domingo, 20 de abril de 2014

as eleições e a "liberdade" de (não) informar.

* Victor Nogueira

Todos os comentadores políticos estão ligados a partidos políticos,tomam posições políticas; mais do que comentadores são advogados de defesa ou de propaganda. Sócrates não foge à regra. Mas de repente a RTP descobriu  a "virtude" da "isenção". E como se Salomão fosse, em campanha eleitoral afasta Sócrates/PS e Sarmento/PSD. Pura areia para enganar o pagode. Porque os entertainers políticos do ps-psd-cds continuarão com os seus espaços de "opinião" ou pretenso debate pluralista nas televisões privadas. Não é com o afastamento de Sócrates e de Sarmento que aparecerão comentadores de outras áreas  político-partidárias nem os jornais noticiosos se tornarão pluralistas. Sobretudo em campanha eleitoral. Afinal depois do black-out na campanha eleitoral para as autarquias, a que a RTP aderiu, a Comissão Nacional de Eleições "aconselha" ou "opina" deixando às TV's  a "liberdade" dos critérios editoriais ou seja, a definição das regras do jogo quanto às candidaturas em presença. Ou a pretensa "liberdade" dos critérios eleitorais ou novo black-out, black-out que favorece ainda mais o Governo e os partidos que o suportam, impedindo alguma discussão ou debate sobre as questões europeias, em conivência com as as pretensas teorias da inevitabilidade da austeridade, da permanência na UE e na Zona Euro  a favor do pensamento único contra a pluralidade. Tudo isto em  nome da "Liberdade" de informar mas não do direito dos cidadãos/cidadãs a serem informados/as e do dever de informar sem entorses por parte dos órgãos de informação.

http://corporacoes.blogspot.pt/2014/04/provedor-do-telespectador-da-rtp-deixa.html

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