domingo, 27 de janeiro de 2008

Em conversa com ... (12) ou sobre a COBARDIA DO ANONIMATO RELES



"O Papa e o nazismo"
2 Comentários -

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Anónimo disse...
porque não falas dos milhões de morto na mão do comunismo?mais de 100 milhões...
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27 de Janeiro de 2008 4:10

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Victor Nogueira disse...
Ao ou à AnónimaTens medo de quê? É mentira o que está escrito? Então rebate. Queres falar em milhões de mortos? A URSS e o bloco socialista duraram 60 anos e nunca utilizaram a bomba atómica enqanto os EUA o fizeram para «amedrontar» a URSS e fazerem experiências sobre os japoneses sobreviventes vítimas das explosões nucleares. Pensas que alguém sobreviverá a um holocausto nuclear ou que o Bush se vai preocupar com o teu saco de ossos? Extinta a URSS, os EUA inventam mentiras para justificar invasões e amesaçam com bombas atómicas quem não se submete.
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Vamos contar mortos? Com valores absolutos e relativos.
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Igrejas Cristãs - 2000 anos de guerras religiosas, saques e mortandades: perseguições aos judeus, muçulmanos e «pagãos», Inquisição, cruzadas, apoio a regimes ditatoriais ou a reis absolutos sem por em causa o extermínio de camponeses e de operários,.
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Capitalismo: cerca de 400 anos de existência: guerras entre si, destruição de povos e culturas inteiras, muitas delas mais evoluídas, em África, Ásia, América Latiba, Oceânia.
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Nem sequer tens coragem para dar a cara ou usar argumentos.
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Queres falar dos milhões de mortos que dizes terem sido praticados pela URRSS. Então fala e fundamenta, Mas não te esqueças de falar na bondade e nos massacres perpretados pelos Czares da Rússia e pela mortandade na 1 grande guerra, ainda a URSS nem sonhava vir a existir.
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Pareces o miúdo que atira uma pedra, parte o vidro e a seguir vai esconder-se com medo. Tens medo de quê, pá?
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Victor Nogueira
27 de Janeiro de 2008 4:37
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ver Ver também Stalin: o asasino de masas perfecto
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Nazi-fascismo e Racismo

Manifesto no Referendo para o IVG - Campanha pelo direito à vida ...


* Victor Nogueira
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... dos que morrem na Palestina, no Iraque, na América Latina, em África, na maioria dos países asiáticos. Que morrem e morreram vítimas da destruição das suas economias pelo capitalismo galopante e agora globalizante nos seus tentáculos. Pelas crianças que nasceram condenadas à subnutrição, pelas pessoas vítimas dos bombardeamentos e das guerras porque o fabrico e venda de armamento é um negócio para dar dinheiro aos grandes accionistas. Pelas vítimas do desemprego, da negação do direito ao trabalho e à felicidade. Pelas vítimas dos embargos económicos, hoje decretados pelos EUA, ou dos embargos da poderosa indústria farmacêutica. Pelas vítimas das perseguições religiosas pretensamente feitas hoje pelos muçulmanos, outrora tolerantes, e ontem e hoje pelas igrejas cristãs e as guerras em seu nome, incluindo a intolerante e misógena igreja católica apostólica românica, com os seus autos de fé e menosprezo pelas mulheres, durante séculos consideradas seres sem alma. Pelo direito à vida de todos nós, mesmo daqueles que não questionam nem fazem por mudar um sistema de organização da sociedade baseado em princípios egoístas e predadores, conducente à destruição da vida neste planeta, paulatinamente levada a cabo nos seus poucos séculos de existência face aos milhões de anos de existência de vida na Terra.
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Porque o direito à vida não é apenas o direito a nascer. É o direito a viver em harmonia com a natureza e com os restantes seres vivos, com dignidade, com saúde, com inteligência, sem subordinação a senhoritos/as e seus capatazes e homens/mulheres de mão, bem ou mal cheirosos e vestidos com maior ou menor elegância, por cima da mentira e da miséria de milhões
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2005.03.17
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Distribuído pela minha mailing list em 2005.03.17 e publicado no Kant O Ximpi em - 2007 Maio 21 e na Travessa do Ferreira em - 2007 Maio 22

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Em conversa com os meus botões (10) - A Portuguesa


* Victor Nogueira
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Dou por mim a pensar no Hino Nacional, com uma «letra» que além de não ser pacifista, estava em contradição com a Constituição de 1976, que já foi mandada às malvas. Mas assim como na 1ª República se transformou o «contra os bretões, marchar, marchar» em «contra os canhões, marchar, marchar», este estribilho deveria ter passado a ser «contra os patrões, marchar, marchar». Agora, com o Tratado de Lisboa a mudança deixou de ser possível. Ou não?
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Aqui fica a versão original de Lopes de Mendonça, que persiste, mas truncada.
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(versão original) Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil
I
Herois do mar, nobre povo,
Nação valente e imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memoria,
Oh patria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!
II
Desfralda a invicta bandeira,
À luz viva do teu céo!
Brade a Europa á terra inteira:
Portugal não pereceu!
Beija o teu sólo jucundo
O Oceano, a rugir de amor;
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar!
III
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do resurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injurias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar!!
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Esta versão foi substituida em 1957:
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Alfredo Keil : A Portuguesa (hino nacional português)

