10.25).»

3. - em tempo - politicamente e segundo a Constituição da altura, O Presidente do Conselho e o  Governo dependiam politicamente do Presidente da República e não da Assembleia Nacional, cujo regimento aliás não previa a votação de moções de censura ou de confiança (no Governo).

E um jurista e legalista como Marcelo, encena na Assembleia Nacional ter o apoio dos Altos Comandos Militares -  directamente dependentes do Presidente da República - e da Assembleia Nacional. Não é com a "prisão" do Presidente da República que o MFA se preocupa, mas "permite" que Marcelo exija render-se a um oficial-general - Spínola ou Costa Gomes, por acção de Feitor Pinto.

Há na altura um mistério: a conselho do Director Geral, da PIDE, que Spínola tentará manter em funções com a "benemérita" - Marcelo é aconselhado a refugiar-se sob protecção da GNR no Quartel  General do Carmo - em vez de se dirigir para Monsanto, como seria previsto e fizera em 16 de Março. O Carmo não foi uma ratoeira, parece-me, mas uma tentativa de descolar Marcelo de Tomás, dando-lhe mão livre. Uns não queriam - o MFA - e outros não previram - a PIDE e Marcelo - com especial relevo para a juventude - o povo de Lisboa saísse à rua e cercasse o Quartel General da GNR e a sede nacional da PIDE - que as forças armadas -  por ingenuidade de uns, por inépcia ou cumplicidade de outros - "deixaram" à vontade e com liberdade de movimentos. 

http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2014/03/3131974-ultima-ovacao-marcel-caetano.html

domingo, 30 de março de 2014

as novas bem aventuranças

bem-aventurados os pobres, em mansidão, porque deles será o reino dos céus, sentados à direita de Deus_Pai Todo Poderoso, depois do Inferno na Terra, que os redime das luxurias dos ricos, os tais que descerão às profundas dos infernos depois de terem gozado o paraíso na terra

terça-feira, 18 de março de 2014

histórias da carochinha ?

1. - Raquel Varela diz que passou 6 meses a visionar o arquivo da RTP para de 6 meses destacar uns minutos:  «A parte final, em que este diz que «para pôr fim aos plenários vai haver uma solução militar e que vai falar com Costa Gomes nesse sentido», tinha até hoje sido cortada da versão que circula há anos.»

Pinheiro de Azevedo falou com Costa Gomes ? Sobre  o assunto ? Ou disse que ia falar ?  Quem mais falou com Costa Gomes ? Jaime Neves ? Otelo ? Melo Antunes Os oficiais spínolistas ? Mário Tomé ? Duran Clemente ? Um rol infindável. E civis ? Quais nesses dias falaram com Costa Gomes ? Soares ? Sá Carneiro  ? Freitas do Amaral ? O cónego Melo ? Cunhal ? Se o suporte para a "afirmação" do "inquestionável" testemunho ou faladura do "Almirante Sem Medo" e das "Fumaças" são aqueles minutos de 6 meses,sem mais, parece-me muito pouco, para além da publicidade ao ... ah, não, não se refere no texto o órgão de informação.  

Eu bem sei que a história não regista tudo, mas do que regista, retém apenas umas palavras ou  linhas para milhares de páginas  e milhões de imagens !  Raquel Varela, regista e valoriza ... uns minutos de quem ficou conhecido pelas bravatas entediadas e pelas "fumaças".

2. - em tempo - aos civis e a título de exemplo poderiam ser referidos Palma Inácio, Arnaldo Matos (não sei se ainda seria "tropa"), Isabel do Carmo, Carlos Antunes, Heduíno Gomes, Manuel Serra ? Quais destes terão falado directamente com Costa Gomes ou por interposta pessoa ? E em relação a todos, há registos, mais ou menos fiáveis ? Consultáveis ?

3. - mas ... escreve a articulista: « A história não se faz com os testemunhos – altamente parciais de quem “esteve lá” Faz-se com provas, contra provas, metodologia, definição de objectos de estudos, de limites desses objectos etc. »

E eu acrescento que o livro de Raquel Varela - cujo mérito não questiono -  não é uma Bíblia com a revelação divina - é apenas um entre muitos outros que também fundamentam num ou noutro sentido.

Mas  ... o  testemunho de Narciso Miranda é "subvalorizado" e contextualizado, ao contrário do de Pinheiro de Azevedo das bravatas - uma afirmação de minuto numa entrevista "retirada" de milhões de palavras ?

http://5dias.wordpress.com/2014/03/18/25-de-novembro-costa-gomes-soube-do-golpe/#comment-23018

Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação.
Tendo comentado esta nota,já há uns tempos, verifico que tais comentário não foram publicados até ao momento, o que me surpreende, pois deste lado deixei de ver a informação “comentário aguardando a aprovação” (parece-me ser esta a expressão (ou muderação”!. Naturalmente que os meus comentários poderiam ter sido considerados impertinentes, apesar de cordatos. Também no e-mail nada recebi sobre o assunto.

