sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Em conversa com os meus botões (10) - A Portuguesa


* Victor Nogueira
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Dou por mim a pensar no Hino Nacional, com uma «letra» que além de não ser pacifista, estava em contradição com a Constituição de 1976, que já foi mandada às malvas. Mas assim como na 1ª República se transformou o «contra os bretões, marchar, marchar» em «contra os canhões, marchar, marchar», este estribilho deveria ter passado a ser «contra os patrões, marchar, marchar». Agora, com o Tratado de Lisboa a mudança deixou de ser possível. Ou não?
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Aqui fica a versão original de Lopes de Mendonça, que persiste, mas truncada.
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(versão original) Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil
I
Herois do mar, nobre povo,
Nação valente e imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memoria,
Oh patria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!
II
Desfralda a invicta bandeira,
À luz viva do teu céo!
Brade a Europa á terra inteira:
Portugal não pereceu!
Beija o teu sólo jucundo
O Oceano, a rugir de amor;
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar!
III
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do resurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injurias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar!!
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Esta versão foi substituida em 1957:
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Alfredo Keil : A Portuguesa (hino nacional português)

Música: Alfredo Keil
Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Mário Rui Simões Rodrigues
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
.
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

in

Hino nacional de Portugal - Wikipédia

A Constituição de 1976 adoptou a seguinte letra;
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Hino Nacional


A Portuguesa

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

in Portal do Governo
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A versão original, primitiva, faz lembrar-me o Hino da Mocidade Portuguesa. Lembram-se os que o cantaram de boa ou má vontade, seja em paradas, seja em desfiles? Bem, lá em Luanda, no meu tempo de estudante liceal e adolescente, não se lhe dava grande importância, salvo nas aulas de Canto Coral.
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Hino da Mocidade Portuguesa

Lá vamos cantando e rindo
Levados levados sim
Pela voz do som tremendo
Das tubas clamor sem fim

Lá vamos que o sonho é lindo
Torres e torres erguendo
Clarões, clareiras abrindo
Alva de luz imortal
Que roxas névoas despedaçam
Doiram os céus de Portugal

Querer querer e lá vamos
Tronco em flor estende os ramos
À mocidade que passa

Cale-se a voz que turbada
já de si mesmo, se espanta.
Cesse dos ventos, a infâmia
ante a clara madrugada,
em nossas almas nascida.

E por ti, ó Lusitânia,
corpo de Amor, Terra Santa.
Pátria, serás celebrada
e por nós, serás erguida.
Erguida ao alto da Vida.

Lá vamos, cantando e rindo
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in salazar.weblog
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Ouvir duas versões videográficas diferentes em

1 comentário:

De Amor e de Terra disse...

Em conversa com os meus botões, segredo-lhes que como sempre AMEI (e amo) as palavras, as do nosso Hino, fazem ainda, pois sempre fizeram, saltar meu coração dentro do peito, apesar de cantarem lutas e glórias antigas; no entanto, há e sempre hão-de existir outras lutas e outras glórias e/ou fracassos, em que lembrar este Hino dará força à luta...(pelo menos assim entendo e espero).

Maria Mamede