Música: Alfredo Keil
Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Mário Rui Simões Rodrigues
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
.
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

in

Hino nacional de Portugal - Wikipédia

A Constituição de 1976 adoptou a seguinte letra;
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Hino Nacional


A Portuguesa

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

in Portal do Governo
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A versão original, primitiva, faz lembrar-me o Hino da Mocidade Portuguesa. Lembram-se os que o cantaram de boa ou má vontade, seja em paradas, seja em desfiles? Bem, lá em Luanda, no meu tempo de estudante liceal e adolescente, não se lhe dava grande importância, salvo nas aulas de Canto Coral.
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Hino da Mocidade Portuguesa

Lá vamos cantando e rindo
Levados levados sim
Pela voz do som tremendo
Das tubas clamor sem fim

Lá vamos que o sonho é lindo
Torres e torres erguendo
Clarões, clareiras abrindo
Alva de luz imortal
Que roxas névoas despedaçam
Doiram os céus de Portugal

Querer querer e lá vamos
Tronco em flor estende os ramos
À mocidade que passa

Cale-se a voz que turbada
já de si mesmo, se espanta.
Cesse dos ventos, a infâmia
ante a clara madrugada,
em nossas almas nascida.

E por ti, ó Lusitânia,
corpo de Amor, Terra Santa.
Pátria, serás celebrada
e por nós, serás erguida.
Erguida ao alto da Vida.

Lá vamos, cantando e rindo
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in salazar.weblog
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Ouvir duas versões videográficas diferentes em

Em conversa com ... (11) «anti-prémio da Humanidade»

«anti-prémio da Humanidade» versão 1 - Fé, Esperança e Caridade

«anti-prémio da Humanidade» versão 2 - A sesta

«anti-prémio da Humanidade» versão 3 - Co-existência Pacífica


«anti-prémio da Humanidade» versão 4 (Bairro de Lata)

«anti-prémio da Humanidade» versão 5 - Portinari - migrantes
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* Victor Nogueira
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A Blogosfera é um mundo infinito e variado, de que apenas conhecemos um átomo. Mas onde alguns blogs ostentam longas gravuras representado prémios ou citações, cravadas como as medalhas no peito de generais mais ou menos heróicos à custa de anónimos soldados. Tudo isto e círculo «familiar» mais ou menos fechado.
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Talvez até se pudesse criar um blog estilo catálogo das menções e citações disponíveis, em permanente actualização conforme a imaginação de cada um. E tornar o trabalho mais fácil, numerando, como nalguns restaurantes cada: «prato» tem um número e é apenas esse que o ou a empregado/a de mesa anota. Que pensam?
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Mas agora surgiu uma nova moda: atribui-se um prémio e depois o premiado diz: recolham-no à vontade.
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Não, não recolho prémios a granel, Nem os ostento na lapela. Nem os quero. Dirão isto são raivinhas e dor de cotovelo. Não. É a convicção alicerçada em longos anos em salas de conversação e longos meses na blogosfera que mo diz. Tudo passa, tudo morre, tudo não é mais que fogo fátuo ou narcisista em muitos casos. Deixando apenas o vazio e um rasto de cinzas ou de pó que o vento e a brisa transportam sem destino.
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Escrevo isto apenas para dizer que ainda estou por cá, dando este sinal de vida. E que a vida está lá fora, ao alcance de apenas uma minoria, que vive à custa de uma imensa legião crescente de miseráveis, esfomeados..

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Até agora dei dois prémios «pessoais», únicos, intransmissíveis, que não constam da badana-mostruário dos «premiados».
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Hoje, para todos os que me têm lido, com regularidade ou apenas de fugida, deixo-vos o prémio acima. Recolham pelo menos uma versão, a que menos vos agradar e coloquem-na em lugar visível no vosso blog. Ou recolham todas. Ou deitem-nas para o lixo. Trata-se do «anti-prémio da Humanidade». Se o(s) recolherem e colocarem no vosso blog, agradeço que o refiram nos comentários a este post. Mas identifiquem-se e digam qual ou quais as versões que aceitaram deste vosso amigo ou (des)conhecido virtual.


E se quiserem visitem

um-mundo-de-contrastes-4

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Como é? Ninguém fala?



