A Justiça em Portugal e os "casos" em julgamento
por Victor Nogueira a Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011 às 21:27
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* Victor Nogueira
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Pois. Silvino terá enganado tudo e todos, incluindo investigadores e juízes ! Um génio ! É uma pedra na descredibilização da justiça em Portugal, a favor dos poderosos ! Também que se pode esperar de quem deixa eleger ou dá o seu voto a esse cidadão impoluto e acima de qualquer suspeita que é o senhor Silva, "mísero professor", segundo ele próprio, que, tendo "uma boa relação com a banca" (segundo ele próprio), tem o azar de não saber escolher os companheiros de Governo, os "vizinhos" e as amizades ?
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Considero que é um avanço civilizacional o direito da presunção da inocência e a garantia de defesa e julgamento em tribunal, pelo que não subscrevo linchamentos, penas de morte ou de Talião ou "justiças pelas próprias mãos". Os arguidos foram sujeitos a julgamento e decorrem os recursos que a lei lhes garante. Bem sei que por vezes há erros judiciários, por vezes irremediáveis, mas o "arrependimento de Silvino surge numa ocasião em que decorrem processos de criminalidade e corrupção que envolvem poderosos . O arrependimento de Silvino surge numa altura em que o Governo procura governamentalizar os "juízes" (embora eles sejam forçados a aplicar a legislação da classe dominante) e em que se desmantela a Polícia Judiciária, o que não significa que todos os seus agentes sejam impolutos e imunes a pressões !
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Fico espantado com a argumentação de Jorge Sampaio na defesa de José Penedos no Caso Face Oculta. Um trabalhador da Administração Pública que receba "presentes" está sujeito a processo disciplinar. Segundo o impoluto António Vitorino, os Governantes, Políticos e Administradores serão descorteses se os rejeitarem !
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Algo está podre no Reyno de Portugal !
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