segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As "indignações" e as bem-aventuranças do Cardeal Patriarca de Lisboa


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‎"Está a fazer-me muita confusão ver, neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro, que os grupos estejam a fazer reivindicações grupais, de classe, não gosto", afirmou D. José Policarpo na aldeia de Alvorinha, nas Caldas da Rainha, no seu regresso ao ...

há 15 horas ·  ·  · 

    • Victor Nogueira Mas alguém dúvida de que lado está a maioria da hierarquia da Igreja Católica ou sabe quais os compromissos desta e doutras com o sistema capitalista? Viesse Cristo à terra e seria preso em Guantánamo como perigoso subversivo, isto porque já não ardem as misericordiosas fogueiras do Tribunal do Santo Ofício vulgo Inquisição. 
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      Alguém, algum Governo, está preocupado em fiscalizar os montantes em ouro e dinheiro deixados nas caixas de esmolas de igrejas e santuários? Os fundos do PCP, esses sim, tem de ser vista à lupa a sua proveniência. Caridadezinha e bolinha baixa, humildade, passividade e fé em Deus é o que as Igrejas pretendem.
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      A chatice é que João Paulo II veio dizer que afinal o Inferno não existe, depois de milénios a atemorizarem o Pagode ! Claro que há bispos e padres que são metralhados ou perseguidos, como, entre aqueles, Óscar Romero, Helder Câmara ou o da Beira, Sebastião Soares de Resende, durante a guerra colonial. João Paulo II foi beatificado em tempo record, por ter, palavras da Igreja Católica, contribuído para a queda do comunismo.
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      Ainda agora D. Manuel Martins, que foi Bispo de Setúbal, disse que a Igreja vendesse o ouro que enfeita as imagens das procissões (mais o que é derretido e transformado em lingotes, acrescento.) Mas não, a Igreja quer é apropriar-se dos direitos que são assegurados ou deveriam sê-lo pelo Estado Social, substituído pelas IPSS e Misericórdias, a troco de mamar à conta do Estado e dos impostos sacados àqueles a quem pretende assistir caritativamente" , num Estado "Súcial" .
      há 2 minutos



      A Dita e o Balde

      Sábado, 13 de Agosto de 2011


      DE OUTROS

      EXPRESSO

      Cardeal patriarca irrita sindicatos

      Na homilia em que celebrava o cinquentenário de eucaristias, D. José Policarpo disse não gostar dos grupos que fazem "reinvindicações de classe", como os sindicatos, que contrariam as medidas da troika. CGTP e UGT não gostaram das palavras do cardeal.
      O cardeal patriarca de Lisboa diz que os sindicatos põem o interesse individual acima do nacional
      O cardeal patriarca de Lisboa diz que os sindicatos põem o interesse individual acima do nacional. Foto José Goulão/Flickr

      "Está a fazer-me muita confusão ver, neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro, que os grupos estejam a fazer reivindicações grupais, de classe, não gosto", afirmou D. José Policarpo na aldeia de Alvorinha, nas Caldas da Rainha, no seu regresso ao local onde tinha celebrado a sua primeira eucaristia.
      O discurso do cardeal fez referência aos sindicatos como fazendo parte dos grupos que põem o interesse individual acima do nacional numa altura em que têm que ser vencidas "as visões derrotistas e pessimistas" e "todos somos chamados a vencer o egoísmo, a pensar no nós e não no eu".
      Do lado dos sindicatos, a resposta não se fez esperar. "É interessante que o cardeal patriarca tenha esta posição quando se justificava que defendesse os que mais precisam", afirmou o dirigente da CGTP Arménio Carlos. No entender do sindicalista citado pela agência Lusa, as declarações do patriarca de Lisboa estão deslocadas da realidade do país pois ignoram o aumento do desemprego, da precariedade e das desigualdades sociais e a redução dos salários.
      João Proença, líder da UGT, manifestou "incredibilidade pelo comentário" de Policarpo. "A igreja assume, assim, que ela defende o interesse geral e as restantes instituições sociais defendem interesses particulares", criticou o sindicalista. Proença afirmou ainda que dar prioridade aos problemas do país "passa também pela defesa dos interesses dos trabalhadores, pois sem trabalhadores não há país".

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