foto Victor Nogueira - 1º de Maio de 2014 em Setúbal
Uma tarde de calor e soalheira, uma manifestação concorrida tendo em conta que a maioria do pessoal normalmente vai engrossar a de Lisboa, menos jovens que em anos anteriores, muitas faixas e cartazes, 3 ou 4 carros engalanados com minimalismo, um deles, o do STAL, com o inefável coelho.
Muitos cafés abertos e alguns minimercados. Longe vai o tempo em que no 1º de Maio e no 25 de Abril tudo fechava. Agora, o Governo de Pedro e Paulo sustentado pelo TóZé, o Seguro escavaco, pretende arejar dias e noites permitindo que o comércio esteja diariamente aberto, noite e dia, a semana inteira, sem pausas.
Em Setúbal, outrora, num 2º andar no 1º de Maio, um casal idoso numa das avenidas sorria aos manifestantes acenando com um cravo vermelho. Mas o ano passado tal já não sucedeu e este ano não os vi.
Já de seguida o SONETO DO TRABALHO
https://www.youtube.com/watch?v=M28w9ZtKzRI
Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.
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Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
á força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas
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Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.
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Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.
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