(Foto Victor Nogueira) Do edifício que foi a sede nacional da PIDE, na rua António Maria Cardoso em Lisboa, hoje transformado em condomínio de luxo, desapareceu a placa que assinalava tal facto. A PIDE foi a última instituição a render-se, não deixando de assassinar como era seu timbre. Haviam de falhar os propósitos de Spínola que, com a anuência do posto de comando do MFA na Pontinha, recebera das mãos de Marcelo - cercado e impotente mas "exigente" , o poder para que este não caísse na rua e tudo não passasse de uma simples mudança de moscas, com o afastamento do Presidente Tomás.
Foi o povo na rua, cercando dois importantes pilares do regime fascista, a PIDE e a GNR, que tramou os propósitos de Marcelo/Spínola e dos respectivos Generais e forçou à rendição dos tanques da Cavalaria. Foi o povo na rua que forçou a libertação dos presos políticos em Caxias, foi o povo na rua e no 1º de Maio que forçou Spínola e os Generais renitentes da Junta de Salvação Nacional, em 7 de Novembro de 74, a reconhecerem os partidos políticos sobretudo o PCP (fundado em 1921) mas também o PS (fundado em 1973), o ppd/psd de sá carneiro (a partir da ala liberal da assembleia nacional fascista, fundado em 6 de Maio de 74) e o cds/pp de freitas do amaral (que se reclamava da "democracia-cristã", fundado em 19 de Julho de 74).
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