domingo, 30 de março de 2008

Em Conversa com (9) os meus botões




* Victor Nogueira
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Quanto a Papas, só gostei do João XXIII. Houve salvo erro um João Paulo I, mas esse «morreu» parece-me que a tempo de não cometer o pecado mortal de investigar ou prejudicar os negócios da Banca do Vaticano. E por rendimentos, quem controla as piedosas caixas das esmolas em «Santuários» como o de Fátima e nas igrejas e capelas por esse Mundo Fora?
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Nas minhas deambulações visitei a Sé da Guarda. Era já a hora de fechar, mas o pároco simpaticamnete deixou-nos continuar a visita, embora cerrasse as portas enquanto com o sacristão ia recolhendo o dinheiro das esmolas. E assim acabámos por sair os quatro, o padre atravessando o terreiro ao lado do sacristão, este ajoujado e descaído ao peso dum sacão das esmolas.
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É como organizações de benefeciência e reuperação social, onde se vendem coisas em 2ª mão. Não há escrita, não há recibos. Falo em veneráveis instituições como a Remar ou os Companheiros de Emaús. Mas poderíamos falar da IURD e similares.
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É a Vida! Ou será antes .. a morte da Vida?
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VN
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Para «espeitar», do Correio da Manhã

Mulher roubava caixas de esmolas
Esmolas Igreja sofre com falta de dinheiro - por Secundino Braga
Fátima - Construtora entrega a chave no dia 9 - Nova Igreja custa o dobro: 80 milhões de Euros - Fátima Jordão e leitores do CM
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sexta-feira, 28 de março de 2008

Em conversa com ... (12) TODO O MUNDO e NINGUÉM


* Victor Nogueira
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Do «communard» desde sempre assumido, Zé Ninguém k ñ perdeu lucidez nem consciência, estrangeiro, políticamente incorrecto, cidadão do mundo, sem Pátria, num simulacro de país quase sempre vendido pelos governantes. agora «livremente» alienado pelos Senhores do alterne e longe da arraia miúda,
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Victor Nogueira,
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sem ilusões nem enganos, quase sempre na prateleira. mais ou menos dourada, começando pelo «demo-crático» PS e não só, desde 25 Nov 975. re-enício do consulado Salazar/Ca(e)tano, agora na sequência Só-Ares Carneiro.
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terça-feira, 25 de março de 2008

Em conversa com ... (11) TODO O MUNDO E NINGUÉM


Olá, quem quer que esteja ao leme da barca
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Há blogs que desconheço. Tantos, cada vez mais à medida que o tempo vai escorrendo e cada vez mais blogs encontro. Encontrei um onde não deixei prémio, porque os não dou nem aceito, pelas razões que já expus num post perdido algures numa das minhas sete criações.
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Não sou simpático, acolhedor, não tenho cara (retrato físico) aqui na net, nem tenho muitos comentadores/as, muito menos regulares. Sabem, preso por ter cão, preso por não ter. Ou mal com El-Rey ou com a Princesa por amor dos homens e das mulheres, mal com os homens e as mulheres por amor d'El Rey ou da Princesa. Para uns/umas escrevo muito, para outros/as escrevo pouco, mas apesar de manter sete blogs ou chagas não consigo fixar multidões nem comentadores/as regulares em qualquer deles. É a Vida. Mas convido-vos a visitar o Kant_O_Photomático. É uma das expressões de mim, muita imagem e pouco texto. Imagem e textos levezinhos, curtos quase todos e, sobretudo, daqueles que não tiram o sono nem causam mau-estar ou náuseas. Quanto Ao Sabor do Olhar, qualquer dia fecha por falta de conviventes e de razão de ser.
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Também a mim o tempo me vai faltando para visitar os blogs. mesmo que sejam os de pessoas que estimo ou aprecio. A Vida é feita, tem de ser feita, do «sentir» real: o sorriso ou a cara fechada, acolhedora ou não, a mão no ombro, o ver o olhar franco ou escondido por detrás duns óculos escuros, o calor ou a frieza da voz, a suavidade ou a crueldade do cheiro, seja perfumado, seja nauseabundo. O ouvir o silêncio ou o bater das ondas,ou o trinado dos pássaros ou da brisa que agita as flores. E por aí fora, ao sabor do olhar e da imaginação de cada qual ao (es)correr da pena, hoje substituída pelo matraquear do teclado do PC (personal computor, entenda-se).
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Para todo o pessoal, aquele abraço
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Victor Manuel
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foto retirada daqui, um blog interessante: impressoesdigitais
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domingo, 23 de março de 2008

Paris, já está a arder?

