* Victor Nogueira
Foi para mim interessante e revelador ler os “testemunhos” em “Os Anos de Abril”, acabada de publicar, bem como “ver” na obra de Alfredo Cunha e Adelino Gomes, os depoimentos dos “rapazes dos tanques”, de oficiais a praças, sobretudo no que se refere a “o melhor do 25 de Abril”, “o pior” e as “figuras” que cada um dos que dão testemunho destacam em 40 anos. É verdade que serão apenas “histórias” e não a “História”, memórias mais ou menos inconscientemente buriladas e "afeiçoadas" pelo correr dos anos.
Não há máquinas de regresso ao passado,mas se existissem e fosse possível que todos nós, os que ainda estamos vivos, qualquer que seja a idade actual, regressar durante uma semana de 23 de Abril a 3 de Maio, ver-se-ia quão cinzentos e de vida medíocre e temerosa são os dias de hoje, quão semelhantes são aos de 1958 ou 1969, quão distantes estão dos sonhos de Abril em Maio de 1974/1975, em que o futuro para a maioria parecia estar ali, ao virar da esquina e no sorriso duma criança. Mas seria isso suficiente para despertar uma outra consciência na maioria que ou se abstém ou vota sempre mais do mesmo, ps(d) ?
Terá algum significado ter sido Victor Constâncio como Secretário Geral do PS que acordou com Cavaco Silva Presidente do PSD a revisão constitucional que permitiu a reprivatização de sectores estratégicos da economia portuguesa, incluindo a Banca ? Eu bem sei que antigos governadores do BdP e Mário Soares vieram atestar o bom comportamento - rectifico, a superior competência do 1º a propósito do BPN - superior competência que lhe permitiu ascender a vice-Presidente do BCE, como a superior competência doutro Vítor, o homem do Excell, permitiu a este o seu encaixe no FMI, sem falar falar na fuga de Durão que possibilitou a gloriosa entrada de Sócrates após a Santanice, este demitido graças a Sampaio.
http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2014/04/cada-cavadela-minhoca.html
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