terça-feira, 6 de maio de 2008

Massacres em Angola - 1961- pontos de vista

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Notas de Victor Nogueira ao texto Massacres em Angola - 1961- pontos de vista, da autoria do senhor Coronel de Infantaria reformado Valdemar Diniz Clemente, que com e devida vénia é reproduzido no D'Ali e D'Aqui

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O Editor publica o texto que refere no início deste post apenas como um testemunho descontextualizado, que respeita, mas reafirma que os massacres da UPA foram fomentados e financiados pelos Estados Unidos da América durante o mandato do Presidente John F. Kennedy num contexto de exploração de rivalidades tribais acicatadas e da «Guerra Fria»
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O editor relembra que foram os EUA e não a URSS que lançaram as duas bombas atómicas sobre o Japão, para experiências sobre as consequências sobre seres humanos e para amedrontar a URSS, feito que o General Mac Arthur tentou repetir durante a guerra da Coreia, na Presidência do anti-comunista Truman, mas que não repetirá no Vietname, onde, não obstante, a actuação dos EUA foi a de criminosos de guerra e contra a humanidade.
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Aliás toda a política externa dos EUA tem como base a
Doutrina Monroe e a Teoria do Dominó, da autoria de John Foster Dulles prosseguida ou implementada com maior ou menor empenho pelos sucessores do Presidente Eisenhower.
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O editor relembra que o actual Presidente dos Estados Unidos pretende repetir o mesmo e que os EUA se recusam a aceitar colocar-se sob a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, continuando a apontar armas contra a Rússia, apesar da queda do Muro de Berlim, da implosão e desagregação da URSS e do «fim» do comunismo e da sua conversão ao capitalismo.
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O editor reafirma que a colonização portuguesa não foi menos violenta e opressiva que a dos outros países, que a esmagadora maioria da população, negra, não gozava dos benefícios da pretensa superioridade da autodenominada civilização cristã ocidental, que não concorda com o terrorismo bárbaro da UPA nem com o terrorismo bárbaro da Força Aérea Portuguesa que tempos antes regara com napalm os camponeses e as suas aldeias, em greve contra a Cotonang.
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O editor, então adolescente, estava lá e assistiu ao horror da chegada dos brancos fugitivos a Luanda e dos massacres indiscriminados praticados pelos brancos e pela OPDCA sobre as populações negras dos musseques ou que descessem à cidade do asfalto.
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O editor compreende os massacres praticados pelas tropas expedicionárias portuguesas em reacção à barbárie da UPA instigada e financiada pelos EUA mas isso não serve de desculpabilização nem justifica branqueamentos da história.
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O editor esclarece que não põe em causa o heroísmo das tropas portuguesas nem o sofrimento dos colonos e das populações negras do mato ou da cidade do asfalto.
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O editor entende que o processo de descolonização deveria ter sido outro, mas responsabiliza em 1º lugar o regime de Salazar e Caetano e quem os suportava, e depois os oficiais do quadro permanente que prestaram juramento de fidelidade e defesa do regime fascista e colonialista, contra os «ventos» da história.
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O editor percebe as razões do senhor Coronel de Infantaria Reformado e não põe em causa uma brilhante e louvável caderneta militar.
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O editor regista as palavras do senhor oficial reformado sobre os «
deveres para com a Pátria, mormente, o do sacrifício da vida, inscritos no Código e no Juramento de Honra do cidadão militar»
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Só que os militares não são apolíticos, não são falhos de inteligência e gozam dos direitos de cidadania e dos deveres de respeito pela Carta das Nações Unidas (e resoluções desta), pela Declaração Universal dos Direitos do Homem e pelas Convenções Internacionais, como as de Genebra ou as que tipificam os Crimes de Guerra ou contra a Humanidade.
