segunda-feira, 26 de maio de 2008

Fábulas de la Fuente (2) - Folhetins



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Zé Povinho, criação de Raphael Bordallo Pinheiro
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* Victor Nogueira

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恩里克


Se continuamos a ser amigos ou não, o futuro o dirá. Carapuças são enfiadas por quem as quiser. Quanto a frontalidades, tu sabes das tuas e eu das minhas. Por isso subscrevo sem qualquer reserva e com um abraço fraternal esta tua afirmação porque se me aplica também como uma luva, modéstia minha à parte.

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Ora bem. Sou, fui e serei sempre assim. Não nasci para a política no dia 26 de Abril, nem no dia 25, nem no 24. Sou muito mais antigo – e, de acordo com o que aprendi na tropa, a antiguidade é um posto. Mas é, outrossim, vivência e experiência acumuladas. Agora, aqui estou, assim. Ponto.

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Por isso escrevi o comentário que ora te envio. Não para te demonstrar que aprendi política depois da Revolução dos Cravos, mas, tão-só para acentuar as tais vivências e experiências que tive o prazer e a honra de entender e praticar. Liberdade e Democracia não são de hoje – são desde que os Gregos se lembraram de as trazer à colação e as pôr em prática.

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Um pequeno reparo: a democracia grega (ateniense?) era muito restrita: dela estavam excluídas as mulheres e a legião de escravos sem direitos que sustentavam os senhores para que eles tivessem tempo para filosofar e dirigir a Polis. Quanto a currículos de cidadania e de intervenção social, tu tens o teu e eu o meu. Quanto a cadernetas militares, não tenho. Fiquei isento, na altura muito chateado, por descoordenação psicomotora por ter nascido com sete meses e ter sido tirado a ferros.

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Sobre «doutoramentos» em democracia e antiguidades, aqui não é a tropa, mas a prática. Ofendes-te com a fábula que te não era dirigida? Paciência.


Se a memória me não falha, tu és licenciado em direito.


Tu escreves


Tenho, porem, de te referir que não te chamei totalitário, apenas falei de totalitarismos de direita ou de esquerda. A conclusão, obviamente, é tua, por isso ela aqui vai de volta. Nada a lamentar, portanto. Para mim, totalitarismos são… totalitarismos. Ditaduras são… ditaduras. Ponto.

Que escrevi eu?

«Tu achas que eu sou totalitário? Se achas, desiludes-me»

Releio o que escrevi e tu apressadamente consideraste como ofensa que te teria feito e que serias tu o «inspirador» ou um dos personagens da fábula. Sem querer parecer impertinente há mais fabulistas, como por exemplo o La Fontaine e o Bocage, se excluirmos os contos populares como os recolhidos por Andersen ou irmãos Grimm ou as parábolas de Cristo e lendas como as dos Cavaleiros da Távola Redonda, do Milagre de Ourique e por aí fora.

Mas leste o que eu escrevera antes?

«恩里克, eu tenho uma grande estima por ti, e essa estima cresceu com aquilo que veio a ser a «crónica picaresca». Eu não te conhecia, mas manifestei-te a minha solidariedade perante a infame campanha que te fizeram na coutada do Presidente.

Eu na coutada do Presidente escrevo com toda a liberdade. Às vezes no MSN falo com o Grande Timoneiro a quem trato por «Presidente Camarada Comandante» e ele trata-me por «vermelho». Eu não acredito na «democracia» da coutada do Grande Timoneiro. Acredito que face ao que ele me publica, poderia ser alvo de infames campanhas como as que tu e outros lá sofrem. Mas acho que El Comandante, sei eu lá pk. não deixa passar esses textos e me «poupa».»

Já falámos duas vezes mas deves lembrar-te que eu te disse que quem me lixou a vida foram democratas (...) como {Visado pela Censura}, que na minha coutada sou eu o coronel com lápis azul q.b.

Nenhum de nós precisa do outro e se releres o texto e relembrares o que te tenho escrito ou dito {Visado pela Censura}, que na minha coutada sou eu o coronel com lápis azul q.b. se tiveres tempo para leres o que nos meus blogs assino ou comento, parece-me que é despropositado o lustro que dás aos teus galões. Quando puxas dos louvores de outrem, referes os que te tenho dado? 恩里克 eu não te pedi nem isso me aquece ou arrefece e seria despropositado que o fizesses. Mas por acaso um dia destes encontrei {Visado pela Censura}, que na minha coutada sou eu o coronel com lápis azul q.b.. Estou chateado por não teres falado em mim? Acredita que não.

Um abraço e se me quiseres riscar da tua lista avisa, Se me não riscares, continuas na minha.

Um abraço e a estima

do Victor Manuel

Brevíssimo Curriculum

* Das Kapital e o Manifesto Comunista

* Seja Bem-Vindo Quem Vier por Bem


Nunca mais publicarei um texto teu a não ser que mo envies para o fracassado projecto que é {Visado pela Censura}, que na minha coutada sou eu o coronel com lápis azul q.b.

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Daqui em diante, {Visado pela Censura}, que na minha coutada sou eu o coronel com lápis azul q.b

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A fábula terminou. Quem vir nela qualquer semelhança com personagens ou factos reais, tal como nas fitas de Hollywood ou nos quixotescos rimances de cavalaria, declaro solenemente e sob palavra de honra e para todos os efeitos legais que é mera coincidência.

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