quarta-feira, 26 de maio de 2010

As Luminosidades do Reyno em Comédia de Enganos !

* Victor Nogueira


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Foi-se o Papa e ficou a miséria que já estava nesta trágica comédia de enganos que é a política devastadora manobrada por poderosos interesses ocultos que em nada são beliscados. "Brioches", "Pão e Circo" "ou com a"verdade" me enganas" são o lema dos mandaretes, paus mandados travestidos em números circenses.
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O essencial é escondido, não discutido. Entretanto corta-se a eito, sempre sobre os mesmos. Hitler no seu melhor: a  casta dos  senhores, louros, bem apessoados,  e de olhos azuis", metaforicamente falando, Depois  raça subserviente da criadagem - os latinos. E depois os sub-humanos, eslavos, latino-americanos, amarelos, ameríndios, negros e similares.
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Liberdade de imprensa? Claro. Em sério risco. Não porque esteja nas mãos do poder económico e dos seus interesses, mas porque Sócrates quis comprar a TVI, terá mandado calar Moura Guedes ou porque aquele deputado cujo nome não escrevo para não contribuir para que a história o registe "roubou" dois gravadores aos jornalistas por não gostar do rumo da conversa.
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Democracia? Sim. Em perigo? Que ideia. Há eleições, Cavaco lá no seu andor faz de Senhora das Angústias enquanto à sorrelfa duas deputadas Venda e Carneiro do PS  (republicano, súcialista, laico e de expiração marchista ) em nome do aumento da produtividade, pretendem vender gato por lebre.

Segundo relata o Jornal i "As responsáveis defendem a eliminação de dois feriados religiosos: Corpo de Deus (móvel e comemora-se 60 dias após a Páscoa) e Todos os Santos (1 de Novembro) e dois civis: 5 de Outubro e 1de Dezembro.
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As deputadas propõem ainda a transformação do dia de Carnaval, da Liberdade, do Trabalhador e de Camões em feriado móvel para o dia útil mais próximo do fim-de-semana, assim como o feriado de 15 de Agosto e 8 de Dezembro. 
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As responsáveis apostam ainda na criação de um novo feriado a 26 de Dezembro, que no entender das mesmas, deve ser considerado o Dia da Família. "
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Verdadeiras luminárias. Já a I República pretendera transformar o Dia de Natal (25 de Dezembro) em Dia da Família, que Salazar incluira na trilogia "Deus, Pátria e Família".  Assim o dueto mata dois coelhos duma cajadada, ficando de bem com Deus e com a Família, apesar dos «casamentos» Gay. Tudo em nome da Alegria no Trabalho. Ou será que « Arbeit macht frei" (o trabalho liberta)»? Ou como o trabalho dá saúde, passaremos a poupar no Serviço Nacional de Saúde, com a nova Trilogia: «Trabalho, Alegria e Saúde»?.
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No ano do 100º aniversário da queda da Monarquia e da Implantação da República, as luminárias querem eliminar essa velharia da República, mal cheirosa, cheia de ferrugem e chulé! Já em tempos as iluminárias tiveram antecessor no PSD, que numa revisão constitucional pretendia que a forma de governo republicana deixasse de estar constitucionalmente blindada., abrindo a porta a uma eventual integração na Grande Espanha ... dos PIGS ou a subida ao trono do senhor D. Duarte Pio  que normalmente, quando pia, ou entra bigode ou sai asneira !
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Com efeito o 1º de Dezembro, comemorativo da Restauração da Independência face a Castela cheira a bafio, está cheio de teias de aranha e, vai daí, espanador com ele, embora se mantenha o 8 de Dezembro, dia da Consagração de Portugal a Nossa Senhora da Conceição por D. João IV, em 1646 ! Note-se  que desde então os Reys de Portugal deixaram de usar a real coroa, enchapelada na cabeça, pois passaram-na  à da  Senhora da Conceição, posando com ela  - coroa  - numa almofadinha ao seu lado!!