Em conversa com ... (10) a Adélia

adelia disse...
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Engraçado como após tantos anos e, por mero acaso, deparo com este blog em que sou uma protagonista secundária ou se calhar...melhor dizendo, figurante. Até receio perguntar como decorreram estes anos. São tantos! Contudo gostaria de saber

Adélia Guerreiro

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------qui 24-01-2008 0:16
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Victor Nogueira disse...
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Olá, Adélia :-)

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Não sei se lerás estas linhas. Fiquei contente por te «ver», mas a hiperligação leva a lado nenhum, o que é frustante e uma «maldadezinha» tua. Olha, se quiseres, escreve-me. Tens nos meus blogs montes de endereços meus.

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Um beijo, mocinha. Eu agora, naturalmente, estou mais velhote do que quando nos conhecemos. Mas gostava de saber de ti, da tua família e da malta da Amareleja.

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Bjo
Victor Manuel

------qui 24-01-2008 0:25

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Postal (11)

Évora

68.11.04

MNS

Évora, Universidade

Saí há pouco da aula de Contabilidade. Seja para desconto dos meus pecados !

O edifício da foto foi da Universidade de Évora, criada em meados do séc. XVI, apesar da oposição de Coimbra e extinta pelo Marquês de Pombal no séc. XVIII.

Brevemente escreverei. Já saí da pensão. O meu endereço actual é R.Raimundo, 44 - Évora (...) VM

Évora

69.01.20

NSF

Évora,

XE "Évora: vista geral"§vista geral

Évora, uma ilha de pedra e cal branca no meio duma planície sem fim. Na foto nota-se o flagrante contraste entre a aridez dum lado e as verdejantes quintas. A Sé, com as suas três torres, um aqueduto, restos das muralhas, mais uns graníticos e frios e escuros e antigos e sagrados montes de pedra contrastam com a alvura dos edifícios. Assinalo com uma seta, ao lado do Templo de Diana e perto da Sé, o edifício do Instituto.


Saudades do VM


Évora

69.02.06

NSF

Évora, Praça do Giraldo e Igreja de Santo Antão

23:30 - Mais um dia está prestes a terminar. Vou até ca[sa] a pé e depois ... óó. Amanhã tenho o último exame desta 1ª época de frequências: Contabilidade I. Correram como os profs. julgarão. Dentro de uma semana começam as minhas férias de Carnaval. Ainda não decidi se vou a Lisboa. Brevemente escreverei mais longamente. Até lá saudades a todas as pessoas amigas. Para vós e Zecas Jones um saudoso abraço do VM

A seta (1) indica a rua onde moro e a (2) que vem dar ao Instituto.


terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Postal (10)

* Victor Nogueira
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Pointe Noire

58.08 (?)

MEB

Pointe Noire - Catedral

Chegámos bem a Pointe Noire. O João [Gaspar] no primeiro dia caiu doente, mas já se encontra bom. O Zé sente a minha falta [?]. Já visitei a cidade quase toda. Ontem fui almoçar a casa dum rapaz e á tarde fui ao cinema ver dois filmes: "Victime du Destin" e "La Belle Otero"


Beijos e um grande abraço do teu filho V.


Pointe Noire

58.08 (?)

MNS

Pointe Noire - Colégio Victor Angagneur

Então, como vai? Sentes falta do teu Victor? Não vos escrevi há mais tempo porque só há avião para Luanda ás 5.ªs feiras. Já visitei grande parte da cidade. Devo embarcar no dia 4 de Setembro. Um abraço do teu filho VNS

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Postal (9)

Évora

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MCG

Évora, Fonte das Portas de Moura

Olá, Celeste

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Sonhei toda a noite com camiões do exército desfilando carregados de arroz cozido e com as miúdas dos outros, que os vêm visitar, ou com os parzinhos que andam pelas ruas! Eis senão quando ela aparece num repente e num repente se vai. Ah! Ah! Ah!

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Enfim ... Olha lá, quem era a senhora a quem fui indicar a Rua Mendo Estevens ? Que faz ela ? Foi uma conversa muito interessante a que tivemos pelo caminho. Quanto à Virgínia, a lógica dela é diferente da nossa. Dá-lhe as minhas saudações.

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Estou aqui no Restaurante do Arcada, onde chega o barulho ali do café. O Guerreiro lê o jornal. Já estive com o Camilo e o Carlos [Nunes da Ponte]. Finalmente, talvez vá ao cinema. Abraços do VM

domingo, 20 de janeiro de 2008

Postal (8)

