terça-feira, 5 de junho de 2018

Em torno da Dignidade, da Liberdade e da "morte assistida"


* Victor Nogueira 

1. Eu ou qualquer outra pessoa somos livres de ler o que bem entendermos e nunca me fiquei pelo livro único. ou sujeito a um qualquer Index Librorum Prohibitorum ou a qualquer Tribunal do Santo Ofício, Aliás, se não conhecermos o adversário com menos possibilidade ficamos de nos posicionarmos para esclarecê-lo ou vencê-lo na luta de classes em que não há terceiras vias.

O que está em causa em todo este processo são a má-fé, a falta de seriedade e a hipocrisia ou demagogia que há entre alguns dos defensores do SIM ou do NÃO, a colagem simplista, manipuladora  ou demagoga de "rótulos" e anátemas, na tentativa de angariar partidários, freguesia ou clientelas.

Então se num hipotético referendo eu votasse NÃO passaria a ser apenas por isso fascista, reaccionário, retrógrado, liberticida, obscurantista, contra ou a favor de progressos ou retrocessos civilizacionais, membro duma qualquer seita religiosa ou passaria a ser um que não pensa pela sua cabeça, um mentecapto ou dos “carneiros” que segundo alguns defensores do SIM andam acefalamente às ordens do Secretário Geral ou do Comité Central do PCP?

Se um comunista votasse ou defendesse o NÃO passaria a ser tudo o que os nossos adversários ou inimigos políticos de nós dizem? São os nossos inimigos de classe que caucionam a correcção das nossas posições e lutas? A nossa Liberdade, a nossa Fraternidade, a nossa Igualdade não são simples slogans como os da burguesia nas Revolução Francesa, Americana ou Liberais dos séculos XVIII ou XIX.

Então apenas e só por causa do SIM o PS, o Bloco, o PSD, o PEV, o PAN passariam a ser a “esquerda”, o sol no mundo e o sal na terra e o capitalismo o caminho do futuro, irmanados na defesa de quem trabalha e da Paz entre a Humanidade, irmanados contra os obscurantistas do PCP, estes por decreto anatemizados como companheiros do CDS e da Igreja?

Uma coisa e a consciência individual, outra a consciência social dos comunistas que livremente são militantes do PCP e como tal defensores da linha política por este definida Estou perfeitamente sabedor de que a minha Liberdade e as minhas consciências pessoal e colectiva são por mim determinadas dentro da escassa margem que enquanto seres humanos em sociedade temos.  A Liberdade e as Consciências Individual e Social não existem fora dos condicionalismos do tempo, das circunstâncias e do lugar em que estamos e somos.

A Vida ou a Morte são actos individuais de pessoas como se fossem ilhas, sem nós nem laços? Então o SIM ou o NÂO à “morte assistida” é que definem por si só os lados da barricada em que os defensores do capitalismo nos querem colocar para enfraquecer a nossa luta que não se confunde com a defesa do capitalismo, mesmo que travestido com sedutoras roupagens e lantejoulas?

O SIM, por artes mágicas resolve o problema do desinvestimento no SNS ou na Segurança Social, que condicionam a prevenção e o tratamento das doenças e das suas sequela? O SIM resolveria o problema das listas de espera ou das pessoas - muitas em sofrimento - amontoadas nos corredores dos bancos dos hospitais públicos? O SIM, por artes mágicas, resolve os problemas dos idosos abandonados em casa ou em lares, que são para a esmagadora maioria acantonamentos em que com maior ou menor tristeza esperam a morte? O SIM por artes mágicas resolve os problemas do desemprego, dos baixos salários e pensões, que impedem que a Vida da maioria, em todo o Mundo, seja vivida com Dignidade, com Alegria, com verdadeira Liberdade e solidariedade, sem egoísmos?