Picasso


Magritte

Picasso

O Verso

















.... e os reversos

o verso


cho_morte.jpg

... e o reverso
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Victor Nogueira
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1. - Olá saltarica, que está longe, muito longe, mesmo que sejas minha vizinha e vivas sem eu saber num apartamento no mesmo prédio no cimo da encosta do Parque Verde da Lanchoa.
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De vez em quando venho aqui e não sei se é esta a foto para que me chamaste a atenção, entre o verde da esperança e o acerado das folhas do pinheiro bravo.

Seja ou não esta, gosto dela.

Um beijo grande deste ser incorpóreo e virtual que é o Victor Manuel

E um bom domingo, incluindo os dias subsequentes, que espero sejam para ti muitos, longos e felizes. A ti e a quem me ler, mesmo desconhecendo a fraca figura que sou.
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Victor Manuel
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2. - Ou seria esta? Desta também gosto, bem como a do post anterior, que eu supunha ter sido tirada quando da comemoração em Paris da derrota dos nazis. Paris que ainda existe tal como se conhece porque o comandante do exército alemão, nazi e ocupante se recusou a cumprir as ordens de Hitler e respondeu «Não» á pergunta deste e dos grandes empresários que estavam por detrás do «simpático» homem do bigodinho: «Paris, já está a arder»? Estamos a falar de Krupp como poderíamos falar da Ford, da Shell ou de Champalimaud, Espírito Santo e Cia. Mas por ela ardem ou arderam a Argélia, as ex-colónias portuguesas e as outras, e muitos resistentes, comunistas ou não, em Angola, na Guiné, em Moçambique e noutras colónias europeias ou «protectorados» do amigo americano e seus aliados em Hiroshima, América Latina, Darfur, Vietname, Nigéria, Indonésia, Afeganistão, Iraque, Jugoslávia, ex-URSS ....
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O resto da história que contas sobre a foto de Doisneau, desconhecia, embora o holocausto continue por aí, espalhado por todo o mundo, travestido de «combate ao terrorismo» em nome da «Democracia e da Liberdade» e rebaptizado com o nome de danos colaterais, sejam ou não «Tempestades no Deserto», «Combate ao Narco-Tráfico» ou «Infinita Liberdade». Tudo sob a batuta de Republicanos, Democratas, Novas Esperanças, Democrata-Cristãos ou Sionistas, Socialistas ou Sociais Democratas, Trabalhistas ou Conservadores. Todos irmãos, Todos iguais, todos filhos da mesma Mãe que os pariu, pois o Pai deles não dá a Cara, Espírito Santo em forma de pomba enganadora, esperta e traiçoeira.
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Quanto ao Che, comercializado em camisolas naquela foto de aura romântica, morreu mesmo, crivado de balas e fotografado pelos amigos dos defensores da Liberdade e da Demo-Cracia, para quie não restassem dúvidas, em foto idêntica á dos fuzilados por terem ousado subir ao Céu com a Comuna de Paris, mas esta foto e a destes ou similares. inodora$, «falantes» a outra voz e com outro olhar, não dão dinheiro nem convém publicitá-la$.
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Bjo grande
VM
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Obrigado pelo Zeca, em música de fundo, tão importante como outros de quem não se fala, como Fernando Lopes Graça e Michel Giacometti, Ary dos Santos ou Adriano Correia de Oliveira, este que deu voz a um que agora já não é a Voz da Liberdade mas sim o «pateta» alegre que se vai governando em nome duma «esquerda» que já enterrou, como o Só-Ares fez ao Socialismo, transformado em Sucialismo, ambos tão vendedores de banha da cobra como Sócrates. Mas para estes não há cicuta que nos valha.
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Zé Ramalho

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
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