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Viçosas como são, Venda e Carneiro não se preocupam com o culto dos mortos, eliminando o dia de Todos os Santos mas não oficializando o dos "Fiéis Defuntos».
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E agora a gataria mostra o rabo e serve finalmente  o coelho por lebre: o 25 de Abril (comemorativo da Revolução dos Cravos), o 1º de Maio (Dia Internacional do Trabalhado, mas também popular e festivo Dia das Maias) e o 10 de Junho (Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades) passariam a festas móveis, encostadas a um sábado ou a uma segunda, tudo em nome da produtividade. As luminárias esquecem-se que se pratica a semana inglesa e que os estabelecimentos comerciais estão abertos ao sábado de manhã e muitos centros comerciais, mini preços, super e hipermercados, além da restauração, hotelaria, bombas de gasolina e áreas de serviço nas auto-estradas estão abertos ao sábado e mesmo ao domingo. 
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E para terminar, com delicioso sabor a chave de ouro, uma de Carnaval, que deixaria de ser à 3ª feira e passaria para a .... 2ª.  E com a eliminação do Corpo de Deus, acabar-se-ia também com o festivo e popularucho Dia da Espiga, da quinta-feira da Ascensão? !
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Entretanto, noutro registo, Manuel Alegre que de Pateta nada tem, avança de novo com a sua candidatura. Uma vez mais aparentemente armado em Cavaleiro da Triste Figura, contra Ventos e Marés que sempre soprou e agitou. Num registo soft, Carlos Brito convida-lo para a apresentação do seu livro «o homem dos sete fôlegos», a quem faltou o oitavo para pôr os pontos nos is. Na imprensa, seja de referência, seja tablóide, os comentários jornalísticos oscilam entre o ridículo e o anedótico, pese embora a seriedade que o autor pretende dar à sua «obra humanizante».
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Claro que a piscadela é para Cavaco e o essencial é a desvalorização da actual direcção do PCP e  negação duma candidatura própria deste parrtido. Como diria o Diácono Remédos, «não havia nexexidade».
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Com o Bento vieram medidas drásticas de aperto do cinto em nome da estabilidade e crescimento. Como PIG que é. Portugal corre o risco de ser um protectorado da Grande Alemanha !
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Quanto ao Bento, diz a sabedoria popular, se calhar a despropósito, que de Espanha nem bom bento/vento, nem bom casamento.Não se vê com seria possível o casamento dum pig republicano  com cheiro a chulé com um pig monárquico com cheiro a Bourbon.
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Portanto as medidas gravosas aí estão. Ah! Com o Bento veio a notícia que afinal o terceiro segredo de Fátima não é o ratinho parido pela montanha, mas que na manga há mais trunfos! Pelo menos três pastorinhos ou três Reis Magos já temos: Durão, Sampayo e Guterres. Fora alguns moços, parentes de Santo António, que uns dizem ser de Lisboa e outros de Pádua, mas cuja ubiquidade é veneranda ou venerável, conforme o tempo e lugar
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A Talhe de Foice, ando a ler dois livros ao mesmo tempo - um sobre a ocupação de Portugal pelo Rei de Castela em 1580, donde foram corridos em  1640 porque ao mesmo tempo ocorreu uma revolta na Catalunha para também se libertar de Castela - aliás  Espanha tem uma série de Regiões que pretendem a independência, como a Catalunha, o País Basco (uma parte do qual se situa também em França) e a Galiza (que preferiria integrar-se em Portugal). Aliás na Galiza falam castelhano, galego e português e há uma corrente que pretende integra-se nos Países de Expressão Portuguesa,  que inclui as antigas colónias portuguesas -- Cabo Verde, Guiné Bissau, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Timor Lorosae e Brasil.

 Outro livro é sobre as ligações ente o Vaticano e as redes mafiosas de branqueamento de capitais, o chamado dinheiro sujo, e a sua aliança com o capitalismo.
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O Papa esteve agora a Portugal cheio de medidas de segurança - oito mil polícias, protecções antí-misseis, carros blindados, atiradores especiais em todo o percurso, ruas vedadas ao trânsito, restrições à circulação de pessoas ...
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Pelos vistos o Papa não tem muita confiança na protecção divina nem pretende morrer crucificado como Cristo que, se viesse à terra, seria hoje executado como ... terrorista ou membro da Al Quaeda ou similar
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Apesar de Venda e Carneiro, o Governo «laico» deu tolerância de ponto aos trabalhadores da Administração Pública para irem ver o Papa em Lisboa, Porto ou Fátima, mas a maioria deverá  ter ficado  em casa ou, os que puderem, terão «gozado» umas mini-férias. Mas os patrões no sector privado não dispensaram os trabalhadores de irem trabalhar, assim como aqueles que trabalham em instituições ligadas à Igreja Católica. Como se diz em Portugal, o Governo quis ser mais papista que o Papa e os restantes "serviço é serviço e conhaque é conhaque" ou "amigos, amigos, negócios à parte". Quanto aos desempregados, esses madraços a viverem à conta do subsídio de desemprego, esses estão de maxi-férias enquanto o Governo, o patronato e certos deputados trabalham  insanamente para o Bem Comum, porque dos pobres é o Reyno dos Céus!
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E aqui se interrompe a história com Vivas à Dona Vitória, que não sei quem era !
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Entretanto, fiquem aqui no Galeria e Photomaton com

Abril em Maio após Novembro (1)

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