segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Sobre os alegados “tabus” — anticomunistas e antifascistas

* Victor Nogueira

Socialistas e comunistas concorrem integrados nas CDE às eleições legislativas de 1973, ano em que o PCP e o recém fundado PS (Cunhal e Soares) assinaram em Paris, um acordo de cooperação. O mesmo sucedera em 1969, com excepção de 3 círculos eleitorais, em que a ASP se apresento nas CEUD. 

A Constituição da República em 1976 foi aprovada pelo PCP e pelo PS, para além do PPD e UDP. Depois de 1974 socialistas e comunistas concorreram coligados à Câmara Municipal de Lisboa, conjuntamente e sucessivamente com Jorge Sampaio e com João Soares. Portanto a "história" não é tão linear como o articulista a coloca. 

Em Portugal o Governo é politicamente responsável perante a Assembleia da República, através da votação do Programa e de moções de censura e votos de confiança. Os Governos não respondem perante o PR.

É da exclusiva responsabilidade de Cavaco a convocação das legislativas para 4 Out. Foi maçador “imprevisto” que PSD/CDS não obtivessem a maioria absoluta que reclamavam e não tenha resultado o apelo do PR à cisão na bancada do PS para viabilizar o Governo minoritário do PáF. 

O PR exigiu um Governo de consenso e um Programa que não questionasse as “balizas” que abusivamente instituiu. O PS, com apoio da "esquerda”, cumpriu. O resto são tretas, lérias e poeira. 

The last but not the least: É falso ser o Bloco de “extrema-esquerda”, considerando a sua base social de apoio. O Bloco não anda a colocar bombas por esse Portugal fora nem a semear o terror ou a defender insurreições. O último parágrafo do artigo é [assim] descabido e metido a martelo. 

OPINIÃO

Sobre os alegados “tabus” — anticomunistas e antifascistas

Se existiu um “tabu”, anticomunista e antifascista, ele foi criado pelos socialistas democráticos de Mário Soares e Maria Barroso.
(...) Em defesa do Ocidente livre: depois dos bárbaros atentados de Paris da passada sexta-feira, é tempo de o Ocidente cerrar fileiras contra o terrorismo islâmico. Eles não nos atacam pelo que fazemos, mas pelo que somos: cidadãos livres, sob a comum protecção da lei.

http://www.publico.pt/politica/noticia/sobre-os-alegados-tabus--anticomunistas-e-antifascistas-1714516?page=-1



Sem comentários: