segunda-feira, 30 de março de 2020

bem-aventurados os pobres, em mansidão


* Victor Nogueira

bem-aventurados os pobres, em mansidão, porque deles será o reino dos céus, sentados à direita de Deus_Pai Todo Poderoso, depois do Inferno na Terra, que os redime das luxurias dos ricos, os tais que descerão às profundas dos infernos sem passarem pelo buraco da agulha depois de terem gozado com maior ou menor soberba o paraíso na terra.

em tempo - depois de séculos a ameaçarem os pecadores e os ricos (m/f) com o fogo do inferno, João Paulo II afirmou que o inferno não existe. E esta, hein !? Ah! Mas logo o seu sucessor, Bento XVI, afirmou que o inferno é um local físico que existe e não está vazio, ao contrário do que seu antecessor, João Paulo II, dizia. "O inferno, de que se fala pouco neste tempo, existe e é eterno", já havia afirmado o pontíficie.. Sendo assim .. a infalibilidade papal, que é feito dela ?

domingo, 29 de março de 2020

HISTÓRIAS DO LOBO MAU E DA CAROCHINHA


* Victor Nogueira

HISTÓRIAS DO LOBO MAU E DA CAROCHINHA OU HISTÓRIAS DOS VAMPIROS E DA FORMIGA CONTRA O CARREIRO  ?
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A meu ver houve uma jogada entre o então Presidente da República Jorge Sampaio (militante do PS) e Durão Barroso (militante do PSD) para lançarem Santana Portas (PSD/CDS) à fogueira e permitirem a entrada fulgurante do PS/Sócrates. Sócrates não destoou dos anteriores Primeiros-Ministros do PS-PSD: “gamados” os votos, marimbou-se para as promessas.

 .Esses eram tempos em que cavaco e Sócrates - um no ps outro no psd - davam cartas ao asfalto, ao betão e às PPP's, ungdos pelo espírito santo da banca  rendeirada.
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 Até que chegou a altura em que os Patrões decidiram arranjar outro “moço” e a escolha recaiu sobre Passes do PSD, acolitado pelo Portas sempre-em-pé. Paulo e Pedro zurziram em Sócrates e prometeram o paraíso na terra. Embalado pelo canto do vigário, o eleitorado pôs no poleiro os novos “moços”, que logo mandaram às urtigas os votos empalmados.
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Mas como isto é uma roda sempre a girar, é preciso uma vez mais que alguma coisa mude para que tudo continue na mesma. Porque, ao contrário do que parece, isto é um jogo em que nos bastidores, a comandar o baile mandado, estão seguros sócretinos que não brincam em serviço. 
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 O que distingue os moços de serviço a quem está nos bastidores a comandar o baile ? Apresentam-se todos como os coitadinhos: santana vítima da maldade de sampaio e da comunicação social, Sócrates e os seu seguidores vítimas do chumbo do PEC IV, depois do psd ter aprovado os pec’s I-II-III, sempre com o voto contra do pcp.
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Agora a farsa prossegue – Passes de Coelho/Portas governam contra o programa eleitoral e violam grosseiramente a Constituição da Repúblico. Tadinhos, vítimas do lobo mau que mora no tribunal constitucional.
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E vai daí a vítima regressa ao local do crime, para se justificar. E vai ter tempo de antena. E parte do eleitorado e das audiências rende-se ao coitadinho que alternadamente passa de bestial a besta e de besta a bestial. O coitadinho queixa-se de cavaco mas não fala em sampaio. A vítima acusa cavaco de deslealdade e é desleal para com o seu camarada tózé que o derrotou em eleições internas, depois do zé ter sido corrido nas urnas.
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Há alguma coisa que distinga os sucessivos moços do ps-psd ? Eles assinaram os tratados de Maastricht e de Lisboa, que estão na génese da situação actual. Foi o Governo de sócrates que assinou o memorando com a troika, facilitando a vida ao psd. Seguro queixa-se que passes portas não o ouviram no cozinhado das tramóias tal como o psd se queixava de que não era ouvido por sócrates.
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 Tirando a vestimenta e a música, que distingue o ps-psd-cds uns dos outros ? 
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 O que os distingue é terem estado sempre de acordo para desmantelarem os sectores estratégicos da economia através da privatização do sector empresarial do estado e da banca , sempre de acordo para atacarem o serviço nacional de saúde, a escola pública e a segurança social sempre de acordo para transformarem direitos em assistencialismo caritativo, para diminuírem as garantias dos trabalhadores através da revisão das leis do trabalho, no sentido da “flexibilização”, isto é, da diminuição dos salários e das indemnizações por despedimento, da introdução de bancos de horas, da desarticulação dos horários de trabalho, sempre de acordo no aumento dos preços dos bens essenciais ou de 1ª necessidade, sempre de acordo no aumento de impostos para quem trabalha ou está aposentado. 
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 O que os distingue é estarem de acordo para que os seus patrões tenham sempre lucros crescentes, sempre crescentes. Quem são pois os beneficiários ? Os donos dos grandes grupos económico-financeiros, seja ou não através das PPP’s criadas por um governo cavaco-psd e aproveitadas pelos governos do ps e do psd que se lhe seguiram até ao de passes portas que as mantém, pois não foram eleitos senão para isso. 
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 É seguro melhor que Sócrates ? Seguro que com a sua abstenção tem viabilizado todas as malfeitorias de pedro e paulo ? Seguro que se absteve em todas as moções de censura contra paulo e portas apresentadas pelo pcp e pelo be? Seguro que apresenta agora uma moção de censura mas garante que não porá em causa o memorando assinado pelo ps caso o ps forme governo ?
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Coitadinhos dos que têm pena dos sócretinos. Coitadinhos dos inocentes que “querem” continuar a acreditar e a serem embalados e empalmados com sócretinas histórias da carochinha e do tio patinhas. Seguro, seguro, é que com passes de coelho por lebre continuarão a ser comidos pelo lobo mau e pela alcateia ! Até aos ossos !
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Deixo-vos a música de José Afonso, para escolha de quem me lê, sejam os vampiros,
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 seja a formiga no carreiro