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A «Honra Militar» não é um albergue espanhol tal como a palavra Camarada. Infelizmente esta é com aparente indistinção utilizada pelos Militares de Carreira, pela «histórica» Mocidade Portuguesa do «Lá vamos cantando e rindo levados levados sim». pelos socialistas, pelo movimento operário e pelos comunistas.
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Quanto à honra militar, ela cobre tudo. Desde a sedição dos generais e tenentes que estiveram à frente do 28 de Maio, incluindo Gomes da Costa, Mendes Cabeçadas, Sinel de Cordes e Óscar Carmona, como aos oficiais que apoiaram uns Salazar ou Caetano (incluindo os coronéis do lápis azul ou a triste «Brigada do Reumático») e outros, insuspeitos de estarem a soldo de Moscovo, que tentaram apeá-lo muitos com o apoio dos EUA, como o Marechal Óscar Carmona, ou os Almirantes Mendes Cabeçadas e Quintão Meireles, ou os Generais Norton de Matos, Craveiro Lopes, Humberto Delgado e Botelho Moniz, ou que não foram «acéfalos», como os Generais Vassalo e Silva, António de Spínola, Costa Gomes e os «sediciosos» capitães de Abril.
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Em 1961, branco nascido em Angola estava em Luanda e como muitos outros interrogávamo-nos porque éramos obrigados a «estudar» a fundo e com pormenor o Puto e não as plantas, os animais, a história, a geografia ... duma terra longínqua em detrimento da realidade que nos cercava, Angola. Orgulhávamo-nos «infantilmente» de Luanda ser a 3ª cidade de Portugal, com os seus arranha-céus, amplos horizontes e avenidas largas.
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Vivi com angústia o desespero dos brancos durante o funeral dos «agentes da ordem» mortos nos ataques do 4 de Fevereiro e o medo dos sucessivos boatos após o 15 de Março de que os negros dos muceques iam descer à cidade do asfalto para massacrar os brancos ou envenenar os depósitos de água.
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Revoltei-me com as chacinas praticadas pela UPA desconhecendo durante anos os massacres da Baixa do Cassange.
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Vibrei com entusiasmo com a frase de Salazar «Para Angola em Força» e estava entre a numerosa multidão que aclamou com delírio a chegada das primeiras tropas portuguesas a Luanda.
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Vibrei com a tomada e «libertação» de Nambuangongo e doutras povoações. Acreditava na multiracialidade de Portugal, sobretudo em Angola, onde não havia o evidente «racismo» da África do Sul e dos ingleses.
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Não defendia então a independência de Angola nem questionava o regime de Salazar nem a sua figura, apresentado como o homem que salvara a Pátria dos descalabros da «anarqueirada» e «desordem» da I República.
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Por influência materna e paterna, ambos engenheiros técnicos, um civil e outra química, apesar de ou por ser contraditória, nunca acreditei na superioridade dos homens sobre as mulheres e nunca também acreditei na superioridade dos brancos nem na inferioridade dos negros, por estes apresentados como «matumbos» (ignorantes), «crianças grandes», «mentirosos compulsivos» ... Afinal eu convivia com eles e o meu pai não era nem nunca foi racista nem até então o ouvira alguma vez defender ou louvar o regime de Salazar, antes de algum lado me viera a convicção, talvez errada, de que em Angola quem vencera as eleições fora o General Humberto Delgado.
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Nunca ouvi ao meu pai uma palavra de justificação e compreensão pelos massacres indiscriminados perpetrados pelos brancos da OPDCA, em cujas missões e expedições me parece nunca participou ou pelos massacres dos militares portugueses. Proibiu-me terminantemente e sem justificações de me inscrever ou participar na OPDCA. Nunca lhe ouvi dizer que os brancos eram superiores aos negros ou defender a inferioridade destes. Nunca o ouvi tomar partido nem pela UPA nem pelo MPLA.
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Após a invasão de Goa, proibiu-me terminantemente de baptizar com o nome de Nehru o nosso cão, dizendo que esse não era nome para dar a um cão, sem mais explicações.