* Victor Nogueira
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Lisboa

70.03.17

NSF

Badajoz, Rio Guadiana e muralhas de Alcazaba

Finalmente aqui estão notícias. A Mãe que desculpe esta demora. Cheguei a Lisboa sábado à noite e parto amanhã de manhã para o Porto, onde ficarei em casa do avô Luís. Dentro duns dez dias passarei de novo em Lisboa, rumo ao burgozitomedieval. Vamos ver se vos escrevo mais longamente. Preciso de saber informações sobre o curso de Economia (há semanas que a Mãe deixa para o dia seguinte). Preciso também dum certificado de residência de um de vós para a passagem das férias. O Banco pagou-me as massas. Abraços do VM

sábado, 19 de janeiro de 2008

O Caso Maddie (21) e Em conversa (10) ... COM TODO O MUNDO E NINGUÉM

* Victor Nogueira
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Olá
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Inadvetidamente cliquei nos comentários ao teu post sobre Maddie e encontrei uma série de msg's eliminadas pelo editor, i.e, por ti e fico perplexo. Não sei o que diziam ou quando foram apagadas ou pk. Mas então activa a moderação de comentários. Assim as pessoas sabem as regras do jogo, como nos meus blogs. É uma simples sugestão. Pk fica sempre a sensação duma censura sobre não se sabe que conteúdo, eliminado sem qualquer explicação.
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Tenho desde sempre a minha explicação para dois casos: o de Joana e de Maddie, um caso exemplar de duas justiças, a modos e tempos diferentes funcionando. O tempo se encarregará de desmascarar os farsantes, os figurantes e os beneficiáriois destas histórias. O tempo dirá pk uns têm apoios mediáticos e caros com subsídios milionários e bolsa cheia a conta-contas pelos pobres e filmes para juntarem mais algum por conta da filha, ajeitando «fundações» com dinheiro também dos pobres, que nada dão para que se descubra o paradeiro de crianças pobres como as destes. E para que o povo tenha o seu segundo de glória na TV tablóide, esganiçando-se em apelos de morte ou tentativas de linchamento em vida, enquanto em casa maltratam os seus próprios filhos e ficam indiferentes ao sofrimento das criancinhas dos vizinhos da porta ou casa ao lado, seus semelhantes, por quem nada fizeram enquanto estiveram vivas.
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Uns são condenados sem cadáver, outros não podem ser condenados se o cadáver não aparecer.
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O mesmo no processo Casa Pia. Não aparecem outras pias instituições, mas no da Casa Pia não há grandes figurões mas apenas e só médios figurões, todos do mesmo saco que contém farinha igual mas doutra cor. Mas os médios figurões, presumivelmente inocentes até prova em contrárto, o que é justo, lá vão arranjando maneira do caso se arrastar até que todas as vítimas morram ou os crimes prescrevam. E durante muito tempo, para surpresa minha, não havia pedofilia envolvendo quer mulheres, quer meninas pobres. E mesmo acabando por aparecer, é com muita ligeireza e brevidade. Outros, que não são figurões mas pé descalço, pobretanas, são descobertos, julgados e condenados com toda a presteza. Quem paga os advogados de uns e de outros?
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Por isso não comentei o caso Maddie senão numa «série» num dos meus blogs. E a ele voltei agora e apenas em consequência dum lapso meu: ter carregado nos comentários dum post de género que só leio por curiosidade científica e sociológica, quando era noutro post teu que eu queria deixar um aceno meu, do sinal.de.vida.vicnog.
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Em conversa com ... (9) a minha muito querida amiga da Casa de Belmonte

* Victor Nogueira
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As memórias, as histórias, a dor, a saudade, boas ou más, são de cada um de nós; podemos «senti-las» e a um rio de lágrimas estrangulado na garganta ou aos olhos assomando ao de leve ou torrencialmente, apenas numa empatia intelectual ou porque também passámos por isso na nossa própria vida. Mas isto são apenas palavras, sem o gesto de encostares a tua cabeça ao meu ombro enquanto te afago os cabelos para que a tua tristeza não seja tão pesada. [pela morte do teu pai]
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2005.05.04

O LUGAR DA CASA


Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia

Eugénio de Andrade

Em conversa com ... (8) - David Santos

* Victor Nogueira
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Olá, David

Passei por aqui para dizer-te que publiquei o teu poema no Convívio e estive relendo os teus posts - tanta tristeza !

E volto ao princípio, releio o post até ao fim e tive um calafrio ao ler o final.

O final é uma despedida e eu faço uma experiência. E vem a resposta. Os comentários são publicados imediatamente, sem tua intervenção, e registam apenas a hora. Não o dia! Não tenho o teu endereço e Cesário Verde não é trágico como Soares de Passos ou um dos meus tios, que não conheci, que escrevia poesia, triste, muito triste, porque sabia que ia morrer jovem, aos 20 anos, tuberculoso.

Leio transversalmente os comentários anteriores. Se mo não disseres, ficarei sempre sem saber se o post que está na origem deste meu comentário é uma despedida tua da blogosfera, se da vida. Se não me escreveres, nunca o saberei. Nunca saberei se perdi de vez uma pessoa que estimava, de quem era «amigo», tanto quanto a virtualidade o permite.

Por isso, não sei como terminar.