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https://www.facebook.com/notes/victor-nogueira/pec-iv-toda-a-verdade-pec-iv/10151372553169436

sábado, 28 de março de 2020

O bloco central em marcha?


A DIREITA TEM O 25 DE ABRIL ATRAVESSADO NA GARGANTA.

* Victor Nogueira

A DIREITA TEM O 25 DE ABRIL ATRAVESSADO NA GARGANTA.

PARA ELA COMEMORAÇÕES e festividades em barda SÓ AS DO 28 DE MAIO DE 1926? 

SENDO O GOVERNO POLITICAMENTE RESPONSÁVEL PERANTE A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, A QUEM TEM DE PRESTAR CONTAS, E NÃO AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DEPENDENDO A DECLARAÇÃO DO ESTADO DE SÍTIO OU DE EMERGÊNCIA E SEUS PROLONGAMENTOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, QUE PRETENDEM OS ESTAROLAS DA DIREITA, DO CHEGA AO PAN? "distanciamento social", dizem eles.

MARCELO JÁ CONSEGUIU O QUE CAVACO E PEDRO & PAULO  DO PPD/CDS NÃO SE ATREVERAM:  SUSPENDER PARCIALMENTE A CONSTITUIÇÃO E DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS NELA CONSIGNADOS. COM OS VOTOS DE TODA A DIREITA (EXCEPTO A IL) A QUE SE JUNTARAM O PS E O BLOCO. ISTO É, COM O ESTADO DE EMERGÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA E A DIREITA CONSEGUIRAM SUSPENDER A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA À BOLEIA DUMA PANDEMIA E DA IRRACIONALIDADE E ANGÚSTIAS MASSIVAMENTE FOMENTADAS, DISTRIBUÍDAS AO DOMICILIO.

«Covid-19. Esquerda quer manter festejo do 25 de Abril (em versão reduzida), CDS e PAN são contra (...) CDS, Chega, IL e PAN criticam proposta de Ferro Rodrigues para comemorar data no Parlamento, ainda que em moldes mais modestos. 

Deputados devem dar exemplo e cumprir distanciamento social, defendem. (...) No Chega, André Ventura diz que manter a comemoração habitual seria absurdo: “Não há motivos para festejar. É inqualificável estar-se a pedir às pessoas para ficarem em casa e respeitarem as regras e não dar o exemplo”.

(...) ESQUERDA QUER FESTA MINIMALISTA

À esquerda, a ideia é bem recebida. São estes os partidos que têm, aliás, mostrado concordância com Ferro nas conferências de líderes em que o presidente da AR tem defendido que se mantenha a atividade do Parlamento, ainda que muito reduzida, em vez de, como a direita defende, passar a funcionar apenas através da Comissão Permanente. 

