sábado, 14 de agosto de 2010

Escritos reflexianos !

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Magritte - A Promessa
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* Victor Nogueira
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Há dias escrevi sobre um cientista que, perante a previsível destruição da vida na terra, (1)  para que Fidel Castro tem chamado a atenção nestes últimos dias, para além, de Miguel Urbano Rodrigues. (2) a salvação da (des)humanidade estaria na colonização do espaço, não se devendo pôr todos os ovos no mesmo ninho, assim ao geito da família real britânica que nunca viaja toda no mesmo meio de transporte, antes se espalhando por vários.
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E dizia nesse post que tais naves subsidiadas na construção pelo mexilhão, serviria para a sobrevivência dos tubarões ! Pois dias depois a imprensa referia a existência de vários bancos de dados genéticos espalhados pela terra, com um cofre central na Noruega (3).
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Mas depois dei por  mim a pe(n)sar que os tubarões e todos nós no mundo "civilizado" estamos de tal modo dependentes de máquinas que funcionam graças a diversificadas fontes de energia e dependemos de circuitos comerciais que não controlamos que mais fácil seria sobreviver o mexilhão que o tubarão e que nada seria como no romance de Pepetela, Quase Fim do Mundo.(4) Pelo que a eventual sobrevivência da humanidade seria a sobrevivência da (des)humanidade, praticamente reduzida à estaca zero, de nada lhe servindo a eventual preservação de bancos genéticos, de corpos conservados no frio à espera da ressurreição ou de bibliotecas escritas em idiomas de "muitas e desvairadas gentes", numa linguagem inacessível ao comum dos mortais, assoberbados pela sobrevivência no dia a dia !
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Magritte - Corda Sensível
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