terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Francisco Louçã - Não sou de cá, só vim ver a bola, explica Nóvoa

* Victor Nogueira

É o admirável mundo rançoso em que vivemos. Há contratos e contratos, uns “ferreamente” blindados, outros facilmente descartáveis, os da maioria. Há falências e falências, algumas “too big to fail”. Há o direito de propriedade, nem sempre a preto e branco, nalguns poucos casos sacrossantamente intocável e divinizado, mas não para a maioiria. Há o princípio da confiança nos contratos e nas expectativas, que não se aplica à generalidade dos trabalhadores e pensionistas, inapelavelmente chamados a “salvaguardar” os privilégios e crescente riqueza dos 1% dos donos disto tudo a nível mundial, incluindo os seus serventuários. Este mal Nóvoa na reacção? Admitamos que sim. É isso apenas isto que salva ou condena a sua campanha?  Em tempo – A Democracia e a República, esta em que uns vivem e outros   vegetam, tem muitos Pais e Mães. Alguns tão “importantes” que até servem de justificação para a suspensão da “democracia”, em plena campanha eleitoral, incluindo a não comparência a debates e acções de “esclarecimento” do “eleitorado”.





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19 de Janeiro de 2016, 10:44

Por

Não sou de cá, só vim ver a bola, explica Nóvoa

Q
ualquer candidato ou candidata tem os sentidos mais alerta nos últimos dias. Não se podem cometer erros, é preciso seguir o guião, criar poucas mensagens mas ser sempre claro, evitar ataques, procurar os bons momentos, é assim que tem que ser. Mas, se entra pela porta dentro uma surpresa, é melhor responder da forma mais clara para evitar novas perguntas, para não ter que se reinterpretar as próprias palavras ou para não ter que responder duas e três vezes ao mesmo. O caso da pensão dos ex-titulares de cargos políticos é um desses assuntos e Nóvoa falhou o teste que não podia falhar. Faltou-lhe presidencialidade.

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