Cela (Coutos de Alcobaça) ~Pôr do Sol na Herdade que foi do General Humberto Delgado
.
Uma aranha para a posteridade? São tão giras, as aranhas, desde que não sejam daquelas venenosas, como se chamam, deixa lá pensar .. é isso: tarântulas. Em miúdo gostava de vê-las construir a teia, Era isso e as formigas em carreiro carregando com a boca alimentos maiores que elas, ali, todas em fileira, até ao montinho de areia que indicava a entrada do labirinto do formigueiro/casa. Já vi um por dentro, ao «natural», num museu, numa parede de vidro.
.
E as lagartixas, que as agarrava na mão, fixando-nos mutuamente. Só os sapos é que era pior: estavam no jardim lá em casa, e a mão só se fechava para agarrá-los com uma esforço meu enorme, dada a viscosidade repelente da pele. E depois lá ficávamos a olhar um para o outro, ele de olhos enormes, esbugalhados, a garganta a inchar e a esvaziar como um fole, até eu o pousar suavemente no chão.
.
Não me lembro se em Luanda havia andorinhas mas em Setúbal e Évora havia montes de ninhos nos beirais das casas, a Primavera cheia de aves esvoaçando e «cantando». Mas já não há andorinhas, nem aqui nem em Paço de Arcos. Ainda haverá andorinhas em Portugal?
.
Vês, a maioria das pessoas não gostam deste tipo de comentários, mas sim que se diga «ai que giro», «mas que paciência tu tiveste», «quem me dera ser um insecto para ficar preso na tua teia, como Itaca por Ulisses». Não este último exemplo é infeliz, afasta logo as pessoas. Está provado que o Principezinho, a Raposinha, a Rosa e o Kant_O_XimPi e suas crias são incompatíveis e que o Mundo deste nem na imaginação existe, quanto mais na realidade. Na verdade as gaivotas em terra nunca se compadecem com tempestades, antes preferem águas mornas e meias tintas, em voos de pardal sem nada de águia altaneira.
:-)
.
E no meio das núvens também não, que por lá já andei muitas vezes de avião: nada as distingue do espesso nevoeiro que por vezes encontramos na estrada ou à janela, como se de noite branca fosse mas nada nos deixa ver, como uma noite de breu em Lua Nova.
.
.
.
.
.
E as lagartixas, que as agarrava na mão, fixando-nos mutuamente. Só os sapos é que era pior: estavam no jardim lá em casa, e a mão só se fechava para agarrá-los com uma esforço meu enorme, dada a viscosidade repelente da pele. E depois lá ficávamos a olhar um para o outro, ele de olhos enormes, esbugalhados, a garganta a inchar e a esvaziar como um fole, até eu o pousar suavemente no chão.
.
Não me lembro se em Luanda havia andorinhas mas em Setúbal e Évora havia montes de ninhos nos beirais das casas, a Primavera cheia de aves esvoaçando e «cantando». Mas já não há andorinhas, nem aqui nem em Paço de Arcos. Ainda haverá andorinhas em Portugal?
.
Vês, a maioria das pessoas não gostam deste tipo de comentários, mas sim que se diga «ai que giro», «mas que paciência tu tiveste», «quem me dera ser um insecto para ficar preso na tua teia, como Itaca por Ulisses». Não este último exemplo é infeliz, afasta logo as pessoas. Está provado que o Principezinho, a Raposinha, a Rosa e o Kant_O_XimPi e suas crias são incompatíveis e que o Mundo deste nem na imaginação existe, quanto mais na realidade. Na verdade as gaivotas em terra nunca se compadecem com tempestades, antes preferem águas mornas e meias tintas, em voos de pardal sem nada de águia altaneira.
:-)
.
E no meio das núvens também não, que por lá já andei muitas vezes de avião: nada as distingue do espesso nevoeiro que por vezes encontramos na estrada ou à janela, como se de noite branca fosse mas nada nos deixa ver, como uma noite de breu em Lua Nova.
.
.
.
e ouça aqui ,,, Zeca Afonso
..
.
.
Setúbal ~~~ Pôr do Sol no Estuário do Rio Sado
Setúbal ~~ O homem da bicicleta, ao nascer do sol
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário