domingo, 23 de março de 2008

Paris, já está a arder?

Picasso


Magritte

Picasso

O Verso

















.... e os reversos

o verso


cho_morte.jpg

... e o reverso
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Victor Nogueira
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1. - Olá saltarica, que está longe, muito longe, mesmo que sejas minha vizinha e vivas sem eu saber num apartamento no mesmo prédio no cimo da encosta do Parque Verde da Lanchoa.
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De vez em quando venho aqui e não sei se é esta a foto para que me chamaste a atenção, entre o verde da esperança e o acerado das folhas do pinheiro bravo.

Seja ou não esta, gosto dela.

Um beijo grande deste ser incorpóreo e virtual que é o Victor Manuel

E um bom domingo, incluindo os dias subsequentes, que espero sejam para ti muitos, longos e felizes. A ti e a quem me ler, mesmo desconhecendo a fraca figura que sou.
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Victor Manuel
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2. - Ou seria esta? Desta também gosto, bem como a do post anterior, que eu supunha ter sido tirada quando da comemoração em Paris da derrota dos nazis. Paris que ainda existe tal como se conhece porque o comandante do exército alemão, nazi e ocupante se recusou a cumprir as ordens de Hitler e respondeu «Não» á pergunta deste e dos grandes empresários que estavam por detrás do «simpático» homem do bigodinho: «Paris, já está a arder»? Estamos a falar de Krupp como poderíamos falar da Ford, da Shell ou de Champalimaud, Espírito Santo e Cia. Mas por ela ardem ou arderam a Argélia, as ex-colónias portuguesas e as outras, e muitos resistentes, comunistas ou não, em Angola, na Guiné, em Moçambique e noutras colónias europeias ou «protectorados» do amigo americano e seus aliados em Hiroshima, América Latina, Darfur, Vietname, Nigéria, Indonésia, Afeganistão, Iraque, Jugoslávia, ex-URSS ....
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O resto da história que contas sobre a foto de Doisneau, desconhecia, embora o holocausto continue por aí, espalhado por todo o mundo, travestido de «combate ao terrorismo» em nome da «Democracia e da Liberdade» e rebaptizado com o nome de danos colaterais, sejam ou não «Tempestades no Deserto», «Combate ao Narco-Tráfico» ou «Infinita Liberdade». Tudo sob a batuta de Republicanos, Democratas, Novas Esperanças, Democrata-Cristãos ou Sionistas, Socialistas ou Sociais Democratas, Trabalhistas ou Conservadores. Todos irmãos, Todos iguais, todos filhos da mesma Mãe que os pariu, pois o Pai deles não dá a Cara, Espírito Santo em forma de pomba enganadora, esperta e traiçoeira.
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Quanto ao Che, comercializado em camisolas naquela foto de aura romântica, morreu mesmo, crivado de balas e fotografado pelos amigos dos defensores da Liberdade e da Demo-Cracia, para quie não restassem dúvidas, em foto idêntica á dos fuzilados por terem ousado subir ao Céu com a Comuna de Paris, mas esta foto e a destes ou similares. inodora$, «falantes» a outra voz e com outro olhar, não dão dinheiro nem convém publicitá-la$.
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Bjo grande
VM
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Obrigado pelo Zeca, em música de fundo, tão importante como outros de quem não se fala, como Fernando Lopes Graça e Michel Giacometti, Ary dos Santos ou Adriano Correia de Oliveira, este que deu voz a um que agora já não é a Voz da Liberdade mas sim o «pateta» alegre que se vai governando em nome duma «esquerda» que já enterrou, como o Só-Ares fez ao Socialismo, transformado em Sucialismo, ambos tão vendedores de banha da cobra como Sócrates. Mas para estes não há cicuta que nos valha.
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Zé Ramalho

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
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1 comentário:

El Titán disse...

El idioma no lo entiendo.Las imágenes,sí.Ese es el destino de la humanidad:autodestruirse...