sexta-feira, 28 de setembro de 2012

na política, todos iguais ?



Pois ... Há quem queira reduzir a democracia ao ritual do "boto o voto mas sem bota". De tantos em tantos anos.E há quem aceite que a democracia se reduza a isto. E pergunto - quantos dos que  gritam "gatunos", bandidos", "todos iguais", e agora aí acima "todos fascisatas"  sabem bem o que querem - que só haja lugar para os corruptos, para os vendedores de banha da cobra, para as negociatas - quanto mais encobertas, melhor, que "o $€gredo é a alma do negócio". E se há políticos corruptos e justa  rejeição da corrupção, não haverá banqueiros e "dono$ de graddes empresas ou grupos económicos corruptores e largamente beneficiados ? Quem fala neles ? Ou a "corrupção" é apenas a dos "sucateiros" - mal vestidos e com perfume a ferrugem e óleo do desperdício ?

Se soubessem ou quisessem ler a Constituição da República aprovada em 1976, verificariam que ela fala também na democracia económica, na democracia cultural, na democracia social.  E determina as obrigações dos governos escolhidos com o voto dos eleitores (m/f). Para além do que referem os artºs 9º,  21º, 80º e 81º, no título II consagra  Direitos, liberdades e garantias:  pessoais, de participação política e dos trabalhadores e no título III enuncia os direitos e deveres económicos, sociais e culturais  

Assim a Constituição consigna direitos da 1ª, 2ª e 3ª gerações (quem não souber o que são, pesquise na internet)

Dando um papel de relevo aos partidos políticos - os membros do Governo e o Presidente da República juram cumprir e fazer cumprir a Constituição. Mário Soares e Cavaco borrifaram-se para o juramento que haviam feito. Assim como todos os governos ps ou psd ou ps-cds ou psd-cds. 

Mas se eventualmente há governantes e presidentes da república gatunos ou aldrabões, a verdade é que estão lá com o voto ou abstenção da maioria do eleitorado.

É verdade que sucessivas revisões constitucionais aprovadas pelo ps-psd-cds e a sua prática política limitaram outras formas de participação cívica e política que a Constituição ainda "protege" - as comissões de moradores, os sindicatos, as comissões de moradores, e muitas outras formas de organização e luta com as comissões de reformados, as comissões de bairro, as comissões de utentes, as comissões de reformados, os piquetes de greve  ...

E a Constituição não obriga que haja apenas aqueles partidos  com representação parlamentar. Outros podem ser criados com uma única excepção - os que perfilhem e defendam ideias xenóbas, racistas ou fascistas.

Mas esta sanha contra a democracia, os partidos e  todos os políticos - expressa por alguns comentaristas e nas redes sociais ou on-line por leitores de órgãos de informação, qd defendem a redução do nº de deputados à Assembleia da República, vão ao encontro da classe dominante e dos senhores do dinheiro - de que se fala em "Os Donos de Portugal" - a instauração de facto do bipardarismo ps-psd em alterne, que com menos votos conseguiriam formar governo, mesmo que outros do actual quadro parlamentar - pcp-be-cds - tivessem mais votos, condenados assim a serem residuais ou expulsos". E a impedir o aparecimento de outros partidos.

É que políticos são todos os cidadãos (m/f) mesmo que digam o contrário - inocentemente ou com má fé. E cada um de nós, com  as suas acções, opiniões ou "opiniães", omissões, participações ou abstenções tem a sua quota parte no estado e no governo da cidade. 

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