terça-feira, 29 de abril de 2008

Abril em Maio após Novembro (2)

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* Victor Nogueira
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Ao

25 de Abril - Câmara de Lisboa e Assembleia da República sem cravos

Recebi de volta um comentário cujo autor apenas é conhecido por mim e por quem o escreveu. Esta é a minha resposta, com absoluta reserva minha sobre quem o escreveu, que continuo a considerar e a estimar, salvo se frontalmente me disser que deixei de fazer parte da sua lista de amizades.

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«Não vivemos em democracia. Não faltei ao respeito ao senhor professor doutor Cavaco Silva. Quem desrespeita impune e sistematicamente a democracia e os seus representantes eleitos, que dizes existir, é o senhor dr. Alberto João Jardim. Disséssemos eu ou tu apenas uma das injúrias que o menino Alberto (como é tratado na Madeira pelo bom povo) diz, e estávamos postos em Tribunal e muito possivelmente condenados a uma multa ou à prisão.

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Se em Tribunal eu ou tu procedêssemos como o arguido de corrupção senhor Avelino Ferreira Torres, o juiz dar-nos-ia imediatamente ordem de prisão por desrespeito ao Tribunal. Divergências políticas insanáveis à parte, eu respeitava o senhor professor doutor Cavaco Silva porque em tempos idos foi o único governante que não se curvou ao senhor dr. João Jardim. Mesmo a maioria dos deputados eleitos como representantes do Povo na Assembleia da República ou o senhor dr. Jorge Sampaio, enquanto Presidente da República e representante de todos os portugueses, eleito em democracia, engolem sem resposta insultos soezes do senhor dr. João Jardim, que se tivessem sido proferidos por ti ou por mim nos levariam a responder na barra do Tribunal.

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Mas há muitos rabos de palha, pois só eles explicam o silêncio ensurdecedor ou a subserviência e os descabidos elogios feitos a quem não é e nunca foi democrata mas sim um bombista!

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Elogios feitos também por Cavaco Silva e Jaime Gama.

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Eu venho do tempo da outra senhora. Eu vivi e sei com um saber de experiência feito como era no tempo da outra senhora. Não tenho respeito por qualquer político do PS, incluindo o senhor Manuel Alegre, salvo aquele de quem era amigo – o falecido Barros Moura – que se demitiu de Presidente da Assembleia da Municipal de Felgueiras, para não dar cobertura à arguida de corrupção senhora dra Fátima Felgueiras.

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Mas há um punhado de políticos do PSD, cujo programa político não perfilho, que respeito pessoalmente pela sua frontalidade: Francisco Sá Carneiro, Leonor Beleza e Marques Mendes. E também, embora com reservas, José Pacheco Pereira. Outros dois perderam-na completamente – Cavaco Silva após os seus elogios a João Jardim, dando de facto cobertura a que a oposição democrática seja considerada na Madeira como um «bando de loucos», e a angélica Zita Seabra, depois de escrever aquele incrível livro que chamou «Foi assim»!

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O povo português, sobretudo a norte de Rio Maior, é o que é. Só isso justifica que aplauda, vote, dê confiança e ria com políticos arguidos de corrupção como por exemplo o senhor Avelino Ferreira Torres (CDS), a senhora dra Fátima Felgueiras (PS), o senhor dr. Isaltino de Morais (PSD), o sr major Valentim Loureiro (PSD). Isto para não falar nuns que foram «varridos» como os Presidentes das Câmaras da Guarda, da Nazaré ou de Matosinhos.

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Só isso explica que Governantes transitem directamente das cadeiras do Poder Político para as cadeiras do Poder Económico dos Conselhos de Administração. Ou que o senhor engenheiro Belmiro de Azevedo, um dos homens mais ricos do Mundo, tenha achincalhado sem resposta os representantes democraticamente eleitos pelo Povo, sem que estes o tenham metido na ordem.

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Tudo isto perante a indiferença dos eleitores, como sucede por exemplo com o senhor engenheiro Ferreira do Amaral, ou que adquirem «títulos» de engenharia em lucrativas» Universidades» da «Privada», e assinem projectos de outros para dar cobertura a ilegalidades, como o senhor José Sócrates.