Sou o Victor Nogueira, enquanto persistir na memória dos que me conheceram. Como tu és o David Santos, mesmo que este [teu] blog seja desde então e apenas um memorial.

Victor Nogueira 2008.01.18

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Quinta-feira, Janeiro 17, 2008

THIS BLOG WILL BE FOREVER IN HONOR OF NURIN JASLIN

MALÁSIA







NURIN JASLIN



MURDERED. 9 YEARS OLD. WHY? ARE WE HUMAN?



QUE MUNDO, MEU DEUS, QUE MUNDO!


MARI LUZ CORTÉSO

MAIS UMA CRIANÇA DESPARECIDA








L'HOMME: L'ÂME DU DIABLE

L'âme du diable
Ce n'est que l'homme, et plus personne.
Vu qu'il est tellement méchant,
Il y en a ceux qui le trouvent bien.
Il n'y a rien que l'homme ne fasse
Que le diable ne fasse autant.
Dans ce monde de disgrâce,
Même si le diable ne le fait point,
L' homme le fait, obéissant.



GOD’S SOUL

They are children playing

They are pretty celestial flowers,

They are life, they are enchantment,

They are the light that illuminates the terrestrials

They are the peace, they are the joy,

They are the world that nobody stole,

They are the soul of a King,

Whom all human beings love.


LOOK WITHIN YOUR HEART

A good heart did a good deed

A good heart helped a friend in ne

A good heart wrote a beautiful song

A good heart smiled all day long

Was that good heart, yours?

A good heart reached out to help

A good heart walked the beach with the children

A good heart shared the pain

A good heart was never selfish

Was that good heart, yours?

A good heart worked hard through the years

A good heart was once young and happy

A good heart strived all his life

A good heart protected the less fortunate

Was that good heart, yours?



QUEM NÃO DEIXAR CRESCER AS CRIANÇAS, SERÁ SEMPRE PEQUENO.
WHO DOES NOT LET THE CHILDREN GROW, WILL ALWAYS BE SMALL.

QUIEN NO DEJA CRECER A LOS NIÑOS, SERÁ SIEMPRE PEQUEÑO.

QUI NE PAS LAISSER GRANDIR LES ENFANTS, SERA TOUJOURS PETIT.

ΑΥΤΟΣ ΠΟΥ ΔΕΝ ΑΦΗΝΕΙ ΤΑ ΠΑΙΔΙΑ ΝΑ ΜΕΓΑΛΩΣΟΥΝ, ΘΑ ΕΙΝΑΙ ΓΙΑ ΠΑΝΤΑ ΜΙΚΡΟΣ



SÓ TU!
Só tu morte, só tu. Só tu nos fazes pensar, refectir, chorar, perdoar e amar. Pensar em tudo que poderíamos ser, mas não somos. Reflectir no que somos, mas tentamos esconder. Chorar por aqueles que nos deixaram e jamais voltamos a ver. Perdoar a quem jamais demos o nosso perdão. Amar sem sentir que esse amor alguma vez existiu. Só tu morte, só tu!

EM HONRA A TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO, ME DESPEÇO DE TODOS OS BLOGUES E, DE TODOS OS AMIGOS, QUE FORAM TODOS, SEM EXCEPÇÃO, AO LONGO DESTES ÚLTIMOS 16 MESES.

ATÉ SEMPRE A TODOS. VÃO COMIGO NO MEU CORAÇÃO.

THE END

O FIM

David Santos










publicada por david santos às 373 Comentários Hiperligações para esta mensagem
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Postal (7)

Lisboa

68.12.31

MEB

"flores: cravos"

Querida Mãe


Tem estado um frio cortante; nem posso pensar como estará em Évora. Recebi todas as encomendas, que agradeço. Lerei o livro com mais vagar. Depois darei a minha opinião. Um abraço ao Zé pelo bom êxito neste fim de período. Um abraço ao Pai. E outro para ti, com votos sinceros de que a Primavera esteja sempre contigo. Que nunca chegue ao Inverno. Sigo amanhã - 1.JAN - para Évora. Saudades a todos VM

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Postal (6)

* Victor Nogueira
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Évora

71.01.02/03

NSF

Porto, estátua de Vímara Peres e Sé

Cheguei há pouco, vindo de Lisboa. É bom encontrar de novo as paredes e as caras familiares, até que o aborrecimento de Évora nos faça esquecê-lo. Dizem que está frio; não o tenho sentido, e a brisa da noite que entra pela janela escancarada é repousante e refrescante. Vou pôr este no marco [do correio] para apanhar a tiragem da uma da madrugada, e comer qualquer coisa, pois não tive tempo de jantar em Lisboa. Em cima da mesa estava um bilhete da Mãe, já do ano passado. Creio ter recebido todas as cartas. Além das "broas" e da massa de Dezembro. Em Lisboa e no Porto todos ficaram bem. Saudades do VM

