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* Victor Nogueira
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À mana que nunca tive e gostaria de ter tido.
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À minha outra mana inventada, da Casa de Belmonte, sempre ocupada com o trabalho, mas sempre atenciosa e carinhosa e de quem gosto muito, muito, mesmo muito, que me pergunta sempre pelos sobrinhos e que aprecia imenso o meu filho Rui Pedro e cujos filhos me atendem sempre com simpatia ao telefone.
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Ao meu único irmão, de verdade, Zé Luís, morto de morte matada por ele próprio e por muitos outros no tempo que para ele terminou
Ao meu irmão, que não morreu na Guerra Colonial, apesar de ter estado em zonas de combate como furriel miliciano enfermeiro, na nossa terra, Angola, incorporado obrigatoriamente e a lutar no Exército Português de ocupação contra os manos dele e meus, do MPLA ou não, e a tentar salvar a vida aos «camaradas» de armas ou vê-los regressar mortos, ensanguentados e desfeitos. Mas morreu depois, 13 anos depois, encerrado em si mesmo, sem concluir o curso de Medicina, por causa da guerra que o marcou para sempre. E que não continuou em Angola, apesar dos convites do MPLA, porque, após a independência do nosso País, de novo incorporado obrigatoriamente como cidadão angolano, veio para um país estrangeiro porque já lhe bastara o horror duma guerra. (1)
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Olá, mana
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Vês, como são as coisas. Tens belas fotografias e és mais viajada e cosmopolita do que eu.
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Há muito. muito tempo, perguntaste-me se te ensinaria a fazer um blog de fotos quando te dispusesses a isso.
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Como vês, não precisaste de mim, foste capaz de fazê-lo por ti.
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Só tenho pena que seja por este teu post que ocasionalmente saiba da concretização deste teu «sonho». Mas eu sou sempre o invisível e republicano.
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E parabéns duplos, mana. Pelo fotoblog e pelas fotos. Nestas és muito melhor que eu. Tal como o meu filho e teu sobrinho, que escreve muito melhor que eu e é melhor que eu em muitas outras coisas, salvo não ter bússola que lhe indique o caminho a seguir de vez.
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Para todo o mundo e ninguém,
* Victor Nogueira
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À mana que nunca tive e gostaria de ter tido.
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À minha outra mana inventada, da Casa de Belmonte, sempre ocupada com o trabalho, mas sempre atenciosa e carinhosa e de quem gosto muito, muito, mesmo muito, que me pergunta sempre pelos sobrinhos e que aprecia imenso o meu filho Rui Pedro e cujos filhos me atendem sempre com simpatia ao telefone.
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Ao meu único irmão, de verdade, Zé Luís, morto de morte matada por ele próprio e por muitos outros no tempo que para ele terminou
naquela tarde de 26 de Fevereiro de 1987 ............................. )
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Ao meu irmão que adorava o mano, a cunhada e os sobrinhos.
Ao meu irmão, que não morreu na Guerra Colonial, apesar de ter estado em zonas de combate como furriel miliciano enfermeiro, na nossa terra, Angola, incorporado obrigatoriamente e a lutar no Exército Português de ocupação contra os manos dele e meus, do MPLA ou não, e a tentar salvar a vida aos «camaradas» de armas ou vê-los regressar mortos, ensanguentados e desfeitos. Mas morreu depois, 13 anos depois, encerrado em si mesmo, sem concluir o curso de Medicina, por causa da guerra que o marcou para sempre. E que não continuou em Angola, apesar dos convites do MPLA, porque, após a independência do nosso País, de novo incorporado obrigatoriamente como cidadão angolano, veio para um país estrangeiro porque já lhe bastara o horror duma guerra. (1)
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Olá, mana
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Vês, como são as coisas. Tens belas fotografias e és mais viajada e cosmopolita do que eu.
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Há muito. muito tempo, perguntaste-me se te ensinaria a fazer um blog de fotos quando te dispusesses a isso.
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Como vês, não precisaste de mim, foste capaz de fazê-lo por ti.
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Só tenho pena que seja por este teu post que ocasionalmente saiba da concretização deste teu «sonho». Mas eu sou sempre o invisível e republicano.
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E parabéns duplos, mana. Pelo fotoblog e pelas fotos. Nestas és muito melhor que eu. Tal como o meu filho e teu sobrinho, que escreve muito melhor que eu e é melhor que eu em muitas outras coisas, salvo não ter bússola que lhe indique o caminho a seguir de vez.
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Para todo o mundo e ninguém,
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(1) - Luanda, 29 de Maio de 1951 - Paço de Arcos, 26 de Fevereiro de 1987 - O nome dele, como o de muitos outros que morreram depois de terminada a guerra mas por causa dela, não figura em nenhum monumento aos mortos em combate ! É um dos soldados desconhecidos, morto em vida, na terra de ninguém !
3 comentários:
Obrigada, maninho, pelas palavras lindas que me dirigiste no blog. Tu és mesmo um mano muito fixe, não desnaturado como eu sou.
Beijinhos com carinho
A mana da Casa de Belmonte
ter 26-02-2008 18:35
Victor!!!!!!!!!!
Bj
Maria
Gostei de vos ver, acredita
Bj
Maria
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