domingo, 26 de julho de 2015

SOBRE AS ALFORRECAS E A MIOPIA



* Victor Nogueira
Quem continua prazenteiramente a passear-se em Portugal e pelo Planeta, dando cartas e baralhando o jogo e escolhendo os trunfos, com muita batota nos naipes escolhidos a dedo, não são as alforrecas mas as hienas, os chacais, os abutres, os urubus, as piranhas, os coiotes, os polvos e tubarões, com seus homens e mulheres que não passam de testas de ferro descartáveis.
Os EUA, onde brilham como mil sóis constelações como Hiroxima e Nagasáqui ou Pinochet, Noriega ou Fulgêncio Batista, os coronéis gregos ou Salazar e Franco, são o que são porque nele "desaguaram" os foragidos europeus à miséria e à intolerância religiosa e política, os escravos arrebanhados por negreiros em África, os asiáticos expulsos das suas terras pelo império do Capital. Todos eles - incluindo os foragidos à "justiça", encontraram pela frente os ameríndios, chacinados em autêntico genocídio como o que os europeus também praticavam em África, na Ásia, na América do Sul.
Destruídas a história a memória e o passado, na terra da intolerância e da miséria capitalistas, só por ironia e com humor negro se poderá falar dos EUA como exemplo e como "farol" da solidariedade e do respeito pelos direitos da Humanidade a seguir por quem quer que seja que ame a Vida, a Natureza e a Humanidade.
Sem esquecer que esta Alemanha, que se seguiu à do III Reich, é uma criação do Plano Marshall contra os ideias comunistas na época personificados pela URSS.
Quanto ao Kapital esse há muito que não tem Pátria, estando cada vez mais para além das nações. Afinal, o Estado-Nação foi necessário apenas para derrubar os limites, as barreiras e as portagens dos senhorios feudais, entraves ao desenvolvimento capitalista, livre e sem fronteiras. Este, em que se degladiam entre outros a Alemanha de Merkel e os EUA de Obama.

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