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Informação alternativa


* Victor Nogueira
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O conhecimento da realidade e a compreensão do que sucede na política, na economia, à nossa volta, são uma arma importante para a formação da consciência individual e social de cada um e na sociedade. É conhecida e frase “a história é feita pelos vencedores” e dela frequentemente não consta o ponto de vista dos vencidos. Também ao longo dos séculos a «consciência» ou conhecimento da humanidade tem sido feita através dos senhores do poder, isto é, das terras ou do dinheiro. Conservam-se e resistem ao tempo palácios, igrejas, conventos, castelos e documentos escritos. Mas do povo, das suas casas ou tugúrios, nada persiste e da sua histótia igualmente, neste caso porque durante muito tempo a transmissão do saber e do passado eram orais. Durante muitos séculos a escrita era um privilégio de poucos, que transmitiam o conhecimento à enorme massa de iletrados do modo que convinha a quem sabia ler ou tivesse quem registasse os factos e os acontecimentos ou a pretensão da sua explicação. Neste campo. em todas as civilizações, tiveram os «feiticeiros», os sacerdotes e a religião um papel importante.
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É muitas vezes e apenas através do «olhar» e do interesse dos privilegiados que se tem uma pálida ideia do modo de vida, do pensamento, das misérias e da opressão do povo e das classes dominadas e, sobretudo, das suas causas.
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Apesar da diminuição do analfabetismo e de haver outros meios de comunicação como a rádio, a televisão, o cinema ou a internet, a verdade é que a utilização destes instrumentos não está à mão de qualquer um, mas de quem tem dinheiro que os utiliza de modo a transmitir aquilo que não ponha em causa o seu poder e domínio, através das mentiras, das meias verdades ou mesmo da censura, consciente ou não.
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Os grandes problemas da humanidade, as lutas por melhores condições de vida e de trabalho, a exploração de biliões de seres humanos não constituem a matéria-prima dos grandes órgãos de comunicação de massas, quaisquer que sejam.
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Neste artigo iremos abordar a questão da imprensa escrita alternativa, considerando esta aquela que dá relevo às lutas dos povos e dos trabalhadores, aos problemas reais da humanidade e à possibilidade de, em conjunto, a Humanidade construir um Mundo Novo.
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Entre a imprensa sindical realçamos o STAL e o seu Jornal (www.stal.pt/jornal/index.asp) e a Federação dos Sindicatos da Função Pública (www.fnsfp.pt/), com uma Revista própria. Embora sem publicação on-line própria, é de citar a CGTP (http://www.cgtp.pt/index.php).
Da imprensa política destacam-se o Avante (http://www.pcp.pt/), o Vermelho (www.vermelho.org.br) e o Esquerda.net (www.esquerda.net).
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Uma visão dos problemas à escala mundial encontra-se no Le Monde Diplomatique, nas suas versões de Portugal (pt.mondediplo.com) ou do Brasil (diplo.uol.com.br), no Indymedia (pt.indymedia.org), no http://www.odiario.info/, no http://www.infoalternativa.org,/ no http://www.consciencia.net/ ou no resistir.info. Nestes «jornais» on line encontramos ampla informação para além de estudos e artigos de opinião relativos a todo o mundo.
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Merecem também referência outros sítios como www.imediata.com/lancededados, com ligações a órgãos de informação alternativa em todo o mundo, América Latina em Movimento (alainet.org). Todos estes órgãos de informação alternativa estão organizados por temas ou assuntos, o que torna mais fácil a sua consulta. Entre os blogs pode referir-se estoutrasnotaspoliticas.blogspot.com. Sobre questões ambientais refere-se a Greenpeace (www.greenpeace.org/brasil) Em http://www.deco.proteste.pt/ encontram on line os artigos e estudos das suas revistas em papel.
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2008.01.14

