* Victor Nogueira
Ora, ora, e o Paulino do PS a querer multidões a frequentarem as praias da Arrábida, na senda da cimenteira incineradora do PS de Sócrates e Mata Cáceres e da desenfreada especulação imobiliária deste, sem esquecer um tal Mota Ramos que na mesma senda e no passado milénio defendia que a linha delimitadora da Reserva do Estuário do Sado poderia ser redefinida para permitir a construção – era só uma linha, argumentava ele – O mesmo Paulino do PS que pretende que se não fale da ruinosa e calamitosa gestão do PS Mata Cáceres porque isso é viver no passado e ele quer é o futuro, como se com Paulino e considerando o que debita houvesse garantias que com o PS Paulino o futuro não viesse a ser tão desconchavado como o do seu antecessor, que ficou conhecido como ”o Manuel do Alcatrão”
Ou a demagogia à volta das competências duma Câmara e do IMI ou da criação de empregos ou do problema da habitação ou da elevação do poder de compra debitadas pela maioria da “oposição” à gestão da CDU, como se aqueles não fossem consequência e determinadas pelas políticas do PS(d)CDS a nível governamental e da Assembleia da República, ou a deliciosa prestação daquela candidata do … como era … ? PTP ? que se esqueceu do que tinha escrito na cábula. Ou o “roraz”, essa moeda de curso local.
Ou a contradição insanável entre a proliferação de unidades industriais mesmo que não poluentes (na mesma senda dos casinos e hotéis e marinas de luxo na zona ribeirinha) e as mais valias únicas que são o PNA, a RNES e os rorazes.
Uma oposição de peso, sem esquecer aquele “partido” unipessoal que surge apenas nas campanhas eleitorais e que fora delas deve estar numa clandestinidade tão profunda e secreta que ninguém dá pela sua existência e “lutas”.
Mas de todo o debate em que uns candidatos tiveram mais tempo de antena que outros, penso que a questão do valor da dívida consequência da herança do PS Mata Cáceres deveria ser cabalmente esclarecida. Qual é o número certo? O do Paulino do PS ou o da candidata da CDU ?
É que o PS e a CDU/APU têm obra feita em Setúbal durante 40 anos. Que obra resultou da gestão autárquica de cada uma destas forças políticas em benefício de Setúbal e das suas populações, para que o Concelho tivesse centralidade, autonomia e vida próprias e não se tornasse um mero dormitório de Lisboa?
É que vir a transformar-se num dormitório parece ser o que resultaria das preocupações “economicistas” de certa “oposição” muito preocupada com as ligações rápidas com a capital de Portugal e com a criação de empregos a qualquer custo, mesmo que em prejuízo das preciosas e ainda protegidas belezas naturais do Estuário do Sado e da Serra da Arrábida, sem esquecer a Várzea dos laranjais de Setúbal que durante anos foi irreversivelmente destruída pela especulação imobiliária e pela política do alcatrão.
Por isso o candidato do PS não quer que se fale do passado e que o recordemos não vá desmitificar-se o futuro de leite e mel que propõe. Como certa oposição que de facto lhe estende a mão e a passadeira e pretende abrir-lhe caminho em detrimento da CDU.
A grande preocupação é a obra feita e a que se propões fazer a CDU com trabalho, honestidade, competência, sem demagogias e com respeito pelos munícipes que deve ser valorizada e defendida. Este é a meu ver o verdadeiro nó das "preocupações" da "oposição" à gestão participada e envolvendo os munícipes, nas autarquias e pela CDU, seja em Setúbal, seja em qualquer outra autarquia do País.
Sem comentários:
Enviar um comentário