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Surpreendia-me no entanto que aceitasse com naturalidade e para mim contraditoriamente que o patrão branco desse duas chapadas ao criado negro ou que à mínima falta, mesmo sendo homem adulto, um criado negro fosse levado ao chefe do posto, o «Poeira», para levar humilhantes palmatoadas ou ser mesmo condenado (sem julgamento) a uns dias de trabalho forçado na estrada.
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Mas apesar dos meus 15 anos, com a minha inteligência, comecei a registar todas estas contradições. a tomar conhecimento das chacinas dos brancos sobre os negros dos musseques e dos soldados sobre os negros na sua caminhada heróica para Nambuangongo, e a questionar a hipocrisia e mentira do Portugal tolerante, humanista, não racista do Minho a Timor.
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Como muitos outros brancos de Luanda comecei a questionar o comportamento machão e de auto-convencida superioridade das tropas de elite que eram os paraquedistas e aviadores da FAP, que consideravam que todas as brancas eram presa sua rendidas a seus pés e aos seus encantos. Indignámo-nos com a expedição punitiva que os Paraquedistas fizeram lançando uma granada para dentro da pastelaria Versalhes, frequentada pela «alta-sociedade» local, donde alguns deles tinham sido expulsos pelo gerente face ao sistemático assédio às mulheres brancas. Lembro-me das sirenes das ambulâncias que nessa altura atroaram os ares de Luanda.
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Congratulámo-nos com a sua punição expedita e envio imediato para a frente de combate.
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Lentamente fui criando outra consciência, condenando o tribalismo racista da UPA, o apoio que a esta lhe dava o tio SAM, e tornando-me simpatizante do MPLA. E fui-me distanciando das mentiras e do regime de Salazar. No sétimo ano. no Liceu Salvador Correia, nas aulas de Geografia dadas pelo Reitor, amigo da família e meu, o dr. Armindo Gonçalves, apesar dele navegar na órbita do PPD/PSD, que respeito e cuja morte sinto, mesmo depois do 25 de Abril, apesar de reitor saneado do Liceu de Setúbal, nós defendíamos a independência de Angola e uma das minhas «coroas» de glória foi conseguir que a professora de OPAN (Organização Política e Administrativa da Nação), a «Piriquita», na sequência duma hábil sucessão de perguntas minhas, tivesse de reconhecer que face ao que o obrigatório livro único explanava, do ponto de vista teórico nada distinguia o corporativismo português do nacional-socialismo de Hitler e sobretudo do fascismo de Mussolini.
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Não faço revisões do meu passado nem da história, mas coerentemente continuo anti-racista, tolerante para com todos menos em dar Liberdade aos Inimigos da Liberdade, deixei de acreditar na superioridade da civilização cristã e ocidental e considero todos diferentes /todos iguais. Continuo a acreditar na generalidade dos ideais e princípios até agora teóricos da Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1791) ou
da
Declaração dos Direitos das Mulheres e da Cidadã (1791 - Olympe de Gouges) bem como na Declaração de Independência das colónias britânicas da América em 1776, a a respeitar os decretos da Comuna de Paris e a Declaração Universal dos Direitos do Homem proclamada pela ONU. Com as mesmas reservas relativamente a esta formuladas por José Saramago.
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Regressado em 1975 com a leva dos chamados «retornados», o meu pai manteve-se anti-racista e não xenófobo, tornando-se mais salazarista que Salazar, anti-comunista mas respeitando a coerência de Álvaro Cunhal («esse nunca enganou ninguém») e tendo um asco profundo pelo que considera um oportunista e traidor - Mário
Soares. Nunca o ouvi defender os métodos de tortura da PIDE, embora ele considere que eu e não ele sofremos «lavagens ao cérebro».
