terça-feira, 9 de outubro de 2007

Ao (es)correr da pena e do olhar (32)

* Victor Nogueira
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Pois é, lá se vai dentro em breve o meu privilégio de trabalhar a escassos metros de casa; o Presidente fez uma reunião com o pessoal do Departamento de Habitação e Urbanismo para comunicar que dentro de dois meses vamos mudar com armas mas sem bagagens para um edifício novo, com quatro ou cinco pisos, no centro da cidade, perto dos Paços do Concelho. Aqui em cima estamos distribuídos por dois pisos no que também esteve para ser um centro comercial, agora transformado em autêntico labirinto com portas, corredores, escadas e paredes envidraçadas por todo o lado. Uma autêntica ratoeira em caso de sinistro mas, como se costuma dizer, em casa de ferreiro espeto de pau. Pois é, sempre é melhor irmos para o Centro da cidade, não só porque há mais economias nas comunicações entre os serviços e nas deslocações dos munícipes, mas também porque há mais vida e movimento na Baixa.
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Quem encontro todos os dias é o meu velho Renault 5. O novo proprietário, que é mecânico, já lhe tirou as amolgadelas e a ferrugem e qualquer dia aquele chasso até parecerá um Rolls Royce.
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Ao lermos uma novela ou uma história imaginamos as cenas, a paisagem, os personagens, dando a estes uma voz, uma imagem física. Por isso às vezes a transposição para o cinema revela-se-nos uma desilusão. Quando leio o que a Maria do Mar me escreve(u) surge perante mim a sua imagem neste ou naquele momento da nossa vida, uma pessoa simples, encantadora, gentil e delicada.
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Setúbal, 94.02.23

1 comentário:

De Amor e de Terra disse...

Eu diria :-"mudanças e (des)ilusões

Como diz a minha Gente:- "É a vida!"

Bj


Maria Mamede