domingo, 13 de janeiro de 2008

Em conversa com ... (7) TODO O MUNDO E NINGUÉM



* Victor Nogueira
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A foto sou eu, o vazio, sem vontade para fazer o que quer que seja, a solidão, o deserto, o passar o dia a dormir para por nada dar, apesar do sorriso e da piada e do humor para disfarçar.
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As obras continuam por fazer, o meu «amigo» advogado, a quem não pedi qualquer favor e disse que estava ali como cliente, deixou passar os prazos apesar de em tempo avisado por mim; a minha casa desde há dois anos transformada em armazém com a seguradora e o empreiteiro irresponsáveis e aldrabões a rirem-se e parte do recheio armazenado noutro local.
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Cada um para seu lado no seu buraco ou altar, uma gripe que se avizinha, um dia triste, nublado, cinzento ou chuvoso mas seria o mesmo se estivesse um sol de inverno radioso. O artigo continua por terminar tal como a contabilidade do condomínio de que sou administrador vitalício, os blogs deixaram de ter sentido, o avio por fazer e as refeições improvisadas.
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A boa educação diz que este que se segue deveria ter sido o 1º parágrafo. Como vais? Há tanto tempo que deixaste de ser a visita diária. Resta apenas e por enquanto a Maria Simplesmente. e ao fim de semana a Faia Maria. Afinal a ausência dos comentadores nada tinha a ver com as festividades ou com o final do período lectivo. Afinal basta correr os blogs de outrem para encontrar os «ausentes». Antes a solidão das salas de conversação, onde há sempre alguém para conversar, a qualquer hora do dia ou da noite, onde também se encontram pessoas interesantes, embora com o correr do tempo fique apenas uma solidão maior e pó a esfarelar-se por entre os dedos e mais um peso na solidão e na memória
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O som do telefone está agora propositadamente desligado e as plantas já devem ter morrido todas. Não recebo nem faço visitas, reais, físicas.
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É tudo, Um minúsculo asteróide no vazio do ciber-espaço.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Postal (5)

* Victor Nogueira
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Avião [viagem Lisboa - Luanda]

70.08.05

MLF

Boeing 707 (TAP)

O avião saiu com meia hora de atraso - felizmente não fui o único que ás 14:15 ainda não passara o controle, não sei porquê - não é habitual, mas os balcões de embarque primavam pela confusão diabólica. Fizemos escala em Las Palmas. Há pouco sobrvoámos uma ilha cujo nome desconheço. O avião não vai cheio. Surgiu agora outra ilha. Lá está o aeroporto. A ilha tem algumas povoações pequenas. Terminou o postal.

Abraços do VM

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ao (es)correr da pena e do olhar (35)

* Victor Nogueira
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Não estava propriamente á espera de receber uma quilométrica carta tua, duma profundidade envolvente. Não, nada disso, que as férias fizeram se para descansar, com a leveza duma folha levada pela brisa! Mas ... ao menos a ligeireza dum olá na brevidade dum postalito! Enfim ...
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Não sei se terás regressado de Espanha e se andarás já em mudanças e decorações. Quanto a mim, acabei por não sair de Setúbal, salvo uma ida de Alcácer a Santiago de Cacém. As criancinhas não quiseram sair comigo, não aceitei dois convites e fiquei me por esta santa terrinha ás voltas com o computador, registando matéria prima para desenvolver em três livros: um de viagens e de estadias (subdivido em África e Portugal), outro de retratos e um terceiro de criticas cinematográficas, audições musicais e referencias bibliográficas. Desta vez deixei me de poesias e lancei me á prosa, através de re-leitura das cartas que escrevi com regularidade em 1975 e de 1968 a 1971 e quase diariamente entre 1973 e 1974. Aliás este espólio epistolar já deu origem a dois outros livros: Os dias da Revolução e Ao (es)correr da Pena. Material que não jaz, inédito, no fundo duma qualquer gaveta, mas sim, devido ás novas tecnologias, repousa nos "clusters" do disco rígido do computador e das disquetes de segurança.
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Farto de doze horas diárias madrugada dentro tique-taquendo o teclado, acabei por decidir passar a última semana de férias em Évora que foi para mim burgomedieval perdido na planície alentejana, base para incursões pelas terras circunvizinhas. Mas o homem dispõe e as alergias e constipações indispõem. Pelo que tive de passar a última semana em casa, de novo em cerrado tique-taque para afastar o tédio, cheio de pingadeira e com uma farmácia ambulante após uma consulta de 6 mil palhaços e o dobro em remédios.
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Pois é, o Rui não quis ir comigo para Lisboa, com cenas lancinantes pelo meio: que não conhecia lá ninguém, que em casa dos tios não tinha nada que fazer salvo ver televisão ou jogar no computador, que os amigos estão em Setúbal que queria ir á praia e passear com eles, que tinha de ir visitar a avó (materna) no Faralhão ! .... Lá se acordou que ficaria dois dias em Setúbal, com a irmã aqui em casa, iria dois dias para casa da avó e depois iria ter comigo a Lisboa. Mas entretanto desisti da minha ida a Lisboa. Sabes o que ele tem feito: passa o dia a ver televisão (não perde nada de desporto, ouve a mesma notícia nos vários canais e lê com maior desenvolvimento no RECORD, quando não está a jogar computador. Praia e casa da avó, nada! Amigos: jogavam á bola ao fim do dia ali no Parque da Lanchoa, mas entretanto zangou se com o grande, "velho" e vizinho Bruno. (ao fim de 16 anos descobriram que os feitios chocam se e a "separação" já tem dias).
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Bem, por aqui me fico.

(MCF) Setúbal, 1996 . SET . 07

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Notícia ...


