Não vale a pena referir o que já todos os comentadores políticos disseram sobre a actual situação em Portugal. Julgo que, de importante, só devemos reter um aspecto: com ou sem clara consciência do acto – tenha-se em atenção a afirmação de irrevogabilidade – Paulo Portas fez jus ao facto de ser o político mais experiente da coligação, quando empalmou Pedro Passos Coelho, através de um verdadeiro “golpe de estado palaciano”, retirando-lhe a liderança efectiva da governação, e passando-o a Primeiro-Ministro de coisa nenhuma.
Se Cavaco Silva – o Presidente da República de 25% dos Portugueses – aceitar a proposta que circula nos órgãos de informação, está a legalizar a acção de Paulo Portas!
E venham-me falar de “República das Bananas” quando a tropa sai para a rua, em certos Estados, para impor uma ordem que julga conveniente! Venham-me dizer que a Europa já ultrapassou a fase golpista e se encontra num elevado estádio de democracia “civilizada”! Ou Portugal não faz parte da Europa ou a Europa é conscientemente conivente com uma democracia de fachada!
Em que democracia se viu um partido com 12% de representação parlamentar assumir a direcção política e financeira do Estado?
Estamos a viver um 28 de Maio de 1926, sem tropa na rua, nos primeiros dias de Julho de 2013. A direita galopa o “cavalo do Poder”! Já ultrapassámos, em muito e de muito longe, os tempos do PREC de quem ninguém se lembra agora! Não há é “Grupo dos Nove” para pôr cobro a esta situação! Aliás, ela tem o aval das mais altas instâncias da União Europeia.
Somos, como cidadãos eleitores, todos – todos sem excepção – uns pacóvios! Uns pacóvios que continuamos “clubisticamente” amarrados aos partidos políticos que fazem de todos os que neles acreditam uns verdadeiros bananas!
Merecemos este golpe de estado!
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