sexta-feira, 4 de abril de 2014

o pcp, a literatura e o anti-colonialismo

  1. O texto saíu truncado nos 4 posts de comentários, pelo que os eliminei e republico seguidamente

    1.
    Não tenho nem pretendo ter a "bagagem" que "transparece" nos seus artigos, que leio regular mas não cegamente, onde parece que o “capitalismo" a sua "barbárie" se originam nos "judeus", sobretudo os sediados nos States, e numa "conspiração" judaica", passando uma aparente esponja sobre o Catolicismo, a Contra-Reforma e a Inquisição como sustentáculos do feudalismo e da teocracia e, posteriormente, da origem divina do poder real e do absolutismo, mesmo que “iluminado”. Como se todos os grandes capitalistas, mesmo em Portugal, fossem todos judeus - como o Nacional-Socialismo - de que os nazis eram bonifrates - pretendia fazer crer - e não fossem também católicos/cristãos/maometanos/ateus mesmo que de fachada.

    Mas com mil diabos e todos os santinhos, seria possível no Portugal fascista publicar “romances” ou literatura anticoloniais, mesmo e apesar da Casa dos Estudantes do Império? Era possível ao PCP, na clandestinidade, contrariar a ideologia dominante imposta pelos grandes capitalistas e latifundiários, e absorvida, entre outros, pelo campesinato e pela pequena burguesia ? E nas colónias não há literatura publicada contra o colonialismo ? De António Jacinto, Viriato Cruz, Alda Lara ... Ah dir-me-á esses não eram "portugueses", esses noa eram nem republicanos nem neo-realistas. Esses eram - se o fossem - figuras subalternas do PCP. Como não eram republicanos ou neo-realistas o velho do Restelo, Fernão Mendes Pinto ou Diogo de Couto, entre outros. E já se fez – se for possível fazê-lo – uma recolha e o estudo da literatura popular – escrita ou oral ?

  2. 2.
    Repito, não tenho nem pretendo ter a sua "bagagem" de anticapitalista e de antifascista (sempre) consequente, mas vai-me "espantando" essa do complot judeu (ou judaico-cristão ?) e agora do "colaboracionismo" do PCP e de Cunhal (onde moras, materialismo dialéctico e marxismo+tudo o que se lhe seguiu em termos de praxis e de teoria?). A História feita pelos Heróis”, pelos “Líderes”, pelos “Caudilhos”, pelos “Super-Homens” (as Mulheres, essa não contam?) conduzindo a carneirada acéfala? Os militantes comunistas serão uma carneirada; Estaline, Cunhal ou - vá lá - o Comité Central ordena e o rebanho executa)? Francamente, há "nexecidade"? Já o Seguro de Costa e Assis e as "viúvas" de Sócrates dizem que o PCP é aliado da direita ultraliberal ! Embora o "animal" feroz nas suas "charlas" semanais agora diga que no PEC IV foi traído não pelo PCP – que votou sempre contra os PEC’s - mas pelo PPD/PSD, que lhe tirou o tapete. O tal PS Seguro que esCavaco durão Barroso e Soares Pingo Doce com Pedrocas passes de Coelho por lebre pretendem forme uma santíssima trindade, a dum Governo de União, Salvação ou Acalmação Nacionais 
  3. Ah! Os 40 anos do 25 de Abril ? A maioria do MFA queria era acabar com a Guerra Colonial, especialmente a Guarda Pretoriana. Não tivesse o Povo de Lisboa – especialmente a juventude – desobedecido ao Posto de Comando do MFA. Não tivesse o Povo de Lisboa – especialmente a juventude – desobedecido ao Posto de Comando do MFA, e cercado o Quartel do Carmo e a sede nacional da PIDE - com os presos políticos "esquecidos" e aferrolhados em Caxias e em Peniche e com a PIDE e a GNR fiéis a Marcelo em "liberdade" de movimentos - e Spínola teria empalmado o MFA, substituindo apenas as moscas e não o seu alimento. E Salgueiro Maia, o "puro" do ´”espírito” do 25 de Abril, o candidato ao *Panteão dos Heróis” ? Esse esteve em Abril e Novembro e – ao contrário de Spínola/Marechal do PS Soares – foi marginalizado pelos "democratas" de Novembro e por escavaco/PSD, o bancário reformado amigo de banqueiros. Quanto a Salazar/Caetano, “personificando” os eternos maus da fita, são os que diametralmente permitem que se mantenham na sombra os seus mandantes, beneficiários e descendentes. Porque os manajeiros, capatazes ou testas de ferro, com ou sem reforma dourada, esses são descartáveis, para que, iludindo e jogando nas aparências, se mantenha a essência. Sobretudo nos 40 anos do 25 de Abril de e uns mais ou menos de adesão à OCDE/CEE/UE
  4. Em tempo - o "independentismo" das colónias,- que como tal me parece só existem a partir da Conferência de Berlim no século XIX, - ficando-me pelo euro-centrismo - "esquece" aparentemente a resistência dos ameríndios e dos povos da ásia e de áfrica, entre outros, às "descobertas", colonizações", saque, genocídio e escravização a partir do século XV efectuadas no início por portugueses, castelhanos, holandeses, franceses e britânicos. Mas isso dava pano para outras mangas

     http://tabancadeganture.blogspot.pt/2014/04/25-de-abril-o-anti-colonialismo.html

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