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Autor não identificado

Postal (4)

Póvoa de Varzim

70.12.25

NSF

Lisboa, Castelo de S.Jorge

Enquanto que o avô Barroso e o tio aguardam que a Maria Luísa saia da missa, eu vim até ao café para aquecer um pouco. Está muito frio! Encontrei todos bem, dentro da relatividade do costume. Almocei e jantarei na Rua dos Bragas. Lá para o meio da próxima semana regressarei a Évora, c/ uma breve estadia em Lisboa. Talvez vá a Aveiro com o avô Luís, na próxima 2ª feira. Se tivesse trazido papel escrever-vos ia mais longamente. Um postal, por várias razões, não o permite.

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Estou na casa do Mindelo, que me agradou. Está mobilada com bom gosto. Como vai isso por aí? Gostei da última carta da Mãe e fiquei contente pela sua alegria. O ar do café está turvo, mas o frio foi se. O pior será o ar gélido daqui a pouco. Espera se uma reforma do ensino em Portugal. Dentro de dias será tornada pública. Aguardo a com interesse. Saudades do VM

sábado, 5 de janeiro de 2008

Postal (3)

Badajoz

Tal como em Badajoz [em Setúbal] existem ruas onde só passam pessoas, cheias de lojas. (MCG - 1972.12.29)

Lembro-me, sim, que em Badajoz, no tempo da outra senhora. fiquei retido na fronteira, como refém, às ordens da PIDE com outros colegas, por causa do contrabando (de bebidas, roupas e chocolates), enquanto o prevaricador mor ia a casa (em Évora) buscar dinheiro para pagar a pesada multa. (MBC - 1990.09.19)

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Atrasámo-nos nas compras e nas voltas e quando chegámos à fronteira estava já fechada, pelo que tivemos de dormir nos carros. Naquele onde eu ia, um Wolkswagen, o condutor guardou o contrabando todo debaixo do banco traseiro. No dia seguinte lá fomos com ar inocente ao ritual da alfândega, um com uma garrafa de bebida, outro com um pacotinho de caramelos ... Vai daí o guarda perguntou-nos se nada mais tinhamos a declarar e, perante a nossa negativa, dirigiu-se ao Wolkswagen, levantando sem mais delongas o banco traseiro, cheio de garrafas de bebidas alcoólicas. E assim ficámos como reféns, à guarda da PIDE, até ao regresso do dono do carro e das bebidas, que teve de ir a Évora buscar o money.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Postal (2)

Badajoz

70.03.06

NSF

Badajoz, Rio Guadiana e vista parcial

Dei hoje uma saltada a Badajoz. É uma cidade muito movimentada e com muitas e belas garotas. Que diferença de Évoraburgomedieval! Andei por aí, com uns colegas meus. Daqui a pouco vamos jantar. Temos de atravessar de novo a fronteira até às 24 horas. 3ª feira passada, com um colega meu, andei a proceder a um inquérito sobre a Distribuição e Serviços, como inquiridor do INE. Tem sido uma semana em cheio. Tenciono passar as férias da Páscoa no Porto. Recebi a úl[tima tr]ansferência. Para todos um [...] e amigo abraço do VM

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Caminheiro caminhando se faz o caminho



* Victor Nogueira
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CAMINHANTE CAMINHANDO SE FAZ O CAMINHO (1)

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Em que lugar e tempo sossegarei
A que porto chegarei
Em que ombro descansarei
Este imaginar sonhando
Este buscar sem fim buscando
Este querer não querendo

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Este estar não estando
Este chegar partindo
O caminho que seguirei !?


1986.Maio.03

Setúbal

Caminhante caminhando se faz o caminho (2)

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Este imaginar sonhando
Este buscar sem fim buscando
Este querer não querendo
Este estar não estando
Este chegar partindo
O caminho que seguirei!

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Em que lugar e tempo sossegarei?
A que porto chegarei?
Em que ombro descansarei?

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CAMINHANTE CAMINHANDO SE FAZ O CAMINHO (3)

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d’Este imaginar sonhando
d’Este buscar sem fim buscando
d’Este querer não querendo
d’Este estar não estando
d’Este chegar partindo
d’O caminho que seguirei!

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Em que lugar e tempo sossegarei?
A que porto chegarei?
Em que ombro descansarei?

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1988.Julho.24

Setúbal

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CAMINHANDO INTERRoGATIVAMENTE

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Caminhando o caminho, bem ou mal,
Partindo a derrota que seguirei,
Em busca daquilo que serei
Usando faladura em areal.

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É razão instinto de animal?
Acordado pe(r)di o que sonhei?
Como águia ou pardal não voei
Atolado em verde lamaçal?

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Como posso dormir ficando desperto?
Onde vivem o amor e o ódio?
Como fazer a paz estando em fera guerra?

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Como afastar do mundo o mar, deserto,
Afastando a dormideira do ópio?
Caminho em busca do sol na terra!

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imagem das pegadas retirada daqui

durangomes.spaces.live