Quais são as medidas da dor e do sofrimento? Qualquer dos projectos de Lei não dava plena Liberdade para a “morte assistida”, mas pelo contrário, era restritivo e reservava-la apenas para quem tivesse passado o “burocrático” crivo da Comissão de Avaliação e na hora da concretização estivesse “consciente”? Então todos aqueles que seriam excluídos – a esmagadora maioria, estivessem ou não em estado terminal – deveriam continuar em “sofrimento” intolerável: os menores, os que não tivessem capacidade jurídica, os que estivessem em estado comatoso? E é humano que as pessoas morram com assistência restrita e condicionada em hospitais, sejam públicos ou da "privada", esta dependente de subsídios estatais, de fugas fiscais e de mais ou menos recheadas bolsas, ou em casa, mas apenas se esta tiver condições? Tantas restrições previstas na "Lei"?

O capitalismo, que fomenta guerras e genocídios, está verdadeiramente interessado na dignidade da Vida e da Pessoa Humanas, em sociedade e solidariedade?

2. - ALGUÉM CONCLUI QUE DEVIDO À COMPLEXIDADE DA QUESTÃO E AOS ASPECTOS EMOCIONAIS NUM EVENTUAL REFERENDO VOTARIA EM BRANCO

E EU COMENTO:

Votar em branco é deixar que outros decidam por nós SIM ou NÃO. Mas o que estava em causa nos 4 projectos era um processo burocrático a decidir por uma comissão de avaliação exclusivamente para pessoas em doença terminal, sem possibilidade de cura e com imensa dor e sofrimento. Na realidade todas as outras pessoas - menores, em estado inconsciente ou comatoso, pessoas sem personalidade jurídica ou que não tivessem preenchido o pedido estariam excluídas e protnto continuariam em processo de grande sofrimento. Mas para quem na hora da verdade tivesse passado por todos os crivos, ainda teria de encontrar um médico que não invocasse objecção de consciência. E poderia ou não ser em casa, mas para ser em casa apenas esta teria de ter condições para tal.

Pois, isto é complicado mas embora estivesse a ser discutido há longos meses, creio que só agora me consciencializai (não dei conta de reuniões ou artigos nos jornais) e tal como eu a esmagadora maioria dos cidadãos e cidadãs.

Por isso me causa incómodo e perplexidade a tentativa de aprovar uma lei a mata-cavalos nem que fosse apenas com a maioria de um voto no Parlamento, bem como toda a demagogia e má fé contra quem fosse a favor do SIM ou do NÃO, designadamente em relação às ponderações do PCP.

O facto de pessoalmente entender/aceitar/defender que uma pessoa possa por si só decidir terminar com a sua própria vida (como sucedia no Alentejo) ou que não deva persistir nela se falharem os cuidados paliativos e não houver possibilidade de cura, não deixo neste última situação de levantar questões a que qualquer dos 4 projectos não me dava resposta

Apesar da minha posição relativamente ao suicídio, o do meu irmão caçula é um peso/dor que eu e os meu pais tivemos e ainda tenho. Isto para não falar na situação caótica nos hospitais públicos e na Segurança Social devido às políticas anti-sociais dos Governos do PS(d)CDS

https://www.facebook.com/mariaamelia.marquesmartins.1/posts/193165628179736

domingo, 3 de junho de 2018

a força dum tweeter de Mário de Oliveira

* Victor Nogueira

Gastar cera com ruins defuntos e dar para a missa do presbítero Mário de Oliveira (MO) que chão de uvas produz? Mas com seráfica humildade MO insiste na homilia, embalado pelos seus fregueses, mesmo que sejam anti-comunistas. Mesmo que busque apoiar-se numa pretensa autoridade e protecção que lhe daria ou lhe adviria do afirmar-se "amigo e irmão de Jerónimo de Sousa, o actual Secretário-Geral do PCP." Com amigos destes como MO Jerónimo e os comunistas não precisam de mais inimigos !
COM INFINDA HUMILDADE UFANA-SE POIS O PRESBÍTERO EM CRUZADA LIBERTADORA DE COPY & PASTE: «A FORÇA LIBERTADORA E REVELADORA DE 1 TWITTER
Vejam só a força libertadora e reveladora de um simples twitter. Por causa e 1 único twitter meu que "cai" automaticamente na m/ Cronologia Fb, já vai em perto de 30 os "amigos" Fb que perdi. Não me lamento. Lamento quem decide afastar-se. Sempre me vejo como um SINAL DE CONTRADIÇÃO que, ao agir na história na linha do HUMANO e não na linha de uma IDEOLOGIA-TEOLOGIA DO PODER, inevitavelmente revela os pensamentos escondidos no coração-mente de muitos. No caso, pensamentos não integradores, mas excluentes. Para que possam ver a Força libertadora e reveladora de um simples Twitter meu aqui o reproduzo de novo:
"Quando até o banqueiro de FÁTIMA $.A. e agora cardeal D. António Marto elogia o PCP pelo seu NÃO à Lei de despenalização da eutanásia, deveria tocar a rebate no partido de Jerónimo de Sousa. Aparentemente opostos são afinal irmãos. A Cúria romana de um é o Comité central do outro.". O que dirá a tudo isto Jerónimo de Sousa, o actual secretário-geral do PCP, meu amigo e irmão ?!»

