sábado, 6 de outubro de 2012

Em 5 de Outubro de 2012 o senhor Duarte Pio vende banha-da-cobra ?


  • atentar aos dois l ados ,.por honestidade intelectual,quanto mais não seja
    Gosto ·  ·  · há 44 minutos · 



    • Jose Carrilho gosta disto.
    • Jose Carrilho é uma vergonha o silêncio da comunicação social!
    • Victor Nogueira Não entendo. O senhor Duarte Pio descende d Miguel de Bragança, banido de Portugal por ter renegado o juramento de respeitar a Carta Constitucional Liberal , envolvendo o País numa sangrenta guerra civil.

      Carlos I de Bragança dissolveu as Cortes e governava em regime de ditadura com João Franco. 

      Em 5 de Outubro de 1910 a Monarquia caiu sem que alguém a defendesse, salvo salvo erro Paiva Couceiro. Manuel I de Bragança e último rei de Portugal nunca apoiou a restauração da Monarqua nem as incursões monárquicas de Paiva Couceiro ou a efémera Monarquia do Norte. 

      Em 5 de de 1910 Portugal estava na Bancarrota e a maioria do povo não tinha direitos e era analfabeto. 

      A ignorância e a falta de cultura  do senhor duarte pio é idêntica à do senhor silva segundo Jardim. 

      Que privilégios quer este cidadão que se arroga superioridades sobre a plebe, superioridades não baseada no mérito e competência mas sim na superioridade do sangue e da nobreza e na hereditariedade de se sentar à espera que a mãe ou o pai morram para se setar majestático no Trono.


       Que pretende este senhor que finge ignorar que a monarquia em Portugal está recheada de reis perjuros, uns, homicidas, outros, usurpadores, ainda outros, ambicionando unir Portugal e Castela na Hispânia, muitos. sem faltamos reis débeis mentais ou loucos para além de bastardias imensas e reis que fornicavam com freiras de que eram amantes e tinham filhos ou de Bispos e Priores de Ordens religiosas que eram filhos bastardos e filhos bastardos tinham ?
    • Victor Nogueira Em tempo - li o discurso do senhor Duarte Pio que não referiu que o 5 de Outubro de 1143 marca a fundação do Condado Portucalense que se haveria de tornar Portugal. 

      Embora nessa altura os servos da gleba e a nobreza não soubessem que estavam a fundar um novo País !


        • Jose Carrilho Não entendo. D. Miguel foi aclamado em cortes, muito amado pelo seu povo e reconhecido internacionalmente, sendo o seu irmão a provocar uma guerra civil. João Franco procurou trazer o carisma e a ordem que faltava à governaçãp portuguesa, inspirando-se no modelo inglês da altura. A Monarquia caiu devido a uma complexa conspiração de alguma burguesia mediocre sendenta de protagonismo. Nunca o Partido republicano ganhou umas eleições, nem esteve sequer perto de o fazer, nem tinha esperança de um dia o conseguir. O medo de eleições, levou a diminuir o numero de eleitores apos a proclamação da republica. 8 presidentes da republica e 39 governos em 16 anos, com o pais completamente arruinado, conduziram Porugal ao Estado Novo. O Rei tem deveres para com o seu povo e não previlegios. O Rei é preparado desde o berço para servir a Nação. Portugal sempre conheceu quem movido pela mesquinha inveja e mediocridade, criticasse aqueles que contribuiram para a sua imensa gloria. Foi um Rei que com o seu povo, conquistou a independencia para esta Nação, no dia 5 de Outubro de 1143. Ha quem não mereça ser português.
          há 2 horas · Gosto · 1
      • Victor Nogueira Tudo o que escrevi é facilmente comprovável, José Carrilho. 


        Eu aceito que defendam a Monarquia ou o capitalismo ou as Cortes Tradicionais., etc, etc, etc. Mas quem o faz deve saber do que fala e não atirando frases feitas e ou bafos de café. Creio que não será o caso de José Carrilho. 

        A Monarquia é um regime político que pode existir em modos de produção e formações sociais e económicas diferenciadas. 

        As Cortes uma Monarquia Absolutista e em que se pretende que é Divina, imutável, a origem do Poder e as Cortes ou Parlamento numa Monarquia Liberal ou Constitucional em que a soberania reside na Nação ou no Poder Popular, num contrato social entre goernantes e governados, e a separação dos poderes legislativo, executivo e judicial.



