"Cantaremos o desencontro:
O limiar e o linear perdidos
Cantaremos o desencontro:
A vida errada num país errado
Novos ratos mostram a avidez antiga"
Sophia de Mello Breyner em O Nome das Coisas (1977)
* Victor Nogueira
Críticos de Costa criam movimento
Assis "resguarda-se" e avançam os "centrões" da "guarda pretoriana" ressuscitando o léxico da "guerra fria", com imensa modernidade e sentido de estado, o de cócoras perante o Grande Capital transnacional económico-financeiro.
Abandonando o “centro-direita” que outrora Assis entendia estar desorganizado e dever ser reconstituído pelo PS, posicionam-se agora como o "centro-esquerda" que quer tomar de assalto o Palácio do Rato momentaneamente ocupado pelas forças extremistas do "eixo do mal". Com brilhantismo acusam o actual Comité Central do PS de “[ser] líder de uma maioria negativa que, perdendo, quer constituir-se como governo de minoria absoluta”. Porque o PáF, liderado por Passes de Coelho, esse sim, entenda-se, é uma legítima e aceitável minoria negativa que quer governar como maioria absoluta. Com a ajuda em beleza de brilhantíssimos "filósofos" troianos infiltrados pela retaguarda.
Empolgados, acusam a deriva do PS ao abraçar "uma espécie de projecto político tutelado por BE e PCP", talvez às ordens de Putin, E prosseguem segundo a papeleta que facultaram ao Expresso, acusando o PS de ter “cedido em toda a linha” no programa económico com que se apresentou a eleições, que se tenha deixado “descaracterizar na ambição e capacidade de modernização do país. numa cedência à agenda populista e retrógrada de tudo prometer pondo em causa toda e qualquer reforma”.
Talvez com saudades das "estrondosas e violentas abstenções" do PS de Assis Seguro sentado que viabilizaram a permanência em funções da direita "ultra-liberal" apesar da crise do Gaspar e do "irrevogável", direita ultra-liberal que pretendem combater ... com elevado sentido de "oposição".
A "direita ultra-liberal" será maléfica, deve ser combatida, mas nunca com o apoio de forças demoníacas suportadas por um exército de 1 milhão de sub-homens e sub-mulheres. Quais pitonisas, brilhantes e seguras, em beleza gritam aos quatro ventos, urbi et orbi, das plagas lusitanas aos Montes Urais, “que [o que] temos assistido não é a uma mudança nas posições extremadas de BE e PCP mas a uma submissão e radicalização do PS que poderá vir a ter consequências terríveis para o partido”
E, ginginhas em cima do pão-de-ló, rasgando as pudibundas vestes com estrondoso estrondo, apontam a heresia intolerável e abominável, a suprema manietação que “é o PS sentir-se encurralado pela mera comemoração dos 40 anos do 25 de novembro, deixando-se colar pela primeira vez na sua história à extrema-esquerda na Assembleia da República”.
Da noite e do nevoeiro as forças novembristas e exorcistas ressuscitarão de moca nos dentes, bombas à cintura e archotes incendiários em cavalgada contra as “forças totalitárias” em ardente defesa “da infinda Liberdade”, numa sequela do 25 de Novembro, 41 anos depois do 25 de Abril,, desse “dia inicial inteiro e limpo / Onde emergimos da noite e do silêncio / E livres habitamos a substância do tempo “ ? (Sophia de Mello Breyner)
sábado, 21 de novembro de 2015
POLÍTICA
Críticos de Costa criam movimento
21.11.2015 às 10h00
Por agora é apenas um “manifesto assumido de centro esquerda”, contra a “radicalização do PS”. Assis não faz parte do núcleo promotor
O limiar e o linear perdidos
Cantaremos o desencontro:
A vida errada num país errado
Novos ratos mostram a avidez antiga"
Sophia de Mello Breyner em O Nome das Coisas (1977)
* Victor Nogueira
a aventesma ou a hidra das mil cabeças
Assis "resguarda-se" e avançam os "centrões" da "guarda pretoriana" ressuscitando o léxico da "guerra fria", com imensa modernidade e sentido de estado, o de cócoras perante o Grande Capital transnacional económico-financeiro.
Abandonando o “centro-direita” que outrora Assis entendia estar desorganizado e dever ser reconstituído pelo PS, posicionam-se agora como o "centro-esquerda" que quer tomar de assalto o Palácio do Rato momentaneamente ocupado pelas forças extremistas do "eixo do mal". Com brilhantismo acusam o actual Comité Central do PS de “[ser] líder de uma maioria negativa que, perdendo, quer constituir-se como governo de minoria absoluta”. Porque o PáF, liderado por Passes de Coelho, esse sim, entenda-se, é uma legítima e aceitável minoria negativa que quer governar como maioria absoluta. Com a ajuda em beleza de brilhantíssimos "filósofos" troianos infiltrados pela retaguarda.