https://www.facebook.com/mario.p.deoliveira/posts/10156674596369406

E, PARA TERMINAR, FARIA MINHAS AS PALAVRAS DUM DOS COMENTADORES A ESTE POST DE mo::
MANUEL PEREIRA - Mário Pais de Oliveira granjeou forte admiração, entre comunistas e muitos mais cidadãos de outras ideologias, pela sua corajosa e persistente denúncia da mentira e negócio religioso de Fátima e sistemática crítica da hierarquia católica.
Conhecido por "padre comunista", diz-se amigo do PCP, mas decidiu afrontar o partido e os comunistas em geral com essa tão "inocentezinha" quanto demencial comparação do Comité Central do PCP com a Cúria Romana, que odeia.
E porquê?
Porque o PCP, num exercício democrático de ponderada decisão política, decidiu votar contra projectos de lei de alguns outros partidos, que permitiriam matar doentes em sofrimento e sem cura possível, a seu reiterado pedido, cumpridas regras que a lei determinasse.
Ou seja, porque votou contra a Eutanásia, coincidindo no voto com partidos de direita e com a oposição da Igreja a essa forma de suicídio.
Mas não é o presbítero Mário um pensador, ser com capacidade de descernir que coincidindo na defesa da inviolabilidade da vida, são diferentes os argumentos em que sustentam o que defendem?
Se desde há séculos a Eutanásia é assunto discutido, porque é apenas legal em meia dúzia de países?
É um assunto controverso, supra ideológico e religioso e onde já ocorreu, com lei que a despenaliza(va), muita celeuma deu.
Na Alemanha Nazi, foi o que se sabe: milhares foram eutanasiados porque era preciso purificar a raça.
Na Austrália, meses depois de autorizada, a eutanásia foi penalizada por via da polémica social que se instalou.
Na Holanda, cuja lei da Eutanásia dispõe das mesmas garantias que os projectos de lei reprovados continham, aberta a porta para a deriva, já se pratica a eutanásia a doentes do foro psiquiátrico independentemente da idade.
Na Suíça e na Bélgica, diz-se, já é negócio em desenvolvimento.
E não será a Eutanásia, também, um processo de controlo da despesa na saúde, do Estado?
Em L'Avenir de la Vie" livro de Michel Salomon, podem tirar-se excertos de uma entrevista de Jacques Attali, economista, conselheiro dos presidentes franceses François Miterrand, Sarkozy e um dos criadores de Macron.

Cito alguns:

"Para além dos 60/65 anos, o homem vive mais do que produz e é caro para a sociedade."
"A produção e a manutenção do consumidor são caras, mais caras do que a produção da própria mercadoria "
Vai daí, recorre ao economês, e afirma, com base na realidade francesa na época, que "dois terços dos gastos em saúde estão concentrados nos últimos anos de vida"
Conclui, então, que "é necessário reconhecer que a lógica não reside mais no aumento da expectativa de vida, mas na vida sem doença."
E aponta a solução:
"A eutanásia será um dos instrumentos essenciais do futuro das nossas sociedades", adiantando que, "na lógica da liberdade, a liberdade fundamental é o direito ao suicídio"
E persistindo na sua lógica de economista neoliberal, proclama:
"Como resultado, o direito ao suicídio directo ou indirecto é, portanto, um valor absoluto neste tipo de sociedade. Numa sociedade capitalista, máquinas de matar, próteses que eliminam a vida quando é insuportável ou economicamente muito caro, irão emergir e serão uma prática comum. Portanto, penso que a eutanásia, como um valor de liberdade ou uma mercadoria, será uma das regras da sociedade futura."
Então, aberta a Caixa de Pandora, o que nos espera?

