quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ao (es)correr da pena e do olhar (27)

* Victor Nogueira

Amanhã vou reiniciar a minha aprendizagem com as folhas de cálculo (matemático), interrompida há semanas e recomeçada hoje com umas breves lições do Luís, o informático do STAL. Entre as minhas actividades e responsabilidades extra-laborais está a coordenação e participação num grupo de trabalho de quadros técnicos da Administração Local. Ora, antes de partir para férias, uma colega nossa ficou de trabalhar uns dados, para permitir a sequência do nosso trabalho relativo à reestruturação de carreiras e revisão do sistema retributivo. Só que já lá vão umas seis semanas sem que ela tenha feito qualquer coisa, porque anda deprimida. De modo que tenho de ser eu a tratar do assunto, já que não posso permitir que as minhas depressões me façam andar pelos cantos durante muito tempo.
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Entretanto hoje resolvi fazer o que foi o terceiro bolo da minha vida, desta feita um bolo mármore. Das vezes anteriores foi pão-de-ló. O bolo come-se, não ficou muito mal. De qualquer modo só poderei lavar a forma depois dele acabar, pois ficou agarrado ás paredes da dita cuja, apesar de untada com margarina (acho que faltou passar as paredes com farinha). Para além disso a parte de cima não ficou nivelada, antes parecia o mar agitado em dia de vento, aos altos e baixos. Pois é, preciso é não perder a calma!
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A especialista em bolos é a Susana, mas ultimamente tem-se dedicado mais ás mousses de chocolate, que já deixei de apreciar, não por serem dela, que até tem jeito, mas porque antigamente gostava mais de doçarias.
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O fim de semana passado, que ameaçava ter sido chuvoso, acabou soalheiro. No domingo á tarde fui com o Rui e a Susana ao Jumbo comprar material escolar para o caçula depois de termos ido a uma das salas de cinema do centro comercial ver um filme de que te falei anteriormente: Dennis, o Pimentinha, sobre as diabruras duma criancinha traquinas. Embora me tivesse rido nalgumas cenas, achei o filme inferior a qualquer um dos da série Sózinho em Casa, não só porque nestes o miúdo/actor era mais expressivo, mas também porque nestes a história tinha mais consistência. Embora qualquer deles sejam filmes para miúdos cujo principal intérprete é uma criança, são duma extrema violência sobre os bandidos, adultos, que sofrem autênticos tratos de polé. Mas a verdade é que o Rui e os seus amigos deliram com tais cenas de violência, muito semelhantes ás dos filmes de desenhos animados, sobretudo dos de origem norte-americana que a televisão passa nos programas infantis.
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Foi um fim-de-semana relativamente folgado, pois à Susana deu-lhe o apetite de fazer todas as refeições por sua iniciativa. Quanto ao Rui, como já entrou na adolescência, cozinha as refeições dele quando não gosta do rancho da maralha. Claro que só fecho os olhos ás ementas do Rui para ele próprio porque fins-de-semana não são todos os dias a comer arroz de manteiga e douradinhos ou sandes de atum de conserva!
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Hoje tive visitas ao jantar: o Caló. Reparei que também utiliza muito o Victor quando fala comigo, tal como sucede com a filha da Maria do Mar. Aquele devia ir para diplomata: oferece-se para ajudar-me, pergunta-me pelo Rui, pela Susana e pela minha mãe, elogia a minha comida ...
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1993.09.20

2 comentários:

Belisa disse...

Olá :)

Muitas flores eu quero dar!
Com o Outono a chegar...
Para assim poder alegrar!
E os dias aclarar...

Já recebeste a minha flor?
Foi enviada por post...
Espero que você goste!

De Amor e de Terra disse...

Não sei se o Caló seria diplomata ou se realmente tinhas /tens jeito para a "coisa"...
creio que entretanto, com tanta experiência, já estarás formado...
se não Doutorado, pelo menos licenciado!


Bj

Maria Mamede