a Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2011 às 21:29
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Na recta final das ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS, Cavaco o homem que se desloca apenas em carros blindados e com extrema "segurança", arma-se em virgem ofendida e, do alto do seu desdém, diz que era"mísero professor" [universitário além de quadro superior do Banco de Portugal] que amealhou uns patacos graças a uma grande poupança e que sempre teve uma relação de confiança na Banca. O mesmo não posso dizer eu e muitos dos que me leêm, com as mãos que ela me mete no meu bolso. O homem é tão ingénuo que apesar de poupado nem é consultado acerca das aplicações financeiras da sua "poupança" nem do paradeiro de escrituras de "barracos"
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Fernando Nobre, o candidato a caudilho, anti-partidos, lança o terror na campanha - depois de dizer que só um tiro na cabeça o faria não chegar a Belém, trombeteia que desde então tem recebido ameaças de morte. Pois é, quem brinca com o fogo e não toma as precauções de Cavaco .... queima-se.
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Defensor Moura reconhece antecipadamente o malogro da sua candidatura - segurar o eleitorado PS devido à aparente coligação anti-natura BE/PS a Manuel Alegre, o poeta contorcionista.
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Coelho faz o seu papel histriónico de acordo com o menino Alberto João. A Madeira merecia melhor !
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Francisco Lopes , o único que tem um programa alternativo para o país, consegue a proeza de nas sondagens eleitorais ter fracas votações, pese embora alguns comentadores encartados "destacarem" positivamente a sua prestação, o que não merece honras de 1ª página !
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Domingo há eleições. Cavaco continuará o representante do Grande Patronato - basta ver a sua Comissão de Honra - Alegre e Defensor voltarão ao regaço do PS, e Coelho voltará para a toca da Madeira. Para Francisco Lopes e para os comunistas e outros democratas, a luta continua por uma sociedade mais JUSTA, SOLIDÁRIA E HUMANA !
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O voto em branco é um desperdício. VER CNE http://www.cne.pt/index.cfm?sec=0201000000&NewsID=144
.Sem ofensa, «deixo» Brecht
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O Analfabeto Político
"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
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Nada é impossível de Mudar
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"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar."
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Privatizado
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"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence
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e de Vinicius por Mário Viegas - Operário em Construção
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edilsonfoto | 16 de Novembro de 2007 | 34 utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
Oprerário em Construção texto de Vinicius de Moraes, Declamação Mario Viegas, Edilson Edilson Almeida.
UJC BAIXADA
UJC BAIXADA
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e de António Jacinto e Rui Mingas - "Monagambé" .
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lmdoliveira | 1 de Março de 2009 | 45 utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
a musica e bela voz de Rui Mingas, a letra é de António Jacinto. Dois angolanos de mão cheia!
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Monangambé
(António Jacinto/Rui Mingas)
Naquela roça grande
não tem chuva
é o suor do meu rosto
que rega as plantações;
Naquela roça grande
tem café maduro
e aquele vermelho-cereja
são gotas do meu sangue
feitas seiva.
O café vai ser torrado
pisado, torturado,
vai ficar negro,
negro da cor do contratado.
Negro da cor do contratado!
Perguntem às aves que cantam,
aos regatos de alegre serpentear
e ao vento forte do sertão:
Quem se levanta cedo?
quem vai à tonga?
Quem traz pela estrada longa
a tipóia ou o cacho de dendém?
Quem capina e em paga recebe desdém
fuba podre, peixe podre,
panos ruins, cinquenta angolares
"porrada se refilares"?
Quem?
Quem faz o milho crescer
e os laranjais florescer?
- Quem?
Quem dá dinheiro para o patrão comprar
máquinas, carros, senhoras
e cabeças de pretos para os motores?
Quem faz o branco prosperar,
ter barriga grande
- ter dinheiro?
- Quem?
E as aves que cantam,
os regatos de alegre serpentear
e o vento forte do sertão
responderão:
- "Monangambé..."
Ah! Deixem-me ao menos subir às palmeiras
Deixem-me beber maruvo
e esquecer diluído
nas minhas bebedeiras
- "Monangambé..."
António Jacinto (Poemas, 1961).
(António Jacinto/Rui Mingas)
Naquela roça grande
não tem chuva
é o suor do meu rosto
que rega as plantações;
Naquela roça grande
tem café maduro
e aquele vermelho-cereja
são gotas do meu sangue
feitas seiva.
O café vai ser torrado
pisado, torturado,
vai ficar negro,
negro da cor do contratado.
Negro da cor do contratado!
Perguntem às aves que cantam,
aos regatos de alegre serpentear
e ao vento forte do sertão:
Quem se levanta cedo?
quem vai à tonga?
Quem traz pela estrada longa
a tipóia ou o cacho de dendém?
Quem capina e em paga recebe desdém
fuba podre, peixe podre,
panos ruins, cinquenta angolares
"porrada se refilares"?
Quem?
Quem faz o milho crescer
e os laranjais florescer?
- Quem?
Quem dá dinheiro para o patrão comprar
máquinas, carros, senhoras
e cabeças de pretos para os motores?
Quem faz o branco prosperar,
ter barriga grande
- ter dinheiro?
- Quem?
E as aves que cantam,
os regatos de alegre serpentear
e o vento forte do sertão
responderão:
- "Monangambé..."
Ah! Deixem-me ao menos subir às palmeiras
Deixem-me beber maruvo
e esquecer diluído
nas minhas bebedeiras
- "Monangambé..."
António Jacinto (Poemas, 1961).
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