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Viu atentamente a série de Joaquim Furtado sobre a guerra em África e confessou que desconhecia factos aí relatados e que eles (os negros) tinham (alguma) razão. Continua mais salazarista que Salazar, apesar de ser um homem inteligente e culto. Vários ex-soldados insuspeitos de simpatia por Moscovo ou Cunhal, ao encontrarem-me na rua, dizem-me com lágrimas nos olhos: é verdade aquilo que mostram mas muitos fomos obrigados a agir assim por ordem dos oficiais.
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Também tenho amigos que foram oficiais milicianos nas frentes de combate que apesar disso não apoiavam a guerra nem os massacres sobre as populações negras que procuraram evitar.
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Sobre o ambiente cultural em que decorreram a minha meninice e adolescência dou conta em «
Luuanda - Escritores Angolanos lá em casa e não só...» e sobre o meu testemunho presencial do 4 de Fevereiro e do 15 de Março falam «O 4 de Fevereiro e o início da guerra em Angola» e «O 15 de Março em Angola».
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A «memória» que tenho dos militares de carreira nesse tempo, que frequentavam a casa dos meus pais, que foram meus professores ou casados com professoras minhas muito mais cultas e aparentemente (?) submissas é que se tratava de marialvas e machistas de vistas curtas. Reconheço que não posso generalizar porque o 25 de Abril veio mostrar que havia generais ou «capitães» de Abril inteligentes, brilhantes e cultos, como Costa Gomes, Melo Antunes ou Vasco Gonçalves. Com objectivos diferentes, tal como os inteligentes António de Oliveira Salazar (apesar do autismo nas duas décadas depois do fim da II Grande Guerra), Mário Soares (por muitos considerado vendedor de banha da cobra) e Álvaro Cunhal. Ou o empresário António Champalimaud.
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Nas vésperas da minha vinda para o Puto para prosseguir estudos universitários, pela madrugada fora o meu pai disse-me que enquanto estudante, nos idos de 1940, fora contactado para ingressar no PCP mas recusara. Seguiu-se depois um longo discurso, que me não metesse na política, que os comunistas mandavam os ingénuos para a frente sendo estes presos enquanto os comunistas ficavam na sombra e escapavam.
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Ao chegar a Portugal verifiquei que a censura era muito mais férrea que em Luanda, mas que podíamos ler nas entrelinhas ou não do Diário de Lisboa ou do República, da Seara Nova, do Tempo e o Modo, do Notícias da Amadora, do Jornal do Fundão (azul) ou o Comércio do Funchal (rosa), do Encontro (da JUC), para além da imprensa do Movimento Associativo Estudantil. Verifiquei que podíamos comparar o noticiário «ofícial» da restante imprensa e da RTP com as clandestinas, quase inaudíveis e «ruidosas» emissões da britânica BBC, da subversiva Rádio Portugal Portugal Livre ou da mentirosa Rádio Moscovo («A verdade é só uma, rádio moscovo não fala verdade»).
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Apesar disso verifiquei então que a censura cultural era muito mais férrea na Metrópole que em Angola. E quando ia a Luanda nas Férias Grandes verifiquei que em Luanda e seguramente em toda a Angola os meios de comunicação tinham passado a afinar todos pelo mesmo diapasão e que a censura se tornara ainda mais férrea. Era uma autêntica lavagem ao cérebro e de nada servia dizer ao meu pai que estavam todos a ser enganados, que se tratava duma guerra económica e internacionalmente perdida, que a «independência», qualquer que fosse o seu sentido, era inevitável. O meu pai, angolano de coração e adopção, zangava-se comigo e acusava-me de sofrer «lavagens ao cérebro», mas embora hoje seja mais salazarista que Salazar, continua não racista nem xenófabo e acredito me dá a razão que então se recusava a aceitar, nem que seja a contragosto e por meias palavras. E acredito que não colaboraria e continuaria adversário de chacinas e banhos de sangue.
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É a vida e são outras visões, tão isentas e aceitáveis como as do respeitável senhor Coronel de Infantaria na reforma.

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O editor esclarece que a escolha das imagens é de sua responsabilidade.
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