segunda-feira, 24 de agosto de 2015

“Privataria”










Francisco Louçã

24 de Agosto de 2015, 08:21

Por


“Privataria”, de Mariana Mortágua e Jorge Costa


As revisões constitucionais no sentido da reconstituição e recomposição do capital monopolista só têm sido possíveis graças à convergência de votos do ps e do psd. É estulta a contabiidade de saber quem privatizou mais ou determinar o campeão, que seria o ps, segundo o articulista. Cavaco não “merece” ser afastado assim liminarmente do pódium.

  1. Pode fazer o discurso político que quiser, mas os factos devem ser investigados, conhecidos e discutidos. Saber quem privatizou o quê tem relevância. Não há aqui “segundo o articulista”, há factos que pode contestar ou aceitar. A revisão constitucional foi sempre um acordo de regime entre PS e PSD mas ainda é preciso saber como, ao longo de trinta anos, se concretizou essa possibilidade de privatização.
  2. Não me parece que escrever “segundo o articulista” seja menosprezo para com Francisco Louçã, o autor do artigo em causa. E a resposta de Louçã parece-me desnecessariamente agressiva e um desvio ao que escrevi. Mas não será isso que me impedirá de ler ou comentar o que Francisco Louça escreve, quer em artigos de jornal, quer em obras mais avantajadas e de investigação
  3. Caro Louçã. Empreguei o termo “estulta” no sentido de “descabida”, “deslocada” e não com o que verifico ser a definição comum, definição comum que de modo algum utilizaria para consigo. E fi-lo porque o artigo surge num jornal em época de campanha pré~eleitoral e poder ser interpretado como “desculpabilizante” para com o psd, tornado assim um “mal menor”. Seguramente não é essa a intenção de Louçã, mas pode ser a “leitura” dos seus leitores, especialmente dos que treslêem, i.e. dos que interpretam mal o que lêem ou lêem o que lá não está. Sem acrimónia.
  4. Pedro Araújo
Não percebo essa obsessão da esquerda contra as privatizações. Empresas públicas que só dão despesa ao estado são “de todos” mas esquecem que as suas monstruosas dívidas também. Livremo-nos delas. Quanto a uma mais correcta aplicação dos capitais recuperados, isso é que falta.

  1. Nem todas as empresas públicas dão prejuízo e há empresas qie satisfazendo necessidades sociais básicas não existem para dar lucro. E sobre a “excelência” das privadas basta olhar para os bancos privados salvos da falência com dinheiros públicos ou a mama rentista dos “privados” em torno das ppp’s, de lucros sempre garantidos pelas contrubuições dos cidadãos ou das empresas energéticas.






E graças a deus que foi tudo privatizado! Assim acaba os direitos adquiridos e salários dos portugueses de 1ª à custa dos portugueses de 2ª sem qualquer benefício para a população, que ainda tinham de herdar as dívidas.
Longa vida às economias de mercado que são mil vezes melhor que economias socialistas/comunistas.





Não vou ler, mas gostaria de saber se os autores calcularam o valor capitalizado de todo o encaixe realizado pelo Estado desde 1989, e quanto isso permitiria reduzir a nossa actual dívida pública, se não tivesse sido esbanjado em “Estado Social”. Admito mesmo que fosse suficiente para pagar quase toda a dívida pública. Mas o pagode é mais feliz a pagar “subsídios de desemprego”, “reformas por inteiro”, “assistentes sociais”, etc… A má notícia é, como nós sabemos, que muita dessa subsidiaria está por pagar aos credores. Não leve a mal Francisco Louçã, também gosto de brincar!





Não é apenas obsessão, é também ignorância ou má-fé sobre questões básicas do funcionamento da economia e da origem das dívidas pública e privada bem como individualismo levado ao extremo, girando apenas em torno do próprio umbigo.


http://blogues.publico.pt/tudomenoseconomia/2015/08/24/privataria-de-mariana-mortagua-e-jorge-costa/

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