        Na idade média vigorava a servidão da gleba e o completo arbítrio de rei e senhores feudais. Senhores feudais que viram o seu poder cerceado - por vezes recorrendo o rei à liquidação física dos oponentes - como fez d: João II no século XV ou D José no século XVIII


        Ou reis afastados do poder pelos irmãos, como Sancho II por Afonso III. Ou as guerras entre Afonso IV e o filho, Pedro I mais sanguinário que o pai. Ou entre afonso III e dinis. Mas há mais.Ou a guerra civil entre os partidários de pedro iv e miguel, um liberal, outro absolutista. E os partidários de um e de outro era rápidos a liquidar os adversários.

        Ou na menoridade de afonso v, as lutas entre pedro filho de joão I e adepto da centralização do poder real, culto e progressista - e os senhores feudais, que terminou com a sua vitória e de tal modo beneficiados que joão ii teve de liquidar alguns deles - duques de beja e de bragança - pois o pai deixara-lhe apenas as estradas e os caminhos:

        E por alguma razão os reis faziam as célebres inquirições pois os nobres apropriavam-se de terras e de direitos abusivamente, prejudicando a coroa

        A monarquia é um sistema de governo que co-existe com vários modos de produção. E os reis representam nas suas lutas as lutas entre as várias frações da classe dominante - até ao século XIX essencialmente a nobreza e o alto clero e depois das revoluções liberais a burguesia capitalista.

        O modo de produção feudal, baseado na servidão da gleba e na agricultura, com a produção "industrial" baseada no artesão que detinha controle de todo o processo de "produzir" a mercadoria distribuída por vendedores ambulantes nas feiras, conjuntamente com os produtores agrícolas individuais está completamente ultrapassado. Como completamente ultrapassado está o sistema judicial medieval ou anterior às revoluções liberais.

        E sobre os méritos honrados da nobreza é um facto que se endividava juntos dos capitalistas da época e para resolver o problema das dívidas recorria aos tribunais da inquisição. Por alguma razão os países onde se desenvolveu o capitalismo, a ciência e a tecnologia e que são "ricos" são aqueles onde o catolicismo foi substituído pelas igrejas protestantes ou "reformadas"

        As revoluções burguesas nos Países Baixos, no Reino Unido, em França, nas antigas colónias inglesas que deram origem aos EUA vingaram ao cercear o poder absolutista do rei - que o dizia de origem divina - e ao instituir um sistema de direitos, liberdades e garantias (para a burguesia, entenda-se) desde o bill of rigts e a magna carta (Reino Unido) até à declaração dos direitos do homem e do cidadão (revolução francesa), que estão na base das actuais declarações universais dos direitos do homem, adoptadas pela ONU na sequência da II Grande Guerra.

        E em todos estes regimes, incluindo as monarquias absolutistas de direito divino até às monarquias parlamentares, os grandes beneficiários eram a nobreza e o alto clero ou - posteriormente - a burguesia capitalista:

        Quanto às cortes, até ao liberalismo eram convocadas apenas qd o rei queria, principalmente para lançar impostos - e o 3º Estado era constituído apenas pelos chamados homens bons - artesãos e comerciantes e o baixo clero - e nelas não tinham lugar nem representação a esmagadora maioria da população - os camponeses. E direitos das mulheres - salvo as da nobreza - nunca houve.

        E qto ao municipalismo era apenas a forma da burguesia e dos artesãos se oporem às arbitrariedades quer da nobreza, quer da Igreja, quer do próprio rei. O Municipalismo não defendia os interesses da maioria da população urbana. Um bom exemplo da oposição entre a burguesia e a Nobreza é dado pelo Porto onde a nobreza e o rei não podiam ter palácios ou residir, nesta caso apenas por 3 dias PK a burguesia não estava para aboletar/hospedar a chusma de nobres e séquitos reais que ocupavam as casas burgueses e se alimentavam gratuitamente e à custa da ... burguesia.

        Se formos pela questão das ilegitimidades D. Afonso Henriques traiu os laços de vassalagem ao rei de leão e comprando o papa com onças de ouro deixou de pagar o tributo a Roma. D. João I nunca deveria ser rei pois que o legítimo sucessor era o rei de castela. E D. João IV tb traiu os laços de fidelidade aos Filipes de Castela. 