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* Victor Nogueira

O presbítero Mário de Oliveira tem usado de má fé e de falta de honestidade intelectual. O que está em causa não é a sua discordância das posições do PCP, mas sim a forma insultuosa, provocatória e rasteiramente anti-comunista como se exprime, igualando o PCP ao CDS e ao "obscurantismo" da Igreja Católica e aos negócios dos banqueiros da Cova da Iria (e do Instituto para as Obras de Religião), Igreja de que afirma ser presbítero, O acima citado é apenas um dos posts e tweets através dos quais faz a sua cruzada anticomunista. Ele não contra-argumenta, ele limita-se a emitir bojardas de modo falsamente benévolo e simplista. O que é estranho é que se diga e re-diga "amigo" do "partido de Jerónimo" (sic) e "amigo e irmão de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP", o dirigente no Comité Central do Partido que MO diz ser igual à Cúria Romana. da Igreja de que Mário continua a ser pastor..

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=618306468516494&set=a.127118974301915.1073741830.100010114390954&type=3


a soap opera em torno de sócrates

* Victor Nogueira

É bom não esquecer que a saga e a soap opera, com a consigna de que "o que é privado é que e bom", das privatizações começou com a dupla Constâncio/PS e Cavaco/PSD com a alteração da Constituição da República e desde então tem sido um fartote. Mas pensando melhor, tudo começou com o chamado "pai da democracia" Mário Soares/PS com as "ajudas" à reconstituição dos grandes grupos económicos "nacionalizados" a seguir ao 11 de Março de 1975., entre os quais estavam os das famílias Espírito Santo e Champalimaud.
Mesmo que Sócrates esteja "inocente", tratou-se dum 1º Ministro de opereta que não assume a responsabilidade política das "políticas" de Ministros que aparentemente, como Pinho e Teixeira dos Santos, não lhe teriam passado cavaco algum?
PUBLICO.PT
O papel do antigo Ministro da Economia socialista no processo de entrada em vigor dos contratos que garantiram pagamentos de 2500 milhões de euros à EDP desde 2007 vai ser escrutinado no Parlamento, mas já está na mira do Ministério Público em várias frentes.

a cruzada anti-comunista do presbítero Mário de Oliveira

Entre outras, esta é uma das tristes e provocatórias publicações recentes do padre Mário Pais de Oliveira na sua campanha anti PCP a propósito da despenalização da Eutanásia: 

«Quando até o banqueiro de FÁTIMA $.A. e agora cardeal D. António Marto elogia o PCP pelo seu NÃO à Lei de despenalização da eutanásia, deveria tocar a rebate no partido de Jerónimo de Sousa. 
Aparentemente opostos são afinal irmãos. A Cúria romana de um é o Comité central do outro.»»___Esta e outras publicações dele atraíram toda a espécie de gente que aproveitam esta onda miserável de tiro ao alvo para assassínio de carácter do PCP, para lançar e ódio e veneno anticomunista. Em várias das suas publicações comentei sempre com boa educação e argumentos que considero válidos contra a despenalização da eutanásia mas ele nem responde a quem dele discorda, limita-se a lançar o veneno.
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* Victor Nogueira
 O presbítero Mário de Oliveira, que se diz "amigo do PCP", tem uma "causa" na vida: os negócios a propósito e em torno das alegadas visões ou aparições na Cova da Iria. 
Agora, com imensa fraternidade e amor,pelo próximo arranjou outra causa para uma nova cruzada, nesta revelando uma incomensurável má-fé e desonestidade intelectual: desvirtuar as posições do PCP. e acirrar o anti comunismo mais quaternário. 
Que faz correr tão insultuosamente o presbítero Mário de Oliveira, que se diz "amigo" do PCP? Com "amigos" destes, , vade retro satana ?!

