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Esta série proveio de Ao (es)correr da pena e do olhar (7)
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Está um bonito dia de sol e bem se pode dizer que o Verão de S.Martinho chegou, tarde, mas chegou. Como sempre o meu gabinete está superlotado, com mais quatro jovens do OTJ espalhados pela secretária à minha frente e pelo estirador à minha direita. Uns conversam, outros lêm o jornal, outros olham simplesmente para ontem. Hoje não há rádio. Um novo ocupante chegou, o A. que anda a curtir uma paixão por uma moça, sujeitando-se às brincadeiras dos restantes OTJ, designadamente da V.
Está um bonito dia de sol e bem se pode dizer que o Verão de S.Martinho chegou, tarde, mas chegou. Como sempre o meu gabinete está superlotado, com mais quatro jovens do OTJ espalhados pela secretária à minha frente e pelo estirador à minha direita. Uns conversam, outros lêm o jornal, outros olham simplesmente para ontem. Hoje não há rádio. Um novo ocupante chegou, o A. que anda a curtir uma paixão por uma moça, sujeitando-se às brincadeiras dos restantes OTJ, designadamente da V.
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Estão aí os homens dos CTT para colocar um posto suplementar no meu gabinete, finalmente. Tenho que fazer mas o desassossego desta sala superlotada não é muito propício à elaboração do relatório das minhas actividades aqui na chafarica, para além doutros trabalhos periféricos.
Estão aí os homens dos CTT para colocar um posto suplementar no meu gabinete, finalmente. Tenho que fazer mas o desassossego desta sala superlotada não é muito propício à elaboração do relatório das minhas actividades aqui na chafarica, para além doutros trabalhos periféricos.
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Olho pela janela e um rebanho de ovelhas vai ali pela placa central da avenida, por entre a lataria dos automóveis, vestígio do tempo em que esta era uma zona rural, como testemunham o olival além atrás e os nomes das ruas do Bairro da Belavista. De repente aumenta o movimento automóvel e apercebo-me que é meio dia e trinta e que vão sendo horas de abalada, pois vou almoçar á Baixa, para debater algumas questões político-partidárias.(....)
Olho pela janela e um rebanho de ovelhas vai ali pela placa central da avenida, por entre a lataria dos automóveis, vestígio do tempo em que esta era uma zona rural, como testemunham o olival além atrás e os nomes das ruas do Bairro da Belavista. De repente aumenta o movimento automóvel e apercebo-me que é meio dia e trinta e que vão sendo horas de abalada, pois vou almoçar á Baixa, para debater algumas questões político-partidárias.(....)
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Setúbal, 1986.12.03
Setúbal, 1986.12.03
1 comentário:
Que coisa curiosa o rebanho a passar pelo meio da cidade...
Apesar de achar perigoso, vem-me um calorzinho gostoso ao peito, como se o campo todo invadisse a cidade e lhe conseguisse pintar paisagens de Amor, humanizando-a!
Maria Mamede
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