A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, é “a favor da comemoração” na Assembleia, “embora numa cerimónia em formato mais reduzido, cumprindo todas as recomendações da DGS”, confirma ao Expresso fonte oficial do partido.

(...) O PCP tem, aliás, sido o partido que mais reservas mostra quanto à declaração do estado de emergência, dizendo temer que essa exceção, leve a abusos sobretudo quanto às liberdades e garantias das pessoas - um perigo que o Governo já veio assegurar não estar em cima da mesa.

No Bloco de Esquerda, resposta semelhante: “O Estado de Emergência não suspende a democracia, razão pela qual a AR se mantém em funcionamento”, recorda o partido, em resposta ao Expresso. “Tomando em consideração as recomendações das autoridades da saúde”, os bloquistas consideram que o Parlamento “não deve deixar de assinalar o 25 de Abril”.»

sexta-feira, 27 de março de 2020

* Victor Nogueira

HÁ "SÉCULOS" QUE O PCP E NÃO SÓ DENUNCIAM O CARACTER PREDATÓRIO DA "UNIÃO EUROPEIA" DO GRANDE CAPITAL. SEM QUE O PS E OS CIDADÃOS RASGUEM OS TRATADOS QUE CONTRA SI, CONTRA QUEM TRABALHA E PRODUZ, OS GOVERNOS RECUSAM RATIFICAR E ASSINARAM .

BOM SERIA QUE COSTA EM VEZ DE SENTIR REPUGNÂNCIA, DESSE PASSOS EFECTIVOS PARA QUE FOSSEM RASGADOS EM FAVOR DA "UNIÃO EUROPEIA DOS TRABALHADORES".

O RESTO SÃO PIAS INTENÇÕES SERVIDAS COM MUITAS PAPAS E BOLOS!


SERÁ ALTURA DE PERGUNTAR AOS POVOS, SEM ARTES & MANHAS, SE QUEREM ESTA "UNIÃO EUROPEIA DO CAPITAL" OU PREFEREM CONSTRUIR UMA "UNIÃO EUROPEIA DOS TRABALHADORES E DOS POVOS"?

«PRIMEIRO-MINISTRO
Costa considera discurso de ministro holandês “repugnante” e anti-União Europeia
No final do Conselho Europeu, primeiro-ministro disse que “foi um acordo possível mas manifestamente insuficiente” e considerou que pedido do ministro das Finanças holandês a pedir que Espanha seja investigada é contrário ao espírito europeu.»

quinta-feira, 26 de março de 2020

EUA - ordem para matar

* Victor Nogueira


Hospitais privados oedem "pagamento imediato" de dívidas

* Victor Nogueira

AS "PRIVADAS" "VENDEM" O TESTE DE COVID-19 A PREÇOS QUE VARIAM ENTRE OS 100 E OS 150 €.
ORA NOS 100 € (E AINDA MAIS NOS 150 €) ESTÃO INCLUIDOS OS PREÇOS DO PRODUTO, DOS INSTRUMENTOS (PREVISIVELMENTE DESCARTÁVEIS), DOS ORDENADOS E AS AMORTIZAÇÕES DE MATERIAL E EQUIPAMENTO. MAS OS 100 € INCLUEM TAMBÉM OS LUCROS DOS PATRÕES DESSAS PRIVADAS, UPA UPA PARA OS VENDIDOS A 150 €.
SENDO ASSIM E CONSIDERANDO TAMBÉM A ESPECULAÇÃO DE ARMAZENISTAS E RETALHISTAS EM TORNO DA COMERCIALIZAÇÃO DE GEL, ALCOOL ETÍLICO, MÁSCARAS, LUVAS E O MAIS QUE VIER À REDE, PERGUNTO:
PARA QUE RAIO SERVE A SAÚDE DAS "PRIVADAS" QUE NÃO DÃO PONTO SEM NÓ E PARA QUEM IT'S A££ BU$IN€$$, MON€Y, MON€Y MON€Y?
AINDA SE LEMBRAM DA "GUERRA" E DAS AMEAÇAS EM TORNO DAS SOBRE FACTURAÇÕES À ADSE (E PREVISIVELMENTE A OUTROS SUBSISTEMAS DE SAÚDE)? COMO FICOU ESSA GUERRA, DE QUE NUNCA MAIS SE FALOU?
AINDA SE LEMBRAM OU REPARARAM QUE OS HOSPITAIS DAS "PRIVADAS" SE DISPONIBILIZARAM PARA RECEBEREM DOENTES MAS QUE FOSSEM PAGOS PELO ESTADO, COM OS NOSSOS IMPOSTOS, E NÃO PELOS SEGUROS DE SAÚDE?