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No Correio da Manhã on line, após a reportagem à corrupção nas autarquias (como se não a houvesse na Assembleia da República ou nos Governos da República ou nas modelares instituições privadas como o BCP e outras com lucros fabulosos num País de crescente e galopante miséria, que fogem aos impostos e à Segurança Social) os dois primeiros comentadores on-line defendiam o arguido de corrupção senhor dr. Isaltino de Morais, alegando que ele não roubara ninguém e tinha obra feita. Eu conheço o município de Oeiras e subscrevo os comentários on line subsequentes feitos ao re-eleito como «independente» Presidente da Câmara de Oeiras, depois de ser corrido, com outros, pelo então líder de PSD senhor dr. Marques Mendes.

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Quer tu aceites ou não, em todo o mundo há cores que são políticas: o vermelho da revolução, o verde da esperança, o negro da fome e dos anarquistas e o amarelo da traição. Ou as flores no cano das espingardas. Por alguma razão os benfiquistas continuam a ser designados por encarnados e não por vermelhos que são. Apenas a cor do luto difere - o preto no Ocidente, o branco no Oriente. E o significado dos beijos entre os homens - falhos de virilidade em Portugal - sinal de amizade em França ou na Rússia.

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A desgraça é que os bordalianos Zé Povinho e uma Maria cujo sobrenome não me ocorre. continuem a votar no alterne laranja ou rosa, apesar de estes ganharem eleições com programas eleitorais que sistematicamente não cumprem, desacreditando, porque lhes convém, a política, a democracia e o voto popular que consideras livremente expresso. A melhor maneira dum ladrão fugir é ir correndo e gritando «agarra que é ladrão»

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Victor Nogueira

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3 comentários:

Anónimo disse...

msg particular ao post anterior que deu origem a este
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«bom dia
eu até gostava da ideia ... flor vermelha (cravo ou não) porque é uma cor que me agrada, mas não por ter alguma coisa a ver com politica, no entanto depois de ler o texto deixei de lhe achar piada, ou pelo menos fiquei com algumas dúvidas:
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eleito em «democracia» : não foi? ou quando não ganha o nosso "voto" deixamos de viver em democracia?
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foi o 1º a dar o exemplo ao sistematicamente não comparecer : por acaso achei que tinha tido coragem já que as comemorações do 25Abril cada vez estavam a ficar mais politizadas e menos "demostração do que os portugueses são capazes", o cravo estava a ser usado para "bater" e não como simbolo de liberdade, como parece voltar a estar neste texto.
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«senhor Silva» : parece-me que estamos a querer imitar a má-educação do "Jardim sem flores" e isso também não me agrada, ele é o Presidente da Républica e quer se goste quer não deve ser tratado como tal e respeitado, por acaso não vivemos em nenhuma anarquia mas sim numa democracia.
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cravos magoam e podem mesmo matar: é uma pena, mas foi o que deu querer usar o cravo como arma politica.
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Texto assinado

Anónimo disse...

msg particular ao presente post
ter 29-04-2008 15:43
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«aceito a opinião e a experiência dos tempos da "outra senhora"
não posso falar muito porque era demasiado jovem, apesar de ter ouvido as histórias em que o meu avô andou metido :)
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no entanto para que entendessem os seus (sendo do tempo da outra senhora, já tenho que mudar o tratamento), actuais comentários, talvez tivesse sido bom contextualizá-los com as questões que coloquei
desta forma, e só na minha opinião, volto a dizer que lendo esta resposta fico com a sensação ... pronto... isto está mal, mas não tudo e nós que votamos (os que não votam nem sequer contam) escolhemos as pessoas que queremos no Governo.
inclusive o "exmo Jardim", quer se goste ou não é mesmo assim.
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eu sou das que teve que votar Sócrates, assumo que sou PSD mas não me considero cega , e dado o estado do PSD, achei que o Sócrates era melhor, não me arrependo confesso.
pode estar a fazer algumas coisas erradas, mas só não erra quem não faz e isso era o que vinha acontecendo de há uns tempos para cá (e por isso tenho saudades do cavaquismo que também teve o dom de abanar corações).
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as nossas opiniões são diferentes e talvez até opostas, mas não é por isso que deixarei de ler e comentar :)
prefiro opiniões sinceras do que "fingidinhos" que abanam a cabeça :)
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até breve»
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Texto assinado

Anónimo disse...

Victor eu adoro-te porque és assim.
Bom dia do trabalhador, abraços da Maria José
30 de Abril de 2008