Empolgados, acusam a deriva do PS ao abraçar "uma espécie de projecto político tutelado por BE e PCP", talvez às ordens de Putin, E prosseguem segundo a papeleta que facultaram ao Expresso, acusando o PS de ter “cedido em toda a linha” no programa económico com que se apresentou a eleições, que se tenha deixado “descaracterizar na ambição e capacidade de modernização do país. numa cedência à agenda populista e retrógrada de tudo prometer pondo em causa toda e qualquer reforma”.
Talvez com saudades das "estrondosas e violentas abstenções" do PS de Assis Seguro sentado que viabilizaram a permanência em funções da direita "ultra-liberal" apesar da crise do Gaspar e do "irrevogável", direita ultra-liberal que pretendem combater ... com elevado sentido de "oposição".
A "direita ultra-liberal" será maléfica, deve ser combatida, mas nunca com o apoio de forças demoníacas suportadas por um exército de 1 milhão de sub-homens e sub-mulheres. Quais pitonisas, brilhantes e seguras, em beleza gritam aos quatro ventos, urbi et orbi, das plagas lusitanas aos Montes Urais, “que [o que] temos assistido não é a uma mudança nas posições extremadas de BE e PCP mas a uma submissão e radicalização do PS que poderá vir a ter consequências terríveis para o partido”
E, ginginhas em cima do pão-de-ló, rasgando as pudibundas vestes com estrondoso estrondo, apontam a heresia intolerável e abominável, a suprema manietação que “é o PS sentir-se encurralado pela mera comemoração dos 40 anos do 25 de novembro, deixando-se colar pela primeira vez na sua história à extrema-esquerda na Assembleia da República”.
Da noite e do nevoeiro as forças novembristas e exorcistas ressuscitarão de moca nos dentes, bombas à cintura e archotes incendiários em cavalgada contra as “forças totalitárias” em ardente defesa “da infinda Liberdade”, numa sequela do 25 de Novembro, 41 anos depois do 25 de Abril,, desse “dia inicial inteiro e limpo / Onde emergimos da noite e do silêncio / E livres habitamos a substância do tempo “ ? (Sophia de Mello Breyner)
sábado, 21 de novembro de 2015
POLÍTICA
Críticos de Costa criam movimento
21.11.2015 às 10h00
Por agora é apenas um “manifesto assumido de centro esquerda”, contra a “radicalização do PS”. Assis não faz parte do núcleo promotor
Críticos de Costa criam movimento
21.11.2015 às 10h00
Por agora é apenas um “manifesto assumido de centro esquerda”, contra a “radicalização do PS”. Assis não faz parte do núcleo promotor
Um grupo de socialistas (militantes e simpatizantes) que discorda da estratégia da atual direção do PS quer avançar com a criação de um “movimento assumido de centro-esquerda” no partido, que assumirá a forma de manifesto, a apresentar em breve. O núcleo de promotores é composto por Álvaro Beleza, António Galamba, Eurico Brilhante Dias, Luís Bernardo e Óscar Gaspar, entre outros ex-colaboradores diretos de António José Seguro que negam, no entanto, estar a levar para a frente esta iniciativa em nome “de um qualquer ismo”. Para já, pelo menos, a lista de subscritores não compreende Francisco Assis.
No esboço do documento, a que o Expresso teve acesso, estes socialistas receiam que António Costa, “como líder de uma maioria negativa que, perdendo, quer constituir-se como governo de minoria absoluta”, esteja a levar o PS pelo caminho de uma “radicalização” que eventualmente acabará por destruir o partido. Assumem-se defensores da “verdadeira identidade do PS”, mas também “contra esta direita que é a mais neoliberal da nossa história”. Exigem “uma clarificação sobre o que o partido quer representar, seja no governo ou na oposição: um partido de futuro, reformista, charneira da sociedade portuguesa ou uma espécie de projeto político tutelado por BE e PCP?”
Lamentam que o discurso do PS “praticamente não se distinga da extrema-esquerda”, que tenha “cedido em toda a linha” no programa económico com que se apresentou a eleições, que se tenha deixado “descaracterizar na ambição e capacidade de modernização do país. numa cedência à agenda populista e retrógrada de tudo prometer pondo em causa toda e qualquer reforma”. Classificam o compromisso assinado com BE, PCP e PEV de “não chegar a ser acordo nenhum” e de, por esta via, se colocar “o futuro do partido completamente nas mãos de uma esquerda radical que se recusa a alterar as suas posições de fundo nas questões essenciais”. “O que temos assistido não é a uma mudança nas posições extremadas de BE e PCP mas a uma submissão e radicalização do PS que poderá vir a ter consequências terríveis para o partido”. O último episódio, criticam, “é o PS sentir-se encurralado pela mera comemoração dos 40 anos do 25 de novembro, deixando-se colar pela primeira vez na sua história à extrema-esquerda na Assembleia da República”.
http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-21-Criticos-de-Costa-criam-movimento
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