sábado, 12 de abril de 2014

Sob o manto diáfano da "isenção" a nudez forte da parcialidade e da manipulação do canal History




Sob o manto diáfano da "isenção" a nudez forte da parcialidade e da manipulação do canal History
Acabo de ver um longo documentário do Canal History, sobre a queda do III Reich, em grande parte baseado em filmes caseiros de alemães felizes na Alemanha nazi, cujo bem-estar e pleno-emprego após a subida dos nazis se baseava no trabalho escravo e no saque de territórios ocupados - refere o documentário. Uma circunstanciada apresentação dos massacres dos nazis na Polónia, seres a liquidar - os sobreviventes enviados para trabalho escravo na Alemanha, diz o documentário. Uma breve referência ao assassinato de 1 milhão de judeus pelas tropas nazis na URSS, cenas fugazes de pessoas a serem espancadas, mulheres nuas a correrem, fuzilamento de judeus, nenhuma referência aos milhares de eslavos, de soldados soviéticos,de comunistas. E a filmagem, passada e repassada, dum conjunto de soldados alemães enforcados pelos russos. E de soldados alemães caídos e mortos ao longo dos campos e caminhos cobertos de neve.
Uma breve referência à Batalha de Estalinegrado e à rendição do VI Exército, a referência de que muitos dos prisioneiros morreram entretanto ou só foram libertados salvo erro em 1955. Nenhuma referência ao fuzilamento pelos nazis de soldados soviéticos aprisionados, em desrespeito pelas Convenções de Genebra. Nenhuma referência à Batalha de Kursk, mas breves referências ao desembarque aliado na Normandia,o seu avanço aparentemente pacífico enquanto o avanço soviético é apresentado como o avanço duma horda impiedosa com ordem de matar indistintamente alemães e violar as mulheres - 1 milhão teria sido "barbaramente" violada, muitas suicidaram-se,
Berlim incluída, uma cidade devastada onde uns milhares de soldados, sobretudo jovens, teriam sido obrigados pelos nazis a enfrentar ... muito mais de 1 milhão de soldados soviéticos. Nenhuma referência ao facto do exército vermelho - nunca referido como "aliado" - ter entrado em Auschwitz e descoberto a barbárie nazi. Mas longas referências à libertação de Dachau pelos americanos e a obrigação a que forçaram os alemães (m/f) a visitarem os campos de concentração, verem as pilhas de cadáveres, a enterrarem-nos, pois todos os alemães eram culpados, por acção ou por omissão, segundo os americanos.
A fuga desesperada dos alemães face ao avanço do exército vermelho e, após o armistício, a deslocação de alemães do Leste para as fronteiras iniciais da Alemanha, apresentada como a maior deslocação de populações dos tempos modernos, silenciando a dos judeus alemães para os campos de concentração e de extermínio nazis, na Polónia, ou a colonização pelos alemães do "espaço vital" conquistado ... a Leste. Longas imagens da destruição das cidades alemãs - feitas pelos "aliados", entenda-se, americanos e britânicos - E no final, o documentário afirma que se fosse alemão, mesmo passando fome, só lhe restaria reconstruir, o que só finalizaram em 1980, segundo o próprio documentário. Como se a Leste os povos, incluindo os da União Soviética, também não tivessem de reconstruir os seus territórios e as suas economias devastadas, sem o auxílio do "amigo" americano.
Sob o manto diáfano da "isenção" a nudez forte da parcialidade e da manipulação do canal History.

aqui, o documentário em causa



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