quarta-feira, 25 de março de 2020

A guetização e atomização

* Victor Nogueira

UM COMPLETO DESNORTE E A GUETIZAÇÃO DO MUNDO E ATOMIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS.
UM REGRESSO À IDADE MÉDIA, ÁS LEPROSARIAS E AOS GUETOS NAZIS E CAMPOS CONCENTRACIONÁRIOS?
OS JUDEUS, EQUIPARADOS A RATOS, ERAM PERSEGUIDOS PORQUE SUPOSTAMENTE ERAM TRANSMISSORES DA PESTE. E AGORA SÃO TODAS AS PESSOAS, POR SUPOSTA TRANSMISSÃO DO COVID-19,
UM ESTADO DE COMPLETA PARANÓIA VARRE O MUNDO, ?

segunda-feira, 23 de março de 2020

O ENSAIO DA ORQUESTRA

 * Victor Nogueira 

Há vários tipos de guerra, com armas "materiais" cada vez mais mortíferas e catastróficas, desde a pedra até à bombas nuclear ou biológicas, guerra que até há pouco era normalmente precedida duma "declaração" formal.

Mas há outros tipos de guerras, designadamente psicológicas, quer para "conquistar corações", quer para semear o terror, quer com matérias explosivos, quer por manipulação da consciência dos terráqueos.

Os motivos essenciais para o estado de guerra, larvar ou declarado, são económicos: apropriação e controle das fontes de matérias primas ou de circuitos de troca, aquilo que se designa como mercados.

Os mercados nas sociedades primitivas ou da Idade Média europeia, p. ex., são diferentes dos mercados capitalistas, cujo objectivo primordial é inventarem necessidades, criando produtos e bens, muitas vezes desnecessários, cada vez mais perecíveis e descartáveis, tudo em busca duma mais-valia que crie lucros incessantemente crescentes.

Quando vem o bláblá “guerreiro” de governos e meios de comunicação social que mascaram a cupidez dum sistema socio-económico como o capitalista, predador e destrutivo, é caso para perguntar que guerra é esta em que a maioria é apenas carne para canhão, que aceita passivamente toda a tralha comunicacional nas mãos dos donos disto tudo e seus homens e mulheres de mão.

Invocar ou inventar um estado de guerra para destruir países e povos, como sucede no Médio Oriente, ou dominar mercados como aquele que existe entre os países capitalistas, manipulando as consciências através de manchetes, de noticiário "cirurgicamente" formatado e direccionado, numa campanha semeadora e amplificadora de medos e do terror psicológicos, suspender a democracia e as relações inter-pessoais como sucede presentemente com pretexto do covid-19, hoje, de outro amanhã, de um terceiro no ano seguinte, provocar o caos e a paralisação da economia lançando na miséria grupos sociais inteiros, que caminha para o matadouro com a inocência dos cordeiros, é algo tenebroso.

De repente dos noticiários desapareceram as alterações climáticas, os refugiados que buscam asilo na Europa, que morrem nas águas do Mediterrâneo, os milhares ou milhões de mortos por outras causas e doenças, pandemias ou epidemias no mundo. Olhando para a paróquia, Tancos, Operação Marquês e processos similares, incêndios de Pedrógão desapareceram da comunicação social dominante.

Dizem eles que persistem (ainda e por enquanto) os direitos de reunião dos órgãos dirigentes dos partidos políticos e das organizações dos trabalhadores, mas esvaziam os locais de trabalho. atomizam as pessoas, proíbem as manifestações e reuniões, proíbem a resistência, atemorizam com multas e encarceramento quem "resista" à Autoridade e às suas "legítimas" ordens, "prevaricadores" apontados a dedo, ("porrada sobre eles", ouve-se e lê-se), independentemente das razões que possam invocar.

Estamos em guerra, dizem e clamam os governos e amplificam os órgãos de comunicação social, Não há atentados bombistas, não há atiradores furtivos e emboscados, não há aviões ou drones bombardeando, mas de repente a maioria do pessoal aceita o seu aprisionamento e confinamento, assim como restrições aos seus direitos e garantias, incluindo os de resistência, de manifestação e de reunião.