É legítimo questionar se Mário de Oliveira, para lá da sua persistente luta contra o obscurantismo da Cova da Iria decidiu com devota unção juntar-se ao obscurantismo e anátemas anti-comunistas da direita cavernícola, da Igreja ultramontana e da Carta Encíclica Syllabus. de Pio IX ?


José Tudo isso estará muito certo, Victor. Mas porquê? Serás tu o primeiro explicar-me a verdadeira razão para o voto abstruso do PCP contra a despenalização da eutanásia?
Victor Nogueira Caro José: A fundamentação do PCP está em inúmeros documentos e intervenções que poderás ler directamente em http://www.pcp.pt/saude

O que está em causa é a desonestidade intelectual e a má fé de quem não contra-argumenta mas toma posições simplistas irmanando o PCP ao CDS e à Igreja Católica, como se estas entidades e organizações não tivessem projectos de sociedade diferentes e mesmo radicalmente antagónicos, independentemente de eventuais coincidências. 

Ou será que o apoio do Bloco, do PCP e do PEV ao Governo do PS/Costa significa que este apoio não é conjuntural e que tal apoio não significa necessariamente que cada uma destas destas forças políticas tenha os mesmos objectivos estratégicos e projectos de vida em sociedade que o PS, que até 2015 governou sempre com o apoio do PSD e do CDS, incluindo coligações governamentais?

E devo confessar-te, José, que apesar de todo o meu calejamento, apesar de todo o meu realismo dobre a natureza humana, dói-me que pessoas que não considero inimigos políticos mas sim adversários e "caminheiros" na vida, tenham intervenções tão rasteiras como as que tenho lido e ouvido. 

Na realidade, isto da luta de classes é tramado! Abraço fraterno

https://www.youtube.com/watch?v=y3KEhWTnWvE
Gerir
Texto alt automático indisponível.
PCP.PT
Partido Comunista Português
 
José -Não falo dessa fundamentação, que conheço muito bem. Falo das verdadeiras razões para uma posição inusitada e contra-natura.



Responder50 min
Victor Nogueira - José -Tu leste o mesmo que eu li. Tu dizes que é inusitada e contra-natura. É a tua "arrumação" :Outra malta faz demagogia como a Mariana ou piadolas como no blog Entre as Brumas da Memória. ou embarcam no anti-comunismo rasteiro como o Mário de Oliveira.

Mas a argumentação e debate duma questão complexa como esta faz-se deste modo simplista ou jocoso, estilo bravata "se te não atirares do penhasco abaixo ou te puseres debaixo do comboio és igual ao CDS ou aos fascistas ?

As questões do PCP já haviam sido expostas numa intervenção quando da apresentação da Petição na AR

http://www.pcp.pt/sobre-peticao-que-solicita...

Não creio que te interesse muito saber das minhas razões. Talvez tas dissesse numa conversa à mesa do café. Mas a verdade é que eu há muito que não vou a Évora e, sem ofensa, quando vens a Setúbal não me procuras. LOL Abraço 

EM TEMPO - Deixaste em claro outras questões envolvendo tb o Bloco que referi no meu comentário acima em resposta ao teu
Gerir
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas
PCP.PT
Sobre a petição que solicita a despenalização da morte assistida
 

sábado, 2 de junho de 2018

REINCIDÊNCIAS E CONTUMÁCIAS DO PRESBÍTERO MÁRIO DE OLIVEIRA

* Victor Nogueira

REINCIDÊNCIAS E CONTUMÁCIAS DO PRESBÍTERO MÁRIO DE OLIVEIRA - «Quando até banqueiro de FÁTIMA $.A. e agora cardeal, D. António Marto elogia o PCP pelo seu NÃO à Lei de despenalização da eutanásia, deveria tocar a rebate no partido de Jerónimo de Sousa. Aparentemente opostos são afinal irmãos. A Cúria romana de um é o Comité central do outro.»

E EU QUESTIONO - Que se discorde do PCP e se contra-argumente, é natural. Que se iguale o PCP ao CDS na velha ronha insidiosa de que PCP e comunismo são iguais ao fascismo faz tocar os sinos a rebate.

