Lendo os capítulos que a seguir TS desenvolve – desancar no PSD - o início da prosa surge a martelo, com as referências a Cunhal e ao Comunismo, Esta sociedade - capitalista - resulta das Revoluções Burguesas, como a Francesa, que também prometia “amanhãs que cantam”, baseados de facto na miséria e repressão dos camponeses e das classes trabalhadoras e semeados de guerras mundiais e regionais e de saque das países colonizados e de genocídios (África, Américas, Austrália ...). Sobre isto assenta a “prosperidade” dos donos dos meios de produção. As “utopias” das Revoluções saldaram-se em fracasso, isto é, na miséria em que estamos. TS crê na TINA do capitalismo e outros na servidão e no esclavagismo ? Mas outros crêem que “sempre que um homem sonha o mundo pula e avança.” Apenas para o abismo [e o apocalipse] ?
1. Na semana passada veio-me à memória uma história, já antiga, que sempre me deixou perplexa. Muita gente de direita (incluindo alguns amigos meus) exibia sem complexos a sua admiração por Álvaro Cunhal, com um argumento que era quase sempre o mesmo: a sua enorme coerência. E eu perguntava a mim própria se as pessoas em causa tinham ideia do que lhes aconteceria se o Partido Comunista tivesse conquistado o poder em Portugal. Estávamos em plena Guerra Fria. O destino da burguesia e dos “inimigos do povo” nos regimes comunistas era o que todos sabíamos.
Na quarta-feira passada, pensei que tinha finalmente encontrado a explicação. Na televisão, em directo do Parlamento, Luís Montenegro e Nuno Magalhães, com um ar compungido, diziam que a sonegação de informação aos deputados significava o caminho para o totalitarismo. Leram bem: totalitarismo. Podiam ter falado em autoritarismo, ditadura, fascismo, mas não, foram imediatamente para o mais intolerável de todos os regimes antidemocráticos. Afinal a admiração pela coerência de Álvaro Cunhal estava justificada: provavelmente não tinham a menor ideia do que seria um regime totalitário. A ilusão durou segundos. Nada disto tem que ver com o actual Partido Comunista. O comunismo como ideologia foi praticamente varrido da face da terra. As sociedades onde dominou durante décadas ainda hoje sofrem as consequências da incalculável destruição humana que provocou. O PCP mantem no programa a sua fidelidade ao marxismo-leninismo, porventura porque não tem nada à mão para substituir a sua ideologia fundadora. Mudou de natureza. É um partido de protesto que vive da sua implantação sindical, sobretudo na defesa dos que já estão bastante bem (empresas públicas e funcionários públicos). Já perdeu boa parte da sua capacidade mobilizadora. Está isolado internacionalmente. Levou tempo, mas percebeu que se tinha esgotado há muito a estratégia de fazer do PS o “inimigo principal” e que era preciso provar aos simpatizantes que podia ter alguma influência na governação. Sobre o totalitarismo estamos conversados. O que me causou maior impressão foi ninguém reagir (que eu visse) a esta declaração verdadeiramente extraordinária, de tal modo estamos todos obcecados com as “mentiras” de Mário Centeno ou, no caso, a barreira que os partidos que apoiam o Governo puseram às novas exigências da oposição na comissão parlamentar de inquérito. (...)
14 COMENTÁRIOS
- missão: justificar, minimizar, suavizar o diabo que anda por aí nas mentiras do Centeno e na guerra aberta a quem lhe aponta o dedo.
- De facto, essa gente não tem noção do que é viver num regime socialista totalitário. Contudo, o seu amigo MSo ares impos um ambiente totalitário.., mascarado de democracia... ou como explica que tenha andado a adquiri marfim e diamantes de sangue com Jonas Savimbi, o colégio Moderno tenha ficado com terrenos da U. Clássica de Lisboa, ou tenha fabricado DUAS fundações para culto da personalidade, com dinheiros do povo. Diferenças das outras..., só de fachada!
- O luís Simões foi aos arames com a ressurreição do totalitarismo. Mas olhe que quem fez o milagre da ressurreição não foi Teresa de Sousa - antes pelo contrário, até condenou esse milagre por parte do PSD - foi o líder da bancada do PSD, um tal Montenegro. A TS limitou-se a constatar que só é possível falar de totalitarismo como um fóssil, em termos históricos, assim com se faz com o nazismo, p.ex. . Hoje em dia o PCP limita-se a sobreviver protestando e protesta sobrevivendo. Por conseguinte, mais um texto certeiro e objetivo de TS. Haja saúde!
