* Victor Nogueira
Independentemente dos méritos e deméritos da democracia e do
desenvolvimento ainda por cumprir, eram 3 os D´s de que se falava no Congresso
da Oposição Democrática em Aveiro no ano de 1973 e retomados pelo MFA -
Democracia, Desenvolvimento, Descolonização. Dizia em França em 1789 a
burguesia revolucionária em França que "só não há Liberdade para os
inimigos da Liberdade", breve verificando que para o patronato a Liberdade
era a do Capital, não a do Trabalho, de imediato proibido de se manifestar,
organizar e associar para reivindicar melhores condições de Vida e de Trabalho,
duramente conquistadas apesar das violentas e sangrentas repressões em França e
por toda a Europa.
Hoje nesta Democracia imperfeita, nos 40 anos depois de
Abril pode questionar-se e debater-se, apesar das limitações. Em 1973 tal como
desde 1926, as regras eram o pensamento
único, a repressão, a prisão e mesmo a morte para quem questionasse o se
opusesse.
As mesmas regras que vigoraram
no regime fascista nos anos 40 – os anos do Centenário – ou nas comemorações
das várias décadas do 28 de Maio. Onde não haveria painéis onde figurassem
republicanos, comunistas, socialistas ou mesmo simples oposicionistas e muito menos
camponeses, assalariados rurais ou operariado que reivindicassem melhores
condições de vida e de trabalho.
Nisso, o Estatuto do Trabalho Nacional de 1933 era exemplar – os interesses do
trabalho não podiam prevalecer contra os legítimos interesses do Capital e
outras preciosidades semelhantes, como se pode ler em http://dre.pt/pdf1s%5C1933%5C09%5C21700%5C16551658.pdf
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