* Victor Nogueira
.
O sol de inverno continua sempre a enganar-me, pois esqueço-me que não aquece. E só quando chego ao largo, lá embaixo, é que me apercebo que está frio, por vezes acompanhado de gélida brisa. E no verão ando quase sempre do lado do sol, ao contrário da maioria neste País, que escolhe a sombra. E tenho sempre à noite a casa cheia de luz, embora haja muita gente que neste País, sem precisão poupe na luz, embora tenha dinheiro suficiente para evitar a luz mortiça. Passei o dia a dormir, cada vez ando mais cansado.
.
Ouço que mudaste o fundo musical e o de ontem era diferente e o de anteontem também, se a memória me não falha. Serei sempre um homem da beira mar, das praias tépidas com cheiro a sal, areia e sol, da cidade, do pôr do sol, da claridade, da luz e da luminosidade, das bátegas repentinas e breves mas cheias de ruidosos trovões e raios que iluminam a noite como se dia fosse, dos grandes espaços e do horizonte sem fim nem limites.
.
Por isso Portugal nunca poderia ser o meu País. Mas como sou branco, embora de facto imigrante, expressando-me correctamente em língua portuguesa, ninguém me manda insultuosamente de volta para o meu verdadeiro País, que já não existe. Outro é o que está na minha memória, tal como as pessoas e amigos que o tempo dispersou. É disso que falo no meu poema Raízes
.
O sol de inverno continua sempre a enganar-me, pois esqueço-me que não aquece. E só quando chego ao largo, lá embaixo, é que me apercebo que está frio, por vezes acompanhado de gélida brisa. E no verão ando quase sempre do lado do sol, ao contrário da maioria neste País, que escolhe a sombra. E tenho sempre à noite a casa cheia de luz, embora haja muita gente que neste País, sem precisão poupe na luz, embora tenha dinheiro suficiente para evitar a luz mortiça. Passei o dia a dormir, cada vez ando mais cansado.
.
Ouço que mudaste o fundo musical e o de ontem era diferente e o de anteontem também, se a memória me não falha. Serei sempre um homem da beira mar, das praias tépidas com cheiro a sal, areia e sol, da cidade, do pôr do sol, da claridade, da luz e da luminosidade, das bátegas repentinas e breves mas cheias de ruidosos trovões e raios que iluminam a noite como se dia fosse, dos grandes espaços e do horizonte sem fim nem limites.
.
Por isso Portugal nunca poderia ser o meu País. Mas como sou branco, embora de facto imigrante, expressando-me correctamente em língua portuguesa, ninguém me manda insultuosamente de volta para o meu verdadeiro País, que já não existe. Outro é o que está na minha memória, tal como as pessoas e amigos que o tempo dispersou. É disso que falo no meu poema Raízes
1 comentário:
Vejo, meu Victor a dor de que és feito, meu Amigo...e sofro com isso!
Mas a vida e feita de tantas perdas...
Quem sabe o que o futuro te trará ainda de alegrias?!
Bj
Maria Mamede
Enviar um comentário