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Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação. 
de repente re-surgem os meus comentários com a indicação de que aguardam moderação, com excepção do 1º de todos, que sumiu ! Foi moderado ou houve falha informática ? Se foi esta última a causa, posso disponbilizá-lo.

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Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação. 
em tempo – aos civis e a título de exemplo poderiam ser referidos Palma Inácio, Arnaldo Matos (não sei se ainda seria “tropa”), Isabel do Carmo, Carlos Antunes, Heduíno Gomes, Manuel Serra, ? Quais destes terão falado directamente com Costa Gomes ou por interposta pessoa ? E em relação a todos, há registos, mais ou menos fiáveis ? Consultáveis ?

Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação. 
mas … escreve a articulista: « A história não se faz com os testemunhos – altamente parciais de quem “esteve lá” Faz-se com provas, contra provas, metodologia, definição de objectos de estudos, de limites desses objectos etc. »
E eu acrescento que o livro de Raquel Varela – cujo mérito não questiono – não é uma Bíblia com a revelação divina – é apenas um entre muitos outros que também fundamentam num ou noutro sentido.
Mas … o testemunho de Narciso Miranda é “subvalorizado” e contextualizado, ao contrário do de Pinheiro de Azevedo das bravatas – uma afirmação de minuto numa entrevista “retirada” de milhões de palavras ?

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Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação.
Tendo comentado esta nota,já há uns tempos, verifico que tais comentário não foram publicados até ao momento, o que me surpreende, pois deste lado deixei de ver a informação “comentário aguardando a aprovação” (parece-me ser esta a expressão (ou muderação”!. Naturalmente que os meus comentários poderiam ter sido considerados impertinentes, apesar de cordatos. Também no e-mail nada recebi sobre o assunto.

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Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação. 
de repente re-surgem os meus comentários com a indicação de que aguardam moderação, com excepção do 1º de todos, que sumiu ! Foi moderado ou houve falha informática ? Se foi esta última a causa, posso disponbilizá-lo.

Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação. 
Quando comento, não é para que o meu nome apareça. Mas merecendo-me Raquel Varela alguma consideração – tanta que leio os seus posts e – sobretudo – os seus livros, o mínimo que se esperaria é que “considerasse” quem a comenta, melhor ou pior. E se não queria “publicitar” os comentários que lhe façam, ao menos tem aí o endereço para “esclarecer” – no caso o meu, que me não escondo no anonimato ou com “máscaras” – Tendo sido “moderados” comentários posteriores ao meu e publicados, cabe-me perguntar se moderação significa “”mordaça”, o que me sucederia pela 1ª vez, sobretudo no “cinco dias”. Note-se que o meu 1ª de vários comentários aguardando moderação é anterior a 18 de Março.
Fica a Raquel Varela desobrigada de publicar os meus comentários a este post e eu livre de dar-lhes o destino que eu bem entender. Sem acrimónia !


Victor Nogueira diz:
O seu comentário aguarda moderação. 
A partir do momento em que foram publicados os meus comentários que aguardavam moderação, o 1º deles, talvez por falha informática, nunca teria aparecido com aquela indicação, que me apercebesse. Um post não substitui um livro, mas o post da autora regista aquilo que a sua autora entendeu ser destacável de milhares de palavras escritas que resumem a sua tese ou os resultados da sua investigação. E o 1º de todos os meus comentários a este post foi o que a seguir transcrevo, porque me parece pertinente.
«1. – Raquel Varela diz que passou 6 meses a visionar o arquivo da RTP para de 6 meses destacar uns minutos: «A parte final, em que este diz que «para pôr fim aos plenários vai haver uma solução militar e que vai falar com Costa Gomes nesse sentido», tinha até hoje sido cortada da versão que circula há anos.»
Pinheiro de Azevedo falou com Costa Gomes ? Sobre o assunto ? Ou disse que ia falar ? Quem mais falou com Costa Gomes ? Jaime Neves ? Otelo ? Melo Antunes Os oficiais spínolistas ? Mário Tomé ? Duran Clemente ? Um rol infindável. E civis ? Quais nesses dias falaram com Costa Gomes ? Soares ? Sá Carneiro ? Freitas do Amaral ? O cónego Melo ? Cunhal ? Se o suporte para a “afirmação” do “inquestionável” testemunho ou faladura do “Almirante Sem Medo” e das “Fumaças” são aqueles minutos de 6 meses,sem mais, parece-me muito pouco, para além da publicidade ao … ah, não, não se refere no texto o órgão de informação.
Eu bem sei que a história não regista tudo, mas do que regista, retém apenas umas palavras ou linhas para milhares de páginas e milhões de imagens ! Raquel Varela, regista e valoriza … uns minutos de quem ficou conhecido pelas bravatas entediadas e pelas “fumaças”.»
Cordialmente

o que é ser honesto ?