- De facto o Diabo não chegou e por este caminho não vai chegar, conforme diz e deseja a jornalista. A sra. tem tendências de direita, ok, está no seu direito. O que não tem direito é de mentir sobre a realidade e a realidade revela progressos económicos e sociais que devia destacar, se fosse isenta. O Diabo poderá chegar é se o seu PSD chegar de novo ao governo.
- De verdades, verdadinhas, verdadeiras, era o anterior governo um impoluto. Nunca esconderam nada ao povo. Enfim, mais uma escriba da paf. Gostava de ter visto esta jornalista, com o mesmo tipo de escrita, denunciar todos os casos de que foram intervenientes os anteriores governantes (passos coelho e paulo portas).
- Lendo os capítulos que a seguir TS desenvolve – desancar no PSD - o início da prosa surge a martelo, com as referências a Cunhal e ao Comunismo, Esta sociedade - capitalista - resulta das Revoluções Burguesas, como a Francesa, que também prometia “amanhãs que cantam”, baseados de facto na miséria e repressão dos camponeses e das classes trabalhadoras e semeados de guerras mundiais e regionais e de saque das países colonizados e de genocídios (África, Américas, Austrália ..- ) Sobre isto assenta a “prosperidade” dos donos dos meios de produção. As “utopias” das Revoluções saldaram-se em fracasso, isto é, na miséria em que estamos. TS crê na TINA do capitalismo e outros na servidão e no esclavagismo?Mas outros crêem que“sempre que um homem sonha o mundo pula e avança.”Apenas para o abismo?
- Tem razão, há mentiras e mentiras: de um lado uma suposta mentira inocua, de Mário Centena, do outro, às dezenas ou centenas de mentiras da dupla Passos Coelho/Maria Luís, no tempo em eram governo e estas sim, tiveram consequências. Estamos fartos de saber o alinhamento político de Teresa deSsa, resta saber se esse alinhamento é compaginavel com a defesa de todos os portugueses, inderecentemente das suas cores políticas. Uma jornalista que se diz independente tem o dever moral de imparcialidade, até por se tratar de uma figura pública.
- Alguma vez ela se afirmou "independente"? Não me lembro...
- Mesmo não se tendo identificado como independente, o que nem sei se corresponde à verdade, devia coibir se de demonstrar o seu azedume laranja. Inteligente como é, saberá que o jornalismo de qualidade é sempre independente, sim senhor.
- Mais uma boa análise dos factos, excelente crónica, com aquelas propriedades que aprendi em jovem quando estudava português: unidade, integridade, vida e interesse. Quanto ao diabo, ele anda por aqui e por todo o mundo, talvez chegue, se envergonhe de aparecer, talvez tenha dificuldade em escolher, são tantas as desgraças espalhadas que nem sabe onde atalhar. Mas gostei de ler (já sabia) que o comunismo falhou e que o PCP sobrevive à custa dos sindicatos e do funcionalismo público e, por isso, estamos como estamos, a mesa do orçamento sempre se alarga (ou) a quem dela está perto.
- Em resumo, gosta de se manter na sua área de conforto. Quem não gosta?
- "O PCP mantem no programa a sua fidelidade ao marxismo-leninismo (...) É um partido de protesto que vive da sua implantação sindical (...). Já perdeu boa parte da sua capacidade mobilizadora. Está isolado internacionalmente" A tomar os seus desejos por realidades e por isso sempre a falhar. O PCP mantém a doutrina que os seus membros escolheram, é um partido de luta que vai à luta e os seus militantes mobilizam-se sempre nas lutas pelas liberdades, democracia e direitos, e continua fiel e fiável aos seus amigos nacionais e internacionais que bastante o respeitam...
- Embora os Thinks continuem de vento em popa, a sra não consegue esconder que se sente órfã... falta-lhe o "pai" iluminado da sala oval... estou curioso para ver quando se irà "deitar" com ele...
- Não se preocupe, não a interpretamos mal. Fretes são fretes, e uma pessoa precisa de ganhar a vida.