Mas se a economia parar, se as pessoas não comprarem, se as empresas falirem, designadamente as uni-pessoais e as de pequena e média dimensão, com o cortejo de despedimentos e da perda de rendimentos, se diminuir a entrega de verbas à Segurança Social e ao Fisco, como poderão manter-se o Direito à Habitação, assim como o chamado "Estado Social", o Serviço Nacional de Saúde, geral e universal, a Escola Pública, os apoios sociais à habitação, na doença, no desemprego, na 3ª idade? Como poderão manter-se se num quadro de desemprego generalizado aumentando o trabalho sem direitos?

Para já criou-se um "grupo" social de gente à partida considerada senil, incapaz de auto-discernimento, carente de especial protecção, potenciadora da transmissão do covid-19 e de ocupar as camas e os cuidados de saúde em prejuízo dos que têm mais valia social. Inicialmente seriam os maiores de 65 anos, mas depois o limite passou para os 70 anos. Inicialmente poderiam apenas circular nas duas 1ªs horas do dia, restrição que acabou por ser afastada. Entre a 1ª e a 2ª versões, onde começa e acaba a mão do Presidente da República, inicialmente auto-confinado na sua casa de Cascais e depois trasladando-se para a sua residência oficial, o Palácio de Belém, agora em prudente e recatado silêncio? Presidente da República auto-resguardado, e mandando para a frente o Governo, diz Sua Excelência que é para não tirar protagonismo (e a ribalta) ao Governo?

Isto porque se preocupam com os velhos, a esmagadora maioria, que vivem sozinhos, muitas vezes desamparados, em casa ou "armazenados" ao monte em lares mais ou menos manhosos, à espera da morte?

Não, se esta sociedade, os governos e a maioria das pessoas não se preocupam com os velhos, porque carga de água haviam de mudar do dia para a noite?

É natural que morram pessoas, morrem todos os dias pelos mais variados motivos, no mundo inteiro, vítimas da fome, de pandemias, de doenças, que não têm meios para evitar ou curar, vítimas da guerra, da falta de água, da falta de cuidados básicos de saúde, sejam recém-nascidos, jovens adultos, velhos, homens, mulheres e crianças, ninguém fica cá para semente, Como se todos os dias não houvesse senão a morte, o terror, o aprisionamento.

De repente ocorre-me que por vezes ao chegar ao local de trabalho,encontrava o pessoal administrativo a comentar quem andava com quem, para além das mortes e divórcios da véspera, perguntando-lhes eu de seguida se na véspera não tinha havido festas, nascimentos e casamentos!

Deveríamos considerar que tudo isto é um "barro à parede", criando um grupo social de potenciais infecto-contagiosos, irresponsáveis, compulsivamente confinados à solidão ainda maior, à impossibilidade de cavaquearem ou jogarem à bisca ou ao xadrez no banco do jardim ou na taberna, "proibidos" de passearem pelos jardins, pelas ruas mesmo que não ponham em causa a saúde deles ou de outrem, ainda mais impossibilitados de receberem manifestações físicas de carinho e afecto, os poucos que ainda as recebem?

Confinadas a "consumirem" o que as redes sociais, a imprensa on-line e as televisões despejam nas casas das pessoas, mergulhadas na alienação das relações meramente virtuais, encasuladas em casa, vítimas crescentes do stress, da depressão, das frustrações, impossibilitadas de espairecerem ou de mudarem de ares para carregar as baterias, sujeitas aos nada inocentes massacres noticiosos, violentadas na sua condição humana, como reagirão as pessoas?

Em seguida, com o "triunfo" da barbárie e da desumanidade, logo chegarão outros grupos sujeitos a confinamento e perda de direitos. Tudo isto em nome duma crise que os donos disto tudo e o capitalismo, endemicamente criam e reproduzem, com resultados cada vez mais desastrosos.

Que Liberdade tem quem não tem dinheiro, quem não pode viajar ou deslocar-se porque não há meios de transporte acessíveis, quem não pode estar desempregado,com cada vez com menos ou nenhuns direitos, quem não pode comprar os produtos e géneros que abarrotam as prateleiras das lojas e dos supermercados? Quem não tem dinheiro para pagar seguros de saúde, por exemplo?

Que sociedade de mercado e de produção e de troca é esta em que se não houver dinheiro são negados e tripudiados os já considerados "subversivos" direitos humanos solenemente proclamados na sequência da derrota do nazi-fascismo?

SOBRE AS 4 GERAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS VER