.
.
Porto
74.04.11
MCG
(humorístico) menino com um ramo de flores
Olá, C.
(Sabes, não estou contente pela nossa ausência um do outro) Bem, este postal já começou a ser escrito há muito. Depois .... ficou arrumado a um canto. Já estou no Porto. Jantei em casa do avô Barroso e daqui a pouco vou para casa do avô Luís. A viagem foi boa, embora tenha chovido a meio do caminho. A paisagem é simplesmente maravilhosa - tão verdejante! Gostaria de viver por estas bandas. E tu? Gostaria de ver contigo estas paisagens! Sábado deves escrever me para Lisboa e 2ª para Évora. OK? O tio Zé, a 1ª pergunta que me fez foi "Então a tua mulher, onde está?" Ah! Ah! Ah! Um abraço do VM
Não há nenhum filme de jeito aqui no Porto. Safa!
Paço de Arcos
74.09.18
MCG
(flores)
Olá, Celestinha
Está quase na hora da tiragem do correio aqui em Paço de Arcos de modo que passei ali pela tabacaria e escolhi este postal para te escrever. Está frio e encontro-me sentado num marco de pedra no passeio, onde está o mercado defronte ao correio.
Isto é uma simples descrição do sítio onde me encontro. As pessoas, os carros passam de regresso a casa e eu quero ver se ainda passo ali pelo "super"mercado.
Aqui te deixo beijinhos e ternurinha (enregelada, Ah! Ah! Ah!) do VM
Recebi hoje 2 cartas tuas - de 16 e de 17. XX
Lisboa
74.10.22
MCG
Leiria, vista do castelo
Olá, "Celestinha das ternurinhas "
Desta vez escrevo do Café Gelo, aqui no Rossio, avistando ali uma nesga da Rua 1º de Dezembro e da Estação [do Rossio]. Defronte a mim o [Emídio] Guerreiro acabou de lanchar e lê agora o jornal. Mais adiante, o empregado da tabacaria, calças aos quadrados., camisola preta e longos cabelos louros, vai lanchando e arrumando a loja. Esperamos que o Carlos [Nunes da Ponte] saia do emprego. O Guerreiro chegou ontem e temos percorrido Lisboa em busca dum emprego que não aparece, apesar do coração de Portugal estar doente e ser uma chatice se deixar de trabalhar (Pelo menos é o que diz o anúncio da RTP). Assim, temos deixado impressos devidamente preenchidos ... aguardando. As minhas tias, especialmente Esperança, andam inquietas, pois dizem que eu sou bolchevista (ai, credo!) e assustam-se quando digo que vou começar a assaltar bancos. Acabou-se o espaço. Amanhã há mais.
Beijinhos do VM
---
74.10.28
MCG
Alcácer do Sal
Celestinha
A camioneta vai daqui a pouco para Montemor. Está sol e daqui te envio saudades. Já engraxei os sapatos e estou mais apresentável. Gosto de ti, por quem hoje estou com vontade de ternurinhas. Mas não pode ser! Assim, um abraço amigo do VM
.
Sem comentários:
Enviar um comentário