        D João I era Mestre de Avis com votos de castidade e era filho bastardo dum rei. Como D. António Prior do Crato era filho bastardo de Outro Prior com voto de castidade. Um filho do poderoso terra-tenente Nuno Álvares Pereira casou com uma filha bastarda de D. João I e deste enlace nasceu" a Casa de Bragança. Os "Meninos da Palhavã" eram filhos bastardos de D. João V e a mãe de alguns deles era a Madre Paula do Convento de Odivelas. 

        Assim como hoje e nas democracias burguesas há um corropio entre o Governo e deputados decertos partidos entre a cadeira de governantes e as dos conselhos de administraçã da banca e de grandes grupos económicos na altura havia um corrupio ente os nobres e seus filhos na ocupação das cadeiras da terra--tenência e altos cargos na Igreja Católica, tb ela grande proprietária de terras. Em Portugal e nas restantes monarquias.

        No tempo de D. Carlos Portugal estava na bancarrota, houve a crise do Mapa Cor-de-Rosa, Havia enorme insatisfação popular, elevadas taxas de analfabetismo e perseguições aos trabalhadores, designadamene à então incipiente classe operária., havia uma enorme instabilidade política e nos últimos anos D. Carlos governou em regime de ditadura pela mão de João Franco, após dissolver as Cortes.

        A partir de 1890 agravaram-se as crises financeiras, provocadas quer pelo maciço investimento nas obras publicas feito nelos governos de Fontes Pereira de Melo - essenciais ao desenvolvimento do capitalismo - quer pelos gastos militares com as campanhas militares de ocupação nas colónias africanas. E é preciso não esquecer os escândalos financeiros (como a Questão dos Adiantamentos). Esta questão dos Adiantamentos eram os empréstimos feitos a D. Carlos pelo Estado Português que ele não saldava e que foram abusivamente perdoados por João Franco. Outro escândalo foi a chamada Questão dos Tabacos, cujo monopólio era pretendido por várias empresas capitalistas.

        Carlos de Bragança talvez tivesse podido ser um bom artista ou cientista. Mas foi um péssimo Rei Essa do sangue azul .. Sangue vermelho é o de toda a gente. Sangue azul é apenas a ilusão das veias na pele branca de quem vive à custa de quem moureja de sol a sol, com a pele tisnada pelo sol e áspera do trabalho manual ! Essa dos ascendentes e da raça ou classe superior para governar a plebe ou os povos tem um longo historial de infâmias ! E com tantos casamentos consanguíneos as casas reais já estavam a pagar um largo tributo em termos de insanidade mental. Por isso agora casam com a plebe, desde que endinheirada e que alimente as revistas cor de rosa e dê trabalho aos paparazzi ! Tal como o senhor Duarte Pio posa para as revistas cor-de-rosa.

        Quanto a D.Mguel I usurpou o trono que pertencia à sobrinha - a futura D. Maria II - e fez-se aclamar rei pelas Cortes à maneira tradicional e não em Cortes ou Parlamento de acordo com a Carta Constitucional de 1826, que jurara respeitar. Cortes que aboliram a Carta e restauraram a Monarquia Absoluta ou ditatorial. Naturalmente D Miguel representava os interesses da Nobreza tradicional edo Alto Clero contra os interesses da burguesia capitalista. que defendia a separação de poderes e o parlamentarismo, isto é, as ideias liberais das Revoluções burguesa em França - 1789 - ou nos EUA, qd da independência. Os iseis liberais da burguesia já haviam trriunfado no Reino Unido com a efémera reública de Cromwell.

        O golpe de Estado de D. Miguel deu origem à Guerra Civil entre absolutistas e liberais (1828-1834). Em 1834 a Inglaterra e a França decidem pôr fim ao reinado de D. Miguel em Portugal..Nesse mesmo ano uma Quádrupla Aliança (Reino Unido, França, Espanha e Portugal) decidiu juntar-se para intervir militarmente contra as forças do rei D. Miguel I. Derrotado, D. Miguel foi banido de Portugal e proibido de voltar ao país, tendo morrido no exílio e sempre tentando regressar como rei absoluto.

