Um processo
revolucionário é um processo lento e não estilo "flash" e já está. É
um processo que tem de considerar as condições objectivas e as subjectivas, e o
grau de consciência social das massas. Sendo os processos eleitorais apenas um
dos meios de aferição do graus de consciência social, pondo de lado a
impossibilidade de saber se a abstenção significa conformismo e aceitação ou
não da chamada "democracia" burguesa e se esse eventual “não” é sinal
de resignação acomodatícia ou de atitude revolucionária, verifica-se que uma
grande parte do eleitorado, embora
decrescente, continua a dar o seu voto de confiança aos partidos que prometem e
não cumprem e que assinaram omemorando
com a troika a mando da banca nacional e transnacional - ps-psd-cds. Partidos
esses que fogem cada vez mais de “eleições” e se recusam a denunciarem o tal
memorando que lixa a esmagadora maioria.
Um processo revolucionário
é lento, de transformações quantitativas até que se dê a necessária
transformação qualitativa. Não é um processo instantâneo como sucede com o Nescafé
ou a sopa de pacote. É um processo que implica avanços e recuos, muita luta e
muita resistência ao desânimo.
É óbvio que
o Governo (ps-psd-cds) e quem nele manda - os chamados "mercados",
eufemismo atrás do qual se escondem os grandes grupos económico financeiros
nacionais e transnacionais - não estão interessados na força organizada dos
trabalhadores e dos explorados - que querem ou não a sua vidinha de volta mas
sim ou não uma outra vida e outra sociedade - não estão interessados na sua
luta organizada e persistente, não estão interessados na consciencialização
social das massas e que estas de facto exerçam o seu poder.
Em todo este
processo sobre a ponte, chovem as críticas, os ataques à CGTP e ao PCP. E cabe perguntar.
O PS PSD CDS que a mando dos banqueiros assinaram o memorando com a troika
mobilizaram ? Não. A UGT mobilizou ? Não ! A CGTP desmobilizou ? Não ! O PCP e
o Bloco desmobilizaram ? Não.
A decisão da
CGTP corta as manobras de intimidação e desmobilização feitas pelo Governo mais
reaccionário desde o 25 de Abril.
A CGTP
marcou a manif, tentou negociar com o Governo, este apresentou como alternativa
a ponte vasco da gama, a cgtp recusou, o governo disse que a decisão final era
da cgtp, esta manteve a travessia da ponte, o governo proibiu e a polícia
estaria lá não para garantir a segurança mas para impedir a manifestação.
A CGTP
manteve os seus objectivos estratégicos, mudou foi a táctica. Quais são esses objectivos?
Renegociação da dívida e fim dos juros agiotas. Subordinação do deficit ao
crescimento económico, aumento da Produção e da Riqueza e diminuição da
dependência externa. Aumentos Salariais e das Pensões. Defesa das funções
socias do Estado e da Administração Pública. Defesa do Serviço Nacional de Saúde,
da Escola Pública e da Segurança Social. Combate ao Desemprego. Pelo Direito ao
Trabalho com Direitos e à Negociação Colectiva.
Sendo isso
que está em causa e sendo isto que não é
posto em causa, a quem serve a campanha
de terrorista do Governo e desmobilizadora de tantos críticos súbita e ciclicamente
atingidos de orfandade, sejam adeptos do espontaneísmo das massas, sejam adepto
da organização ? Se esta não lhes serve, então
porque não vão à luta fora do chapéu de chuva da CGTP e do PCP ou
doutras organizações ? Porque desmobilizam ? A quem serve a desmobilização ?
. O PS PSD
CDS que a mando dos banqueiros assinaram o memorando com a troika mobilizaram ?
Não. A UGT mobilizou ? Não ! A CGTP desmobilizou ? Não ! O PCP e o Bloco
desmobilizaram ? Não. A CGTP manteve a
manifestação e os seus objectivos.
Sábado veremos
quem mobilizou. Na rua será dada a resposta.
http://bloqueioportolx.wordpress.com
https://www.facebook.com/events/1415402982010533/
Vá põe te ao trabalho!