Quanto mais não seja, o CDS (que se reclama da chamada "democracia-cristã") foi o único partido que votou contra a Constituição de 1976, o CDS e PSD votaram contra o SNS, o PS(d)CDS são os únicos que têm feito parte dos Governos ditos Constitucionais, que pediram a intervenção externa para salvar a banca em falência mas não quem trabalha e come o pão que o diabo amassou, o CDS ao contrário do PCP participou em Governo ora com o PS, ora com o PSD, o CDS não participa nas comemorações do 25 de Abril nem usa cravo vermelho ao peito nem foi por ele que os sinos tocaram a rebate na cruzada anti-comunista no chamado Verão Quente de 1975, numa abençoada "fraternidade" que uniu a Igreja de Braga (mas não só) aos spínolistas, ao MDLP, e a partidos ditos "democráticos" que Mário de Oliveira bem sabe quais foram.

Mas isto não chega para Mário de Oliveira, presbítero que se afirma "amigo" do PCP, e que insidiosamente afirma em jogo de palavras ad hominem que o PCP é o partido de Jerónimo, uma espécie de ditador que pastoreia e manda na acéfala carneirada do rebanho comunista?

Pelos vistos a má fé e a desonestidade intelectual campeiam na Cidade de Deus e entre alguns dos seus paroquianos ou fregueses. Verdadeiramente, que faz correr o presbítero Mário de Oliveira? Precisará o presbítero Mário de Oliveira da misericordiosa e divina bondade a que se refere Lucas 23:34 ? Ou não?


sexta-feira, 1 de junho de 2018

«OPTE POR AMAR MAIS» («UMA PRINCESA NÃO FUMA!»)

* Victor Nogueira

«OPTE POR AMAR MAIS» («UMA PRINCESA NÃO FUMA!») - Se vivemos num República, a que propósito se fala em "princesas" como se tudo isto fosse um conto de fadas e fados ? E porquê direccionada exclusivamente para as mulheres como mães ? É menos prejudicial e censurável que os homens fumem, sejam pais ou não?

Merkel "feliz" por ver um Portugal "otimista"

* Victor Nogueira
Ao lado de Costa, Merkel viu com “alegria” um Portugal “optimista” - Depois da marcelista "España Una e Eterna" pela Graça de Franco,  "Caudilho de Espanha, por La Graça de Dios", depois das princesas no anti-tabagismo, as merkelianas boas-fadas dos contos de embalar ?

YOUTUBE.COM
Lullabies from Around the World - Germany…

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Cravo vermelho ao peito

* Victor Nogueira
Não se cansam de passar certidões de óbito ao PCP e é um dó de alma ver gente tão egocêntrica e que se diz "culta", de esquerda e solidária - mas quase sempre atenta aos holofotes e peanhas - ser tão manipuladora e ter tão grande falta de honestidade intelectual, como se tem visto, por exemplo, a propósito da "morte assistida". Gente tão democrata, tolerante e amante da liberdade de opinião e de consciência, que apenas aceita quem abane que sim ao que dizem, Gente que parece ter o PCP como inimigo público a abater, desvirtuando as posições dos comunistas, não poucos dos quais - entre estes - falam de ouvido desconhecendo minimamente os documentos do Partido de que se afirmam militantes. Entretanto, para lá das causas fracturantes, o centrão PS(d)CDS vai fazendo o seu caminho, com alguns cravos vermelhos ao peito e muletas de andarilho, como reza a valsa da burguesia. Como se a(s) Vida(s) fossem coisas de somenos, como se a(s) Vida(s) - ela(s) também - não tivesse(m), direito a ser(em( vivida(s) com dignidade, numa terra sem amos, como se não fossemos filhos da madrugada.

