* Victor Nogueira
"Espelho meu, quem é o mais inteligente", para além de Cisco Assis?
É necessário uma enorme dose de vitaminas para conseguir ler as catilinárias de Cisco Assis, o filósofo de pechisbeque e das palavras arrevezadas nas quais tropeça e se enreda, pescadas numa qualquer enciclopédia "digestiva".
Recorrente em adjectivar PCP e BE como a "extrema esquerda" sectária, utópica, não pragmática e sem sentido de estado, agora decretou o fim da "esquerda" ao transitar o "seu" PS para o "centro-esquerda". O arco político é assim o da direita, o do centro-esquerda e o da ...extrema-esquerda.
Em termos de trapalhonice e desonestidade intelectual Cisco Assis é o máximo. Ninguém o segura !
http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2015/10/gincana-de-torcidelas.html
A falsa tese da marginalização política da extrema-esquerda
O PS, como já aqui o referi na semana passada, não pode deixar-se aprisionar por compromissos impeditivos da prossecução de uma acção reformista de que o país notoriamente carece.
A comunicação presidencial da semana passada teve, entre
outras, a consequência nefasta de consolidar a ideia de que ao longo dos
últimos 40 anos se viveu num regime de apartheid político com a exclusão dos
partidos situados à esquerda do PS.
(...) Ora isso pura e
simplesmente não é verdade. E não só não é verdade, como constitui um
monumental embuste directamente filiado na tradição leninista e estalinista de
falsificação primária dos fenómenos históricos. Que aqueles que ainda hoje se
reconhecem nessa tradição política se dediquem a tais práticas não pode
constituir motivo de especial surpresa; que haja sectores do Partido Socialista
dispostos a aderir acriticamente a tal tipo de procedimentos e até a
participarem entusiasticamente neles já é razão para uma reacção indignada. O
conceito de “arco da governação” nunca teve, da parte de quantos perfilham os
princípios e valores de natureza demo-liberal, um significado ontológico ou
sequer normativo. Tão-pouco ele resultou de uma vontade premeditada de exclusão
de quem quer que fosse do debate político nacional.
(...) Ao longo destes 40 anos a extrema-esquerda estabeleceu
como verdade axiomática o princípio de que a direita começava na sua própria
fronteira e que, no fundo, não haveria substanciais diferenças entre o PS, o
PSD e o CDS-PP.
(...) ao liderar o
processo conducente à adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia,
o PS desvelava a sua genuína natureza de partido empenhado na consolidação de
um modelo de sociedade situado nos antípodas do modelo autoritário e
colectivista preconizado pelos seguidores da ortodoxia leninista pró-soviética;
ao participar activamente em sucessivos processos de revisão constitucional,
visando a depuração da lei fundamental de uma ganga pró-marxista manifestamente
alheia aos caminhos democraticamente escolhidos ao longo de sucessivos actos
eleitorais, o PS foi identificado com os adversários dos “valores de Abril”.
(...) Perante tudo isto não é de espantar que a
extrema-esquerda nunca tenha votado senão contra todo e qualquer projecto de
Orçamento do Estado apresentado pelos vários governos socialistas e nunca tenha
manifestado a mais ligeira aproximação sempre que estiveram em causa votações
relacionadas com a adesão e participação de Portugal no projecto europeu. Bem
pelo contrário.
(...) Seria bom que
alguns actuais deputados do Partido Socialista que andam por aí levianamente a
proferir barbaridades olhassem com mais rigor para a história do partido que
conjunturalmente representam. Se no passado, em nome da defesa da liberdade e
da consolidação da democracia representativa, se justificara um entendimento
preferencial com esses partidos, agora, pelo contrário, dever-se-ia privilegiar
um diálogo à esquerda em nome do princípio premente da igualdade. O argumento enferma
pelo menos de duas insuficiências notórias. Desvaloriza absolutamente a
importância das divergências permanecentes à volta de questões tão importantes
como a política europeia e desconsidera a necessidade de adopção de políticas
económicas centradas na preocupação de atracção do investimento e do estímulo à
iniciativa empresarial.
http://www.publico.pt/politica/noticia/a-falsa-tese-da-marginalizacao-politica-da-extremaesquerda-1712686
sobre francisco assis ver
sobre francisco assis ver
Sem comentários:
Enviar um comentário