quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O principal ópio dos intelectuais são as ideologias

Escreve um certo Nuno:
«O principal ópio dos intelectuais são as ideologias – quaisquer que elas sejam -, o que é até certo ponto surpreendente. Uma ideologia é uma troca da reflexão pela cartilha, substituindo-se a necessidade de pensar pela adesão a fórmulas quase mágicas que raramente sobreviveriam a uma análise crítica cuidada. O que parece ser o contrário do que um intelectual desejaria fazer. Só a preguiça mental e uma lenta lavagem ao cérebro podem levar pessoas inteligentes a cair nessa armadilha. E nela caem tanto os enamorados do neo-liberalismo como os que se apaixonam pelas mistelas marxistas-leninistas e afins. O que faz com que no nosso país o discurso político e o debate sejam meras trocas de lugares comuns, de manifestações de fé em disparates, e na incapacidade para um pensamento original ou heterodoxo. De uma forma geral já somos hoje menos medíocres do que éramos em finais do século XIX, porque já há muito quem saiba pensar. Mas os políticos e fazedores de opinião sentir-se-iam muito bem nessa época já longínqua… É pena não os podermos mandar para lá…» [fim de citação]

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* Victor Nogueira


"O principal ópio dos intelectuais são as ideologias."

A 1ª questão é saber o que para o Nuno é "ideologia" e, independentemente da resposta, perguntar qual "não-ideologia" que "professa". Mas duma "coisa" poderemos estar seguros: trata-se duma "pessoa”, “livre”, que não  cai em "mistelas", não padece de "preguiça mental" e é demasiado "inteligente” para evitar uma "lenta lavagem ao cérebro” e para cair na armadilha “ideológica”. Um livre-pensador, que duma penada arruma no caixote do lixo todos os incultos e analfabetos pensadores, pelo  menos os do século XIX, “urbi et orbi”.”

Na sua incomensurável modéstia e sapiência, é indubitavelmente um puro, um “iluminati” e desta massa saíram os inquisidores e Pina Manique. Vivesse no Renascimento e seria um Bórgia ?

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