YOUTUBE.COM
Cravo Vermelho ao peito A muitos fica bem Cravo Vermelho ao peito A muitos fica bem Sobretudo…

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Cravo Vermelho ao peito
A muitos fica bem
Sobretudo faz jeito
A certos filhos da Mãe
Sobretudo faz jeito
A certos filhos da Mãe
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Não importa quem eles eram
Não importa quem eles são
Nem todo o mal que fizeram
Mas sempre a bem da Nação
Nem todo o mal que fizeram
Mas sempre a bem da Nação
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Refrão
.
E chegado o dia novo
Chegada a bendita hora
Vestiram uma pele de povo
Ficou-lhes o rabo de fora
Vestiram uma pele de povo
Ficou-lhes o rabo de fora
.
Refrão
.
E aquele adminstrador
Promovido a democrata
Sempre exaltou o suor
Arrecandando ele a prata
Sempre exaltou o suor
Arrecandando ele a prata
Sempre exaltou o suor
Arrecadando ele a prata
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Refrão
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Também veio o fura greves
Lacaio dos senhores de então
Pois pode bem ser que às vezes
Se arranje um novo patrão
Pois pode bem ser que às vezes
Se arranje um novo patrão
.
Refrão
.
E os cultores da sapiência
Intelectuais de alto nível
Tranquilizando a consciência
O mais à esquerda possível
Tranquilizando a consciência
O mais à esquerda possível
.
Refrão

quarta-feira, 30 de maio de 2018

ANTI-COMUNISMOS PRIMÁRIOS E QUATERNÁRIOS

* Victor Nogueira

ANTI-COMUNISMOS PRIMÁRIOS E QUATERNÁRIOS - Pergunto-me se para o BE já começou a campanha eleitoralista para as legislativas 2019, em que vale tudo para confundir as águas, num apelo à mentira e à má fé, na caça ao voto!
Afinal os projectos em discussão não contemplavam a morte assistida com dignidade se não a uma minoria, a consciente, que o tivesse manifestado e tivesse conseguido ultrapassar o crivo da "Comissão de Avaliação". Por outro lado apenas o projecto do PEV restringia a "morte assistida" aos estabelecimentos do SNS. Os restantes admitam que pudesse ocorrer nas "privadas", cujo lucrativo negócio depende de ajudas e subsídios estatais ou de bolsas endinheiradas.
E aqueles que não tivessem passado o moroso e burocrático crivo da "Comissão de Avaliação", ou os que não tivessem personalidade jurídica, os menores, os incapacitados para disporem e decidirem, por estarem inconscientes ou em coma, esses continuariam em sofrimento bem como todos aqueles que morrem abandonados em casa ou nos corredores dos bancos de urgência ou na tristeza do abandono, mais ou menos solitários, em lares que de facto são depósitos de pessoas acantonadas à espera da morte? Qual é a medida da dor e do sofrimento, do que é intimo e pessoal ?
Que pessoas que se dizem solidárias, de esquerda, que não sofrem de iliteracia, usem argumentos tão rasteiros e demagogos como Mariana Mortágua - mas não só - insidiosamente igualando o PCP e o CDS e sub-liminarmente insinuando que “comunismo=fascismo” é duma tristeza enorme! Pergunto se Mariana Mortágua deixou que o pé lhe fugisse da chinela, falando para a câmaras de TV e para a imprensa de "reverência" ou tablóide, usando uma pretensa "inteligência" e aproveitando-se do facto do PCP ter esgotado o tempo para poder intervir e responder às interpelações?
Pergunto: afinal, poder-se-á concluir que o BE e o CDS agem de modo similar e são idênticos em apelos não à razão, mas sim ao populismo, à mentira, à demagogia e à exploração emocional dos sentimentos? Pergunto: Poder-se-á concluir que o que assemelha o BE e o fascismo são a chamada esperteza saloia (sem ofensa para os verdadeiros saloios) o anticomunismo quaternário e troglodita?
Relata o Expresso aquilo que também ouvi porque assisti na ARTV a todo o debate:
«Mariana Mortágua tomou a palavra para atacar directamente o deputado comunista António Filipe – e associar o partido ao CDS, único outro partido contrário à despenalização. Disse que ambos fizeram o “discurso do medo”, associou o deputado a Cavaco Silva ou a Assunção Cristas, que se assumiram frontalmente contra. E até aos valores do CDS, falando de uma visão “determinada por Deus” – e acabando a citar Saramago.»

Permito-me pois citar de Eugénio de Andrade "O Lugar da Casa" e José Afonso em "Vejam bem"
Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.



signeponge - Publicado a 06/04/2010


Zedotelhado2009 - Publicado a 01/03/2010


Margarida Bacelos
Publicado a 21/12/2010