        Ah! E para quem se orgulha de 8 séculos de história é intrigante que aproveitando o 5 de Outubro não se tenha referido o senhor Duarte Pio o Tratado de amora, que reconhece a independência do ondado Portucalense. 

        E sempre houve partidos, na monarquia. Os partidários de afonso henriques e os partidários pelo rei de Leão. E posteriormente os partidários das cidades" e de João Mestre de Avis e os pardidários por Castela. Ou os partidários por castela e os de antónio prior do crato. Ou os de por castela ou pelos revoltosos do 1º de Dezembro. Ou os da Monarquia Absoluta de Direito Divino e os da Monarquia Parlamntar baseada na soberaia popular (da burguesia capitalista, entenda-se)

        Aliás o senhor Duarte Pio tem algumas singularidades Houve um tal Sousa Lara e uma questão com um romance de José Saramago, "Evangelho segundo Jesus Cristo", impedido de concorrer ao Prémio Literário Europeu. Sousa Lara foi Subsecretário de Estado da Cultura dum Governo PSD e justificou a sua atitude porque o romance não representaria Portugal e porque segundo Lara "atacou princípios que têm a ver com o património religioso dos portugueses. Longe de os unir, dividiu-os." Na altura o senhor Duarte Pinho Alinhou no coro contra o "Evangelho" de Saramago, não pk o tivesse lido mas pk lho haviam dito, entoando loas a Eça de Queirós, de que nunca terá lido "A Relíquia" ou "A Velhice do Padre Eterno" de Junqueiro ou o Menino Jesus de Fernando Pessoa/Alerto Caeiro, Seguramete que também não terá lido do mesmo Eça os textos jornalísticos compilados em “Uma Campanha Alegre”

        Bem pode trazer à baila os breves governos e a instabilidade da I República, instabilidade que já vinha da Monarquia desde D. Luís I e o rotativismo. De que Eça fala em “Uma Campanha Alegre” A instabilidade era proveniente da guerra entre os grandes proprietários agrícolas tradicionais (a nobreza apoiada pela Igeja Católica) e a burguesia capitalista agrária e industrial, ambas ameaçadas pela agitação operária contra a exploração capitalista. Interesses contraditórios que Salazar e o corporativismo português baseado na Doutrina Socia da Igreja e na negação da luta de classes procurou conciliar, até que a burguesia industrial “progressista” (Champalimaud p. ex) resolveu sacudir o colete de forças do condicionamento industrial e tentar afastar de vez os grandes proprietários fundiários “tradicionalistas”

        Na monarquia constitucional as leis eleitorais dificultavam o crescimento da representação parlamenar do Partido Republicano. Com efeito   os círculos eleitorais eram maores nas regiões urbanas de Lisboa e do Porto, onde tradicionalmente havia maior votação no Partido Republicano, para conseguirem realizar mais facilmente as famosas chapeladas (colocação de votos nas urnas), de que fala Júlio Dinis no romance "A Morgadinha dos Canaviais"

        Não é verdade que o Partido Republicano nunca tenha eleito deputados ou obtido maiorias durante a Monarquia. Assim, apesar  da legislação,  nas eleições de 1908, em Abril, o Partido Republicano elegeu 7 deputados às Cortes,, o dobro dos que elegera nas eleições anteriores.

        Esta vitória verificou-se  num quadro legal e social que sistematicamente assegurava vitória aos partidos monárquicos, independentemente do seu crescente estado de desagregação e impopularidade. Partidos que goernavam em regime de rotatividade ou bi-partidarismo,que prosseguiu a I República mas  com partidos republicanos.

        No mesmo ano e a 1 de Novembro as eleições autárquicas deram a maioria ao Partido Republicano em vários municípios, nomeadamente o de Lisboa mas também para Câmaras e freguesias em Setúbal, Alentejo e Algarve.


        N~sao obstante o regime não reconheceu os  resultados eleitorais e a Câmara de Lisboa só tomou posse após 0 5 de Outubro de 1910

        O não reconhecimento dos resultados eleitorais do  Partido Republicano fez com que no seu Congresso em Setúbal, de 23 e 25 de Abril de 1909 fosse decidido derrubar pela força a Monarquia., que caiu de 4 a 5 de Outubro de 1910, sem que as forças armadas e policiais a defendessem, salvo em Lisboa as comandadas por Paiva Couceiro, que foram derrotadas.



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