Francisco Louçã
O princípio do fim da União Europeia
E
ste fim de semana alucinante começou com um plano grego, assessorado pelo governo francês, apoiado por uma grande maioria parlamentar e, logo depois, por vários governos europeus. No frenesim dos acontecimentos, talvez o leitor ou a leitora já se tenha esquecido que, no sábado de manhã, o entusiasmo era tanto que fontes oficiais admitiram que seria possível um rápido acordo nessa mesma tarde e que a reunião de chefes de governo até poderia ser dispensada.
http://blogues.publico.pt/tudomenoseconomia/2015/07/13/o-principio-do-fim-da-uniao-europeia/#comment-11603
Victor Nogueira
13 Julho, 2015 às 12:11
Pelos vistos o plano B, o plano para do Dia Seguinte do
Syriza/ANEL era .… a capitulação total face ao grande capital. Pelo meio fica
um referendo “ingénio”!
Merkel, Hollande, Schauble, a “esquerda” social-democrata ou
a direita ultranacionalista e fascista são apenas testas de ferro, pontas de
lança. Mas alguns comentários batem sempre na mesma tecla: os mandriões dos
gregos corruptos que viveram à vara larga e que até receberam empréstimos de
Portugal, o protectorado que se segue.
Mas a maioria das
vítimas, as que estão a ser esmagadas num autêntico genocídio, embora
encoberto, não saem, não conseguem sair ainda, do círculo vicioso, mais e mais
e mais do mesmo, olhos submissos no chão, procurando alguns a salvação
individualista na vã tentativa de evitarem o matadouro. Conseguissem as pessoas
e os povos perceberem que dentro deste sistema não há saída.
Mas … “não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade
consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve
parecer impossível de mudar.” (Brecht)
Responder
Custodio Braz
13 Julho, 2015 às 12:05
… Voltemo-nos a César.
A calva ocasião é esta agora.
Corramos-lhe ao encontro: generoso
E magnânimo é Júlio: há-de quebrar-lhe
As iras todas submissão tão pronta —,
Tão resignada: — e nós salvos, benquistos
Do senhor do universo, porventura
Quinhoaremos também nos seus despojos.
(Garrett, Catão, Acto I, cena III)
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