sábado, 18 de junho de 2016

The show must go on. [& it's all business]

* Victor Nogueira
" Portugal {vendido] às fatias aos angolanos e aos chineses e mesmo aos espanhóis," escreve o articulista. Quem decidiu ?, perguntar-se-à. Os angolanos, chineses e até espanhóis ? Não. por decisão do capital sem rosto nem pátria com sede em Berlim, no Deutsche Bank, na City e na Wall Street com a conivência de governantes "patriotas" do ps(d)cds, com ou sem pin na lapela e cravo vermelho ao peito, democraticamente eleitos que normalmente rasgam as promessas eleitorais ao fechar das urnas. Mas é tudo "democracia". 
Ditadura, ditaduras, metidas a martelo, sub liminarmente e a despropósito, são as da Coreia do Norte versus a democrática peninsular do Sul,e por arrasto, as ditaduras de Angola e da China, juntas a Castela, que de Espanha, "nem bom vento, nem bom casamento"..The show must go on. [& it's all business] (VN)

Indiferentes à sucessiva entrega de Portugal às fatias aos angolanos e aos chineses e mesmo aos espanhóis, guardamos a nossa fanfarronice para a bola salvífica.
PUBLICO.PT

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  1. caro Pacheco Pereira Como sempre brilhante, acutilante e lúcido. Um bem haja A Historia far-lhe-á justiça acerca da sua clarividência Domingos S. Ferreira
  2. José Pacheco Pereira com esta página passou a fazer parte daqueles que "participam alegremente numa operação de dopagem colectiva que empobrece o país". Não era melhor falar de outras coisas mais importantes para o Mundo? Manuel Correia de Barros
    (1) Mas – não sabia? – é a entrega do vendido aos compradores, do falido aos credores, do pobretanas (o que eu me diverti a ler com vista para o futuro o 'Épocas de Portugal Económico', do Lúcio de Azevedo, nos meus tempos de rapaz!...) ao comprador de nobrezas em saldo, ao mudo subsolo angolano independente dos seus loquazes e logóicos recém-ocidentalizadores, a entrega do capitalismo ocidental ao capitalismo disciplinado pelo eixo Confúcio-Mao e pela mão de ferro na qual, pelos vistos, o ‘terço de mulheres e o triplo de homens’ tem, presentemente, tanto orgulho nacional. Mais astuto ainda é descobrir que o futebol hipermediático pós-25/4 é mil vezes mais fascista que o de salazar (e faz, sozinho, de fátima e de fado, embora estes também medrem sem ajuda).

  3. (2) E que a plebe é a plebe, realização fantasmática do mito do igualitarismo sob a forma da festa (e não subestime o seu ‘potencial emancipatório’, como nos 60s’ se ‘teorizava’). Outra referência da estante: 'A revolução das massas' – sombria visão não-classista de tudo isto. É que não é só o fascismo que descende do marxismo, é ‘o salazarismo que tem expressão à esquerda’. Sabe que nisto de massas, de plebes e de ‘igualdade’, muito depressa tudo não passa de igual.
  4. (3) A noção que o seu artigo passa da ‘recém-descoberta’ ‘actualidade’ palpitante de tudo isto, como se estivesse a dar uma notícia de última hora (tique do medium) é que me faz rir um pouco: todo o nosso regime, todo, é esse frenesi de uma vida hipnótica de futeboladas, tráficos e mentiras piedosas politicamente correctas. Como está farto de saber. Para a semana anuncie-nos, por favor, que Vasco da Gama chegou à India.

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