* Victor Nogueira

A "honestidade" tem um conteúdo de classe. Para o dono da fábrica o trabalhador "honesto" é aquele que não rouba o patrão embora deixe sem resistência e até colabore no esbulho da mais valia. Para o banqueiro o cidadão honesto é aquele que paga as suas dívidas embora este não receba juros sobre o dinheiro depositado com  qual o banqueiro faz novos empréstimos cobrando novos juros. Cidadão honesto é  aquele que vê a sua casa e bens penhorados embora pague os impostos enquanto os donos da banca depositem as suas riquezas em off-shores ou na Holanda, como o fazem os grandes capitalistas. Para o  dono da empresa capitalista qualquer que seja a sua dimensão trabaldor/a honesto/a é quem não faz greves nem reivindica, atendendo à "crise"  

Do mesmo modo a consciência social têm um conteúdo de classe, ideológico, mesmo que a pessoa que é trabalhadora ou se diz de "esquerda" tenha a consciênca alienada e desfocada. And so  on

domingo, 16 de março de 2014

"Vergonha e crueldade", em "Ladrões de Bicicletas"

* Victor Nogueira

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2014/03/vergonha-e-crueldade.html
Pode-se discordar da decisão dp psd/cds, mas comparar com ex-paises do bloco socialista. incluindo a URSS ... A "europa" branca, não vermelha, é exemplo em mais quê ? Para o Paraíso na Terra ? Esse do garrote financeiro e do Estado "Súcial" ?

O editorial é da responsabilidade do Público, de Belmiro. E a cartografia  e a sua subliminar simbologia ?

sábado, 15 de março de 2014

o alfa e o ómega, entre 15 e 16 de março

15 de Março de 2014 às 19:22
* Victor Nogueira

40 anos depois não há guerra colonial, aparentemente já não há  ditadura nem fascismo, marcelo, spínola, a "união nacional" e o elp/mdlp "morreram" e estas são as forças armadas dos vencedores do 25 de novembro, que hoje se manifestam com faixas pretas.

1961/1974/2014 - O 15 de março, dos massacres da UPA no norte de angola em "resposta" aos massacres da Baixa do Cassanje, quando as  forças armadas portuguesas destruíram povoações, regaram com napalm e metralharam os camponeses "negros" em greve contra a Cotonang, numa área equivalente à  de Portugal Continental  antecedeu em 13 anos o 16 de março, que, há 40 anos, teria sido uma tentativa de jogada de antecipação de spínola e seus oficiais para que mudassem apenas as moscas.

4 de fevereiro/15 de março marcam o princípio do que a 25 de abril teria acabado. Mas, com o "socialismo" em liberdade, ps(d) desde soares, carneiro escavaco após novembro, com o voto de quem neles tem votado, conduziram ao presente estado "súcial". Que não se vence de luto mas sim em luta !

Ei-los que partem,  por Manuel Freire

Ei-los que partem
novos e velhos
buscando a sorte
noutras paragens
noutras aragens
entre outros povos
ei-los que partem
velhos e novos
Ei-los que partem
de olhos molhados
coração triste
e a saca às costas
esperança em riste
sonhos dourados
ei-los que partem
de olhos molhados
Virão um dia
ricos ou não
contando histórias
de lá de longe
onde o suor
se fez em pão
virão um dia
ou não


podes ouvir aqui
http://www.youtube.com/watch?v=pewOaY3flTs


Cantar de Emigração
Adriano Correia de Oliveira

Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão.
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão.

Tens em troca órfãos e órfãs
Tens campos de solidão.
Tens mães que não têm filhos
Filhos que não têm pai.

Coração que tens e sofre
Longas ausências mortais.
Viúvas de vivos mortos
Que ninguém consolará.

Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão.
Galiza ficas sem homens
Que possam cortar teu pão.

podes ouvir aqui
http://www.youtube.com/watch?v=rE_nw8VGVYE



Eu Vim de Longe
José Mário Branco

Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou

Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha na outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não hesitei
E os hinos cantei
Foram feitos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão

Quando a nossa festa se estragou
E o mês de Novembro se vingou
Eu olhei pra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou

Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi pra esta força que apontou

E então olhei à minha volta
Vi tanta mentira andar à solta
Que me perguntei
Se os hinos que cantei
Eram só promessas e ilusões
Que nunca passaram de canções

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

Quando eu finalmente eu quis saber
Se ainda vale a pena tanto crer
Eu olhei para ti
Então eu entendi
É um lindo sonho para viver
Quando toda a gente assim quiser

Tenho esta viola numa mão
Tenho a minha vida noutra mão
Tenho um grande amor
Marcado pela dor
E sempre que Abril aqui passar
Dou-lhe este farnel para o ajudar

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou p´ra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

E agora eu olho à minha volta
Vejo tanta raiva andar a solta
Que já não hesito
Os hinos que repito
São a parte que eu posso prever
Do que a minha gente vai fazer

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei prá aqui chegar
Eu vou pra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar


podes  ouvir aqui
http://www.youtube.com/watch?v=rE_nw8VGVYE

 
mortos na guerra colonial


cartoon de joão abel manta - as "medalhas" do 10 de junho, o dia da "raça"


cartoon de joão abel manta - as viúvas ... de vivos ou mortos




quadro de helena vieira da silva

cartoon de joão abel manta - o 25 de abril em maio
cartoon de joão abel manta - o 25 de abril em maio

Oliveira Costa pede prescrição no caso BPN

os que têm contas off-shore e os banqueiros (quase) todos lá se vão safando e nós que paguemos por eles e aos seus testas de ferro e capatazes estrategicamente colocados,




Depois de Jardim Gonçalves e João Rendeiro, o fundador do BPN e outros arguidos no caso do Banco Insular também pediram a prescrição parcial das contraordenações, aplicadas pelo Banco de...
###  Ler mais: http://expresso.sapo.pt/oliveira-costa-pede-prescricao-no-caso-bpn=f860917#ixzz2w2Qbjy4Q

sexta-feira, 14 de março de 2014

Assis admitiu que subscreveria o manifesto e realça consenso "da esquerda à direita"

* Victor Nogueira

vade-retro ! É este o homem que se baralha com a verborreia e que tal como seguro considera que o ps é responsável, paga as dívidas e tem sentido de estado, ao contrário da extrema esquerda, que para ele são o ps e o bloco ! Sendo para ele e para seguro, o psd a direita ultraliberal e o ps ...a esquerda ! Agora, vai fazer companhia ao durão, ao rangel e ao bitorino ! 

Consenso "da esquerda à direita", desde o ministro do governo fascista de Caetano, passando pelo freitas do cds que votou contra a constituição e a manela leite que a queria suspender por 6 meses para fazer o que pedro e paulo, depois de pepe e desde soares, estão a executar afincadamente: "arrumar" a casa ! Entre outros, com este perfume das moscas, estão conscientemente, sem pingo de inocência, carvalho da silva e francisco louçã. Eles lá sabem as companhias que escolhem e os recolhe !

quinta-feira, 13 de março de 2014

o perfume do dinheiro e do poder ou o manifesto dos 70

Victor Nogueira escreve : O "perfume" do poder, para que os moscardos não morram com as moscas mas tudo continue igual no essencial. Eles não estão contra o Capital, eles querem tornar viável um governo de salvação nacional ou de "união" nacional, como preconizam Cavaco e os grandes capitalistas "inteligentes". Eles são os "notáveis", que pensam pela maioria, desde Louçã e Carvalho até Ferreira Leite passando por Freitas do Amaral e, pasme-se, por Adriano Moreira e pelos "patrões" das Confederações do Comércio e da Indústria. Quem não quer ser lobo, pode vestir a pele de cordeiro entre os lobos, como fazem Louçã e Carvalho da Silva ou Cravinho, o patcholi de esquerda ? São os "perfumes" do poder com ou sem h e do dinheiro, das "ma$$a$"

António Paço escreve:
Assinar um manifesto com figuras ‘de um grande espectro político’, que vão do Francisco Louçã à Manuela Ferreira Leite (agorinha antes das eleições, ainda por cima) tende a dar a ideia de que pode haver ‘um grande consenso nacional’ em torno de como resolver o problema da ‘dívida’. Ora não há consenso nenhum: uns querem pagá-la e usá-la para destruir o Estado social e a classe trabalhadora, outros têm de repudiá-la para poder viver. E quando há um bloqueio na sociedade, como havia na África do Sul do apartheid, ou no Portugal de antes do 25 de Abril, ‘a vida’, como dizia o outro, tem de encontrar um caminho para resolvê-lo. E ou ganham uns ou ganham outros, não há meio termo possível.

Assinar um manifesto com figuras 'de um grande espectro político', que vão do Francisco Louçã à Manuela Ferreira Leite (agorinha antes...
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