segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Informação alternativa


* Victor Nogueira
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O conhecimento da realidade e a compreensão do que sucede na política, na economia, à nossa volta, são uma arma importante para a formação da consciência individual e social de cada um e na sociedade. É conhecida e frase “a história é feita pelos vencedores” e dela frequentemente não consta o ponto de vista dos vencidos. Também ao longo dos séculos a «consciência» ou conhecimento da humanidade tem sido feita através dos senhores do poder, isto é, das terras ou do dinheiro. Conservam-se e resistem ao tempo palácios, igrejas, conventos, castelos e documentos escritos. Mas do povo, das suas casas ou tugúrios, nada persiste e da sua histótia igualmente, neste caso porque durante muito tempo a transmissão do saber e do passado eram orais. Durante muitos séculos a escrita era um privilégio de poucos, que transmitiam o conhecimento à enorme massa de iletrados do modo que convinha a quem sabia ler ou tivesse quem registasse os factos e os acontecimentos ou a pretensão da sua explicação. Neste campo. em todas as civilizações, tiveram os «feiticeiros», os sacerdotes e a religião um papel importante.
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É muitas vezes e apenas através do «olhar» e do interesse dos privilegiados que se tem uma pálida ideia do modo de vida, do pensamento, das misérias e da opressão do povo e das classes dominadas e, sobretudo, das suas causas.
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Apesar da diminuição do analfabetismo e de haver outros meios de comunicação como a rádio, a televisão, o cinema ou a internet, a verdade é que a utilização destes instrumentos não está à mão de qualquer um, mas de quem tem dinheiro que os utiliza de modo a transmitir aquilo que não ponha em causa o seu poder e domínio, através das mentiras, das meias verdades ou mesmo da censura, consciente ou não.
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Os grandes problemas da humanidade, as lutas por melhores condições de vida e de trabalho, a exploração de biliões de seres humanos não constituem a matéria-prima dos grandes órgãos de comunicação de massas, quaisquer que sejam.
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Neste artigo iremos abordar a questão da imprensa escrita alternativa, considerando esta aquela que dá relevo às lutas dos povos e dos trabalhadores, aos problemas reais da humanidade e à possibilidade de, em conjunto, a Humanidade construir um Mundo Novo.
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Entre a imprensa sindical realçamos o STAL e o seu Jornal (www.stal.pt/jornal/index.asp) e a Federação dos Sindicatos da Função Pública (www.fnsfp.pt/), com uma Revista própria. Embora sem publicação on-line própria, é de citar a CGTP (http://www.cgtp.pt/index.php).
Da imprensa política destacam-se o Avante (http://www.pcp.pt/), o Vermelho (www.vermelho.org.br) e o Esquerda.net (www.esquerda.net).
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Uma visão dos problemas à escala mundial encontra-se no Le Monde Diplomatique, nas suas versões de Portugal (pt.mondediplo.com) ou do Brasil (diplo.uol.com.br), no Indymedia (pt.indymedia.org), no http://www.odiario.info/, no http://www.infoalternativa.org,/ no http://www.consciencia.net/ ou no resistir.info. Nestes «jornais» on line encontramos ampla informação para além de estudos e artigos de opinião relativos a todo o mundo.
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Merecem também referência outros sítios como www.imediata.com/lancededados, com ligações a órgãos de informação alternativa em todo o mundo, América Latina em Movimento (alainet.org). Todos estes órgãos de informação alternativa estão organizados por temas ou assuntos, o que torna mais fácil a sua consulta. Entre os blogs pode referir-se estoutrasnotaspoliticas.blogspot.com. Sobre questões ambientais refere-se a Greenpeace (www.greenpeace.org/brasil) Em http://www.deco.proteste.pt/ encontram on line os artigos e estudos das